Capítulo 23

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Marina entrou na sala e Nicole estava sentada no sofá tomando um café, ela caminhou até a cafeteira, pegou uma xícara despejando o conteúdo quente e uma porção de açúcar.

— Você está saindo com o Júlio? — Nicole tomou o restante do café que estava na xícara e olhou para Marina.

— Não.

— Não? Como não? O que estava fazendo lá?

— Nossas empresas têm contratos em comum, estava trabalhando, Mary. — Marina se sentou ao seu lado e deu um gole na bebida colocando-a ao lado.

— Por que pede sinceridade se não é sincera comigo?

Nicky ficou pensativa e percebeu que Marina tinha razão. Colocou a xícara ao lado e olhou para Marina.

— Ok. Rolou uns beijos, nada demais. Não vai acontecer mais, Júlio não presta e eu não me arriscaria assim. Mas que queria falar comigo?

— Nem sei como dizer.

— Fale de uma vez, estou ficando nervosa. — Marina se levantou e ficou de costas procurando forças e respirou fundo olhando para a parede.

— Eu transei com a sua irmã.

O silêncio tomou conta da sala, Marina apertou os olhos nervosa e quando se virou, viu que Nicole estava tão desconcertada quanto ela.

— Eu esperava mais de você, Marina.

— Nicky, eu não me orgulho disso.

— Não se orgulha? O que está havendo? Quantos anos você tem que não sabe controlar seus hormônios? Vai ficar brincando até quando com as pessoas?

— Nicole, não é assim.

— Não? Carlos sabe o que está acontecendo? Ou Carlos pode ficar com alguma mulher também? Não justifique o que não pode ser justificado. — Marina se sentou no sofá e ficou em silêncio.

— Eu sei que Carlos não merece, por isso coloquei um ponto final em tudo, conversei seriamente com Rebeca.

— A Rebeca me ligou hoje pela manhã, vai ficar morando comigo por uns dias até a casa que ela comprou ficar pronta. Sabe quando a Rebeca teve coragem de deixar Isabelly? Nunca. E não foi por falta de motivos.

— Nós não temos nada, Nicky. Estou sendo sincera com você.

— Vamos trabalhar que é pra isso que estou aqui. — Disse Nicole se levantando visivelmente de mau humor.

No fim do dia, Marina organizava as coisas na bolsa antes de sair, Júlio passou se despedindo enquanto ela terminava tudo para ir embora. Mary apagou as luzes e começou a descer as escadas calmamente, era acostumada com aquele silêncio por ser a única a usar escadas, principalmente naquele horário, tinha medo de elevador, e não se importava quantos andares fossem. Mas aquele dia foi diferente, teve a impressão de que alguém a observava, olhou para trás, mas não viu ninguém, Marina desceu o mais rápido que pode e já no último andar sentia que seu coração iria falhar, suas pernas tremiam e ela tinha uma certeza, não, não estava imaginando nada, alguém estava lhe vigiando.

Marina deu aula o restante do dia com aquela situação em mente, sentia que algo tinha a ver com Isabelly, tudo bem que isso parecia somente uma teoria da conspiração, mas não podia evitar de pensar assim.

Isabelly estava vestida elegante naquela noite, Rebeca chegou e não pode deixar de observar, cumprimentavam-se e caminharam para o escritório.

— Como combinado, os documentos estão aqui. — Rebeca estendeu-os para Isabelly que leu tudo, porém já sabia que Rebeca seria correta e não faria nada que viesse a prejudicar Júlia.

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