Capítulo 33

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Nicole acordou pela manhã muito mais cedo do que deveria, devido ao fuso horário, se sentou na cama e olhou para o lado onde Marina dormia profundamente com uma camisola sexy e uma calcinha rendada. Nicky jogou o cobertor por cima dela e se levantou.

Nicole preparou o café e se sentou tentando acordar, desviou o olhar de seu café quando viu seu celular vibrar, não era surpresa nenhuma que Rebeca ligasse naquela manhã.

— Oi, Beca.

— Aonde você está, Nicole?

— Como aonde estou? Fui clara ao dizer que estaria vindo para ficar com a Marina.

— Como ela está?

— Você se importa? Deixe ela em paz de uma vez.

— Nicole, não faz isso.

— Não faz você, droga! Você decidiu assim, eu deixei claro que não mediria esforços para conquista-lá.

— Você só vai se machucar.

— Não me importo, ao menos não irei machucar a ela, diferente de você!

Nicole desligou o celular e percebeu que não estava sozinha, Marina estava em pé ainda com a camisola sexy e o rosto amassado, visivelmente com sono.

— Era ela?

Nicole colocou uma mecha dos cabelos atrás da orelha, e nervosa olhou para Marina.

— Sim.

Marina se aproximou e tocou a mão da Nicole que ainda segurava o aparelho celular.

— Posso?

Nicole desbloqueou o aparelho indo para o quarto e deixando Marina sozinha na cozinha. Marina tremia muito, seu coração palpitava loucamente, a cada toque, parecia que o ar era insuficiente, no quarto toque, Rebeca atendeu.

— Oi, Nicole.

— Rebeca... quando ia me avisar que tinha voltado com a Isabelly? — Rebeca ficou em silêncio ouvindo a voz calma de Marina. — Quando ia resolver deixar claro que eu fui apenas uma maldita aventura para você?

— Marina, não é isso.

— Não? Como não é isso, Rebeca? Eu disse que não queria, eu insisti para ficar longe de mim, mas o que você fez? Era um troféu para você o meu divórcio? Era um troféu transar comigo?

— Nunca foi isso, Marina.

— Eu odeio perceber que fui idiota e imatura ao acreditar em... eu... eu... eu sacrifiquei tudo por você. — Marina chorava soluçando nervosa. — Eu me arrisquei, eu fiz coisas por você que nunca fiz por ninguém. Você não teve a capacidade de atender a minha ligação, você não foi capaz de responder meus e-mails, nada, porra Rebeca! O que fui para você? Uma transa? Eu não merecia a droga de uma satisfação? Tive que saber por uma criança de 9 anos que você é uma covarde mesquinha que só pensa em você?

Nicole estava no quarto ouvindo toda a conversa em silêncio já nervosa.

— Marina, não é isso, eu queria resolver primeiro...

— Resolver? Por quanto tempo? Até Isabelly estalar os dedos e você correr para ela novamente? Desculpa mas não sou tão idiota assim! Eu tenho valor, eu sou uma mulher e tanto, e se você não tem a capacidade de ser mulher suficiente para lidar com isso, sabia que eu sou diferente de você! O que aconteceu entre nós foi importante para mim, não posso fingir que não, porém o mais importante foi conhecer o tipo de pessoa horrível que você é.

— Marina, eu não tive escolha.

— Claro que teve, claro que teve, cara! Você quer enganar à quem? Você escolheu ser filha da puta comigo, você escolheu jogar sujo quando podia ter sido sincera comigo. Uma maldita ligação droga, uma explicação, só isso que pedi, nada demais, eu só queria que fosse sincera, qual é o seu problema?

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