Capítulo 22

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Rebeca estacionou o carro e entraram em um restaurante, Marina tinha tomado uma garrafa inteira de vinho e estava nesse momento colocando tudo pra fora.

— Tudo bem? Precisa de ajuda? — Perguntou Rebeca parada na porta do banheiro.

— Estou bem.

Marina saiu e lavou o rosto, ainda sentia o álcool percorrer suas veias com intensidade.

— Vamos, você precisa almoçar. — Rebeca puxou ela dali indo para o interior do restaurante.

Júlia estava comendo batatas fritas quando olhou para Marina e fez uma cara de assustada.

— A Mary está bem, mãe?

— Não filha, ela está muito mal porque tomou vinho, se um dia você beber, também vai passar mal assim. — Disse Rebeca ajudando Marina a se sentar.

— Não ligue pra sua mãe, foi só um exagero. O que acontece se você comer duas caixas inteiras de bombons?

— Fico feliz e com dor de barriga. — Disse Júlia sorrindo.

— Eu fiquei feliz e com o estômago enjoado. Nunca exagere em nada. — Completou Marina.

Marina pediu o almoço assim como Rebeca, conversaram tranquilamente como se nada tivesse acontecido. Rebeca não olhou para Marina de outra forma, e tentou evitar de ficar muito próxima. Marina almoçou e se sentia melhor, apesar de ainda sentir a queimação de uma azia que veio acompanhada do mal estar.

— Quer vinho? — Rebeca perguntou alfinetando.

— Muito obrigada, senhora Williams. O que acha de mais um cigarro pra viver um dia a menos? — Rebeca arqueou a sobrancelha esquerda e encarou Marina.

— Você não sabe brincar sem pegar pesado?

Marina deu de ombros e bebericou sua água com gás e limão, seu estômago já começava a melhorar, mas ainda estava tonta e com os movimentos lentos por ter excedido.

— Vocês são engraçadas. — Concluiu Júlia.

De volta para casa, Rebeca e Marina conversavam sobre trabalho, algo que mostrava serem extremamente profissionais, respeitando os espaços de cada uma. Marina viu seu celular tocar e olhou para tela desgostosa da vida.

"Inferno" — Sussurrou antes de atender.

— Oi, dona Amélia. — Marina suspirou cansada de além de tudo ainda ter que lidar com sua mãe.

— Estou te esperando, vai demorar?

— Me esperando?

— Sim, não posso te visitar? — Marina suspirou cansada e se ajeitou no banco.

— Devo chegar em uma hora.

— Está bem, vou tomar um café aqui perto, quando chegar me avise.

— Está bem, mãe. — Marina desligou e suspirou cansada e levou a mão à cabeça.

— Tudo bem?

— Sim... por enquanto. Bem que o carro podia quebrar pra ficarmos na estrada o resto do dia.

— Quer fugir? Já mudou de ideia sobre mantermos distância? — Marina revirou os olhos e balançou a cabeça.

— Não tem nada mais torturante do que ter minha mãe em casa. Ela é extremamente autoritária e me sufoca com o jeito dela. — Rebeca olhou para frente pensativa.

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