Capítulo 4

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Assim que estacionou o carro na garagem do prédio que morava, viu seu celular tocar, era Nicole.

— Oi, Nicole.

— O que foi que aquela imbecil da Isabelly te fez? Rebeca disse que vocês se desentenderam e que você foi embora.

— Nada demais, não precisa se preocupar, está tudo bem. — Marina respondeu com a voz mais doce que poderia para não preocupa-la.

— Marina, me desculpa por ter te deixado sozinha, eu sei do que aquela mulher é capaz, peço desculpas por tudo, queria muito que estivesse aqui.

— Está tudo bem Nicole, de verdade!

— Vamos sair pra jantar, sei que seu esposo está viajando e não quero que fique sozinha sem me contar o que a bonita aprontou.

— Não, de forma alguma, não vou aceitar que deixe a festa por uma bobagem dessas.

— Por favor, eu nem estou mais lá. Estou no carro, me mande seu endereço que chego num instante.

— Não se preocupe Nicole.

— Anda Marina, estou esperando, beijos.

Marina jogou a cabeça para trás e enviou a localização, retocou a maquiagem e limpou os olhos onde tinha borrado por ter chorado e respirou fundo indo até o portão. Não demorou nem dez minutos e Nicole apareceu jogando o farol para Marina que entrou em seguida.

— Pode ir me dizendo o que aquela oxigenada falou pra você.

— Você não vai se sentir satisfeita até que eu fale né?

— Não.

— Bom, ela quis insinuar que eu era faxineira, não que eu me incomodasse com a profissão que é muito digna...

— Vadia. — Gritou Nicky irritada.

— Ela me perguntou qual era meu cargo, eu disse que eu era engenheira e ela falou que era impossível eu ser engenheira por ser negra... — Nicole balançou a cabeça furiosa. — Eu acabei perdendo a cabeça e chamando ela de fútil e ela jogou vinho em mim.

— Ela não tem limites... não sei o que minha irmã vê nessa mulher.

— Talvez a Rebeca se identifique. — Disse Marina com a intenção de saber a verdade.

— Não... a Rebeca não é assim, minha irmã é muito respeitosa com todas as pessoas. Por isso que não sei o que minha irmã faz com a Isabelly, o amor é tapado, só pode.

— Está tudo bem, não se preocupe com isso, eu fiquei chateada mas já passou.

Entramos no restaurante e nos sentamos, Nicole pediu um vinho para nós e pedimos dois pratos de massa.

— Acredita que minha irmã teve a coragem de convidar meu ex noivo? Ainda não tive a oportunidade de matá-la.

— Sente algo por ele ainda? — Marina perguntou com curiosidade.

— Sim, ranço...

Ambas riram e começaram a comer tranquilamente até que Nicole olhou para o celular tocando em cima da mesa.

— Oi...

— Nicky, onde você está?

— Estou jantando com a Marina já que você e sua esposa trataram de estragar nossa noite. — Marina arregalou os olhos ao perceber que era Rebeca na ligação.

— Estou indo praí.

— Se Isabelly aparecer aqui mando ela para a cozinha pra ser abatida.

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