Capítulo 14

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Pérola



Depois de sair da casa de Jade recebi a ligação da minha prima Verena. Ela estava novamente solteira depois de cinco anos de um relacionamento conturbado com muitas idas e vindas, mas agora parecia realmente determinada a seguir sem aquele cachorro do ex.

Acabamos nos encontrando num café perto do meu apartamento e depois de ouvir tudo que ela planejava para si mesma eu acabei despejando tudo de uma só vez o que estava acontecendo comigo. 

Contei do irritante gostoso e tudo o que havia acontecido depois que conheci aquele cretino. Verena escutava tudo com atenção e achei que fosse me dizer algo que iria me ajudar, mas a minha prima querida caiu na risada dizendo que isso iria acabar com uma casa de cerca branca e filhos. Ela só podia ser louca. Nunca que iria ter algum compromisso com aquele cafajeste. Antes disso eu entraria para um convento e faria meus votos de castidade.

Verena: Quer esquecer tudo isso?

Pérola: Não quero nem pensar na verdade. - me sentia derrotada. Por mais que soubesse que ele provavelmente estaria furioso comigo pelo pequeno presentinho, eu não queria arriscar.

Verena: Eu tenho a solução! Vamos hoje curtir a noite. Tem uma boate que há tempos quero ir e agora é a melhor hora.

Pérola: Falou com a Jade? - com certeza sim

Verena: Não, por quê?

Pérola: Ela também acha que isso é a solução, mas não é.

Verena: Solução ou não, será o que iremos fazer. - sabia que ninguém ganhava uma discussão com ela então acabei cedendo e que Deus coloque outro homem gostoso no meu caminho. De preferência um que não seja irritante e cretino como o desgraçado prepotente do Márcio.

O pior que podia acontecer era Verena tomar um porre e vomitar no meu sofá. Então vamos encarar essa noite na boate e torcer para não trazer uma bêbada ouvindo Marília Mendonça pra casa. Ô coisinha pra remoer passado é bêbado e quando escuta música de chifre sai de perto.


Márcio


Depois da raiva que tive hoje, acabei indo com Érico, um amigo da faculdade para a boate de um amigo dele. Não ia mais perder meu precioso tempo com aquela diaba maluca. Ela podia bater o inferno fora de mim, mas mulheres como ela eu poderia encontrar fácil. As coroas de flores serviram para velar o tesão que sentia por ela. 

A boate estava lotada. Seu interior era completamente aberto e uma pista de dança ficava localizada bem no centro. Olhei para cima e pude ver camarotes em toda sua volta. Imponentes sobre os três andares. Antes de subirmos, Érico e eu fomos ao bar. Discretamente tentei achar a presa da noite. Hoje eu tiraria aquela maluca das minhas veias de uma vez, mas pelo tanto de pessoas que circulavam e dançavam não seria uma tarefa fácil. Pedimos nossa bebida e ficamos olhando o ambiente. Érico pareceu ter encontrado sua vítima da noite e não tirava os olhos da mulher que estava logo ao nosso lado.

Érico:  Isso vai sair melhor do que a encomenda. – o sacana já tinha lançado seu olhar "sou bom de foda" e parece que surtiu efeito, porque a loirinha o olhava com um sorriso" me pega que te mostro o paraíso".

Márcio:  O garanhão do Recreio mal chegou e já quer entrar em ação?

Érico: Márcio, acho que você está doente. Pelo que te conheço, você já deveria estar com essa língua dentro de algo molhado e quente. Perdeu o jeito, foi?

Meu Vício (PEROMAR)Onde histórias criam vida. Descubra agora