Luxúria

Capítulo 32

Marina sentia uma angústia e um aperto no peito lhe sufocar, perdeu a conta de quantas vezes tentou ligar para Rebeca sem sucesso, até que resolveu ligar para Nicole explicando a situação e aproveitando para matar a saudade. Um tempo depois, Marina recebeu uma mensagem da Nicole.

"Mary, a Rebeca chegou bem, porém ela precisa de um tempo foi o que me disse. Sabemos que aquela mulher não é fácil, mas não se preocupe, te manterei informada"

Marina se levantou nervosa, sabia o que isso significava, sabia que Isabelly sempre a manipulou, sempre teve Rebeca nas mãos e podia estar acontecendo novamente.

Uma noite inteira sem dormir e algumas olheiras profundas faziam Marina estar visivelmente cansada, foram incontáveis vezes que Marina continuou ligando para Rebeca, até ter seu número bloqueado indo diretamente para caixa postal.

"Eu não tô acreditando nisso, meu Deus." — Marina gritou irritada.

Marina chegou no trabalho e ligou o computador nervosa, não conseguia acreditar que mesmo depois de tudo o que fez para estar com Rebeca, ela podia simplesmente estar nos braços da Isabelly novamente. 

— Bom dia, trouxe seu café. — Disse Laura entrando sorridente.

— Bom dia. Obrigada.

Laura observou Marina e saiu, voltando em seguida com alguns biscoitos amanteigados.

— Parece cansada, está tudo bem? — Marina olhou para a mulher prestativa e sorriu.

— Problemas, não se preocupe.

— Se precisar de algo é só me chamar.

— Obrigada, Laura.

Mesmo lutando contra, Marina continuou a ligar, ligou do telefone do escritório muitas vezes tendo o número também bloqueado. Naquela altura do campeonato, Marina já sabia o que estava acontecendo, com o coração acelerado e lágrimas nos olhos ligou para Júlio e para Nicole, mas ninguém era claro, ninguém dizia nada, vinham sempre com o mesmo assunto vago de que Rebeca precisa de um tempo, Na hora certa ela fala com você, Espere que logo ela te procura.

Eram agora exatos 8 dias, uma semana inteira sem notícias e o coração em pedaços. Marina estava no apartamento secando as lágrimas que insistiam em cair, angustiada, e se sentindo péssima.

— Nicky, por favor. Transfere a ligação para ela, eu preciso falar com a Rebeca, por favor. — Nicole estava angustiada ao ver Marina chorar no telefone mais uma vez.

— Desculpa, Marina. Eu não posso.

Marina desligou o telefone fora de si, tinha uma preocupação enorme com seu trabalho e não podia abandonar tudo e simplesmente ir atrás da Rebeca, embora cogitasse seriamente em fazer, ela tomou um banho e se vestiu saindo em seguida.

Era um bar pequeno na rua do apartamento em que estava hospedada, Marina encostou no balcão e pediu uma bebida, sentiu alguém e aproximar e viu Laura ao seu lado.

— Boa noite. Se tivéssemos combinado não teria dado certo. — Laura disse.

— Boa noite, Laura. Está sozinha?

— Praticamente. Estava com uma amiga, mas ela sumiu por aí, posso me sentar? — Perguntou apontando para o banco.

— Claro.

Marina tomou sua bebida em silêncio e com o coração apertado, precisava saber o que estava acontecendo, embora imaginasse que descobrir não seria nada bom, em um pouco mais de uma semana, Rebeca simplesmente desapareceu, não atendia as ligações, não respondia mensagens, e-mails, nada, ninguém dizia nada, era desesperador.