Capítulo 31

4.7K 462 293
                                    

Naquela manhã, Marina estava no sofá tomando uma xícara de chocolate quente e ouvindo qualquer coisa que passava na TV que estava ligada, mal tinha pregado os olhos na noite anterior e ainda na madrugada resolveu sair da cama para não acordar Rebeca que dormia profundamente. Como não se assustar com ameaças? Como ser imune a tudo o que vinha acontecendo? O fato é que mesmo estando longe do Brasil, só a presença da Rebeca ali já era algo complicado, porém, não cogitava abrir mão do relacionamento que estava começando a construir por ameaças de sabe-se Deus de quem era.

Marina ligou o notebook e enviou o print da tela para um site de denúncias de crimes cibernéticos, sabia que poderia não dar em nada, mas faria tudo o que estivesse em seu alcance.

— Não conseguiu dormir? — Perguntou Rebeca com os cabelos desgrenhados se aproximando da Mary e beijando seus lábios.

— Não. — Mary sorriu fraco. — Não é fácil dormir enquanto tem alguém querendo acabar comigo.

— Podemos contratar um segurança.

— Não. É desnecessário eu sair por aí escoltada.

— Mary, desnecessário é você correr riscos.

— A gente pensa sobre isso, ok? Agora preciso tomar um banho e ir trabalhar.

Mary desligou o notebook e entrou no banho, fechou os olhos e sentiu a presença da Rebeca lhe abraçando por trás e beijando sua nuca.

— Tão tensa morena, acho que precisa relaxar.

Rebeca desligou o chuveiro e se ajoelhou chupando Marina enquanto suas mãos seguravam firme em sua cintura.

Marina ajeitou os cabelos procurando um vestido escuro para usar com seu scarpin branco, Rebeca já estava pronta, iria acompanhar Marina e trabalhar de lá. Mary entrou no escritório e cumprimentou Laura que já estava por ali, se sentou e Rebeca se sentou ao seu lado. Marina ligou para Júlio lhe colocando a par de toda a situação, se concentrou em alguns projetos enquanto ouvia Rebeca fazer algumas ligações, inclusive para Nicole e Isabelly.

— Licença. — Disse Laura batendo na porta. — Trouxe um café fresquinho.

Laura colocou uma xícara para Rebeca e outra para Marina encarando-a com um sorriso sacana nos lábios.

— Obrigada, Laura. — Marina sorriu de volta encarando a tela do computador.

Laura saiu rebolante e seus saltos soavam por toda a sala, Rebeca encarou a garota ainda de costas e olhou para Marina.

— Estão flertando? É isso? — Marina desviou o olhar do computador tentando entender o que Rebeca dizia.

— Quê?

— Não se faça de desentendida, Marina. Qual é a dessa garota? Ela está se jogando para cima de você descaradamente.

— Rebeca, pouco me importa se realmente ela estiver fazendo isso, o que não acredito. Estou aqui apenas para trabalhar, você está vendo coisas onde não tem.

— Você não é tão inocente.

— Beca, para com isso. Não foi por ela que eu abri mão do meu casamento, foi por você.

Rebeca arqueou a sobrancelha esquerda sem ter o que falar, Marina sorriu levemente ao perceber que ela ficou sem argumentos e voltou a se concentrar em seu trabalho.

Alguns dias se passaram e Rebeca estava arrumando as coisas para voltar para casa, como combinado, não poderia ficar mais do que dez dias. Rebeca recebeu uma ligação e fez uma cara péssima ao atender.

Luxúria Onde histórias criam vida. Descubra agora