Marina estava analisando a planta enquanto Rebeca apareceu com uma petisqueira com frios, amendoins e castanhas.
— Gosta de cerveja ou prefere outra coisa? Tem vodka, conhaque, Martini...
— Cerveja pra mim é suficiente.
Mary tomou um gole de sua cerveja gelada e observou Rebeca trançando os cabelos de Júlia, não tinha dúvidas de que desejava ter na vida uma experiência como essa, ser mãe, viver para alguém, e por alguém.
— Bom, eu gostei das poucas alterações que fez. Gosto de manter essa estrutura antiga, é uma casa muito charmosa. — Disse Marina ao ver Rebeca se sentar.
— Sim, foi o que mais me chamou a atenção.
— Só não entendi esse outro quarto ligado ao seu, outro closet? O seu closet já é amplo.
Rebeca olhou para Júlia que brincava animada com duas amigas e bexigas coloridas cheias d'água molhando todo o Deque animada, e voltou a olhar para Marina.
— Um quarto de relaxamento.
— Relaxamento? Com o que? Vídeo game? Sauna? Ofurô?
— Quase isso. Cordas, algemas, chicotes.
Marina olhou para Rebeca e sorriu tomando um gole de cerveja e provando algumas castanhas.
— Vai me deixar te amarrar? — Rebeca arqueou a sobrancelha esquerda e perdeu rapidamente o ar de animação.
— Não. Eu sou a pessoa que amarra, e não a que é amarrada. — Rebeca acendeu o cigarro se esticando com as pernas na cadeira da frente.
— Que pena, adoraria amarrar você.
Marina se levantou e retirou o cigarro dos dedos de Rebeca jogando-o novamente no chão e pisando com a sola do pé.
— Já disse, nada de cigarros, senhora Williams.
Marina virou as costas caminhando tranquilamente, ligou o chuveiro da parte externa molhando o corpo e pulando na piscina em seguida, deixando Rebeca mais perplexa do que na noite anterior.
Quando Mary deixou a piscina, Rebeca não estava mais, tinha entrado e recolhido as coisas deixando apenas uma toalha para ela. Mary entrou e viu Rebeca na cozinha preparando algo, olhou para fora e conferiu que Júlia estava longe deixando um beijo na nuca da ruiva.
— Quer ajuda?
— Não.
— Está de mau humor?
— Sim...
— Não me importo, vou te ajudar mesmo assim. — Marina sorriu levemente e aproximou de Rebeca ajudando com o almoço.
Já era fim de tarde quando Marina resolveu ir para casa mesmo com o pedido contrário de Rebeca, mas não se sentia muito bem e preferiu não incomodar, indo descansar em seguida.
Nicole estava jogada no sofá vendo filme após tomar um banho quente, viu seu celular tocar e ignorou ao ver que era o insistente do Júlio. Foram mais uma e outra chamada até que Nicole resolveu atender.
— Oi, que desespero é esse?
— Será que da para abrir o portão da sua residência minha querida?
— O que faz aqui? Eu te convidei?
— Sim, na semana passada.
— Já faz muito tempo, e não me recordo.
— Nicole, se não abrir eu vou entrar de algum jeito.
— Essa eu pago pra ver, todo engomadinho pulando o meu muro.
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Luxúria
RomanceRebeca é uma mulher casada a 7 anos com Isabelly e apaixonada por sua esposa, além de ser dona de uma construtora conceituada e de uma fortuna razoável. Marina é uma engenheira bem sucedida em sua carreira e recém casada com Carlos. Mas será que o...