Assuntos a tratar!

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Day on

Abri a porta de casa, seguida por Carol, logo Billy veio correndo em nossa direção, ontem a noite acabamos dormindo lá na cachoeira e acordamos hoje de manhã em um susto, e logo corremos para casa.

Day-Oi grandão, como vai meu bebê? - Falei com voz de bebê e acariciei a cabeça do meu cachorro.

Carol-Tô com fome. - Disse atrás de mim, enquanto eu trancava a porta.

Day-Depois que a gente tomar um banho eu ajeito algo pra comer. - Me aproximei de Carol e dei a mão para ela.

Day-Mãe cheguei! - Gritei, e esperei pela sua resposta.

Carol-Tia cheguei! - Gritou assim como eu, e logo soltamos leves risadas.

Fomos se aproximando mais da sala e eu pude ouvir mais vozes, a minha mãe não está sozinha.

Carol-Quem será que tá aqui? - Carol me perguntou e eu a abracei por trás, e ela colocou a mão por cima da minha que agarrava a sua cintura e começamos a andar assim.

Day-Deve ser uma de nossas vizinhas - Falei e dei um beijo no seu pescoço.

Carol-Mãe? - Aquela frase tinha me chocado, o que a mãe da Carol quer aqui? Ela veio aqui apenas para esculachar a filha de novo? 

Fiz questão de olhar para frente para poder ver se isso realmente estava acontecendo, e lá estava dona Roseli, sentada em uma das poltronas com uma xícara na mão e um pouco mais a sua frente a minha mãe sentada em outra poltrona.

Roseli-Filha, é, precisamos conversar! - Disse calmamente, calma de mais pro meu gosto.

Day-Veio para esculachar a sua filha de novo? Veio tratar ela de novo mal, bater nela? - Perguntei rudemente.

Roseli-Eu sei que você tem todos os motivos do mundo para não querer que eu veja a minha filha, mas eu preciso conversar com ela. - Deu uma pausa - Por favor.

Selma-Filha, a Roseli tem realmente que conversar com a Carol, deixe ela.. - Foi interrompida por mim.

Day-Deixar essa mulher, conversar com a Carol eu não sei se isso é uma boa ideia.

Carol-Amor - Me chamou e eu desviei o olhar de Roseli para ela. - Tá tudo bem...Qualquer coisa eu grito... 

Roseli-Não será preciso filha.. - Sorriu e minha mãe se levantou do sofá que ela estava sentada.

Selma-Se você me dão licença eu vou deixar vocês duas conversarem melhor - Minha mãe disse e saiu em seguida.

Day-Qualquer coisa grita tá? - Olhei nos seus olhos e dei um beijo na sua cabeça.

Roseli-Day - Me chamou - Você pode ficar...O que eu tenho a dizer você pode ouvir. - Assenti e dei a mão a Carol novamente e sentei com ela na poltrona de frente para dona Roseli.

Roseli-Eu não sou muito boa com palavras você sabe disso, mas eu preciso tentar me expressar. - Deu uma pausa e deu um gole do líquido que tava na xícara - Quando eu vi, você chegar com a Day lá em casa, eu sabia o que estava acontecendo, sabia que estavam tendo algo, sabia que estava acontecendo de novo, e a minha única reação foi tentar privar você de ser assim, lésbica, tentei conversar com o seu pai, alguns dias antes da nossa briga, ele disse que apoiava totalmente se você fosse lésbica, mas eu não conseguia. - Ela falou no passado? O que está acontecendo aqui? - Eu tinha medo de ser vista na sociedade como mãe de uma lésbica, eu tive medo das minhas amigas, não quererem mais a minha amizade por conta disso, e aí eu briguei com você, disse coisas totalmente absurdas, falei que você era uma menina inútil, sem qualidades, mas falei isso por conta da raiva, eu, sei que você é maravilhosa, sei que sabe cantar, muito na verdade, sei que você é carinhosa, sei de todas as suas qualidades, enfim... - Se agachou em frente a gente e deu as mãos para Carol que chorava assim como ela, e eu apenas observava tudo atentamente.

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