Algumas semanas se passaram rapidamente pelo volume de trabalho na empresa. Marina por sua vez agradeceu por não estar tendo tempo nem para ir ao banheiro com tanto trabalho e prazos curtos. E Rebeca... bom, faz alguns dias que Rebeca pensa em mudar a sala da Marina, pois não consegue aceitar o quanto aquela garota lhe incomoda, passou a ficar com as persianas fechadas na maior parte do tempo o que causou um alívio instantâneo para ambas.
Marina estava deitada no sofá com as pernas para cima enquanto Carlos lavava toda a louça, sentia-se satisfeita em relação ao seu esposo que lhe ajudava sempre, mesmo trabalhando tanto quanto ela.
— Amor, estava pensando em mudarmos de apartamento. — Disse Carlos tocando no assunto que pensou tanto nos últimos dias.
— Mudar? Amor, esse apartamento foi uma conquista minha, não consigo pensar em vendê-lo.
Carlos apareceu na sala secando as mãos em um pano pendurando em seguida, olhou e sorriu.
— Não quero que venda, mas como em breve a família vai crescer, pensei em um apartamento maior. Eu tenho umas economias, você sabe.
— Gosto tanto daqui, Carlos, é um apego sentimental.
— Ok! Foi uma sugestão, mas peço que pense com carinho, de qualquer forma quero investir num imóvel.
— Concordo, podemos ver com calma sobre isso. Poderia ser alguma casa de campo.
— Ótimo.
Marina se deitou no peito do Carlos concentrando-se apenas na respiração de seu esposo. Amava seu jeito cuidadoso de ser, amava suas mãos carinhosas, amava aquela calmaria. Apesar do casamento deles não ter nem dois anos, sentia-se feliz ao lado dele como se estivessem a muito mais tempo juntos.
— Mary, vamos ao cinema?
— Quando?
— Agora.
— Tudo bem. Vou tomar banho rapidinho.
Marina amava esse universo e assistia qualquer gênero, até mesmo filmes infantis, tinha uma verdadeira loucura por cinema, passava horas vendo filmes e séries se pudesse.
— Vamos? — Disse já pronta aparecendo na sala.
Carlos e Marina estavam na fila decidindo ainda o filme, compraram os ingressos e um balde grande de pipoca entrando em seguida e se sentando na fileira do meio, eram os lugares preferidos deles.
O filme ainda não tinha começado, faltava cerca de 15 minutos e o cinema estava praticamente vazio, Carlos abraçou-a e deixou um beijo carinhoso em seu pescoço, em seguida duas mulheres lhes chamaram atenção ao entrarem ao lado de uma criança que falava pelos cotovelos, Rebeca estava conversando de forma despojada com Nicole, mas arqueou a sobrancelha esquerda assim que avistou Marina.
Marina sentiu-se estranha ao vê-las, como se quisesse se esconder, mas paralisou completamente ficando em silêncio. Nicole ao vê-la foi até onde estavam e sorriu.
— Mari, que coincidência vê-la aqui.
— Oi Nicole, esse é meu esposo Carlos. Carlos essa é Nicole e Rebeca Williams, são minhas chefes, e a filha da Rebeca.
— Muito prazer em conhecê-las. — Respondeu Carlos se levantando e cumprimentando-as.
— O prazer é todo meu. — Respondeu Rebeca com um sorriso forçado.
Elas se despediram indo se sentar nas últimas cadeiras. Durante o filme, Rebeca não conseguia desgrudar o olhar da Marina beijando seu esposo. Quando a sessão acabou, Marina estava aos prantos, odiava por ser tão chorona, Carlos abraçou-a sorrindo e beijando-a carinhosamente.

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Luxúria
RomanceRebeca é uma mulher casada a 7 anos com Isabelly e apaixonada por sua esposa, além de ser dona de uma construtora conceituada e de uma fortuna razoável. Marina é uma engenheira bem sucedida em sua carreira e recém casada com Carlos. Mas será que o...