Iniciando a maratonaaa ❤
Capítulo 5 - Estranho Sorriso.
- Seus filhos da mãe, bando de covardes desgraçados! - Os xinguei me agachando rapidamente para socorrer Christian.
- Sujou... - James falou puxando Riley pelo braço e como dois covardes, ambos fugiram para longe daqui. Uma pena porque minha vontade era arrebentar a cara desses nojentos, mas eu juro que ainda os farei pagar muito caro pelo que fizeram aqui.
- Christian? Fala comigo, por favor! - Pedi dando leves batidinhas no rosto dele para que acordasse, mas nada.
Ele continuava de olhos fechados e imóvel. Quando coloquei a cabeça dele sob minhas coxas percebi que ele tinha sangue na parte de trás e só então entendi que na queda, ele tinha batido com a cabeça em uma pequena pedra, o que me deixou ainda mais apavorada com a possibilidade dele estar gravemente ferido.
- SOCORRO! - Gritei em busca de ajuda e segundos depois, alguns alunos apareceram, inclusive Katherine.
- Céus, o que aconteceu com meu irmão? - Kate levou as mãos a boca, sufocando um grito.
- James e Riley bateram nele. - Expliquei sentindo meus olhos se encherem de lágrimas.
- Aqueles desgraçados aprontaram de novo com o Chris, vou arrebentar a cara deles... - Ethan resmungou indignado com aquela situação.
- Eu te ajudarei, Ethan! - Elliot falou abraçando a namorada que começara a chorar de desespero.
- Tem sangue... Vou chamar uma ambulância imediatamente. - Mia disse pegando o celular e pedindo ajuda.
[...]
Em poucos minutos a ambulância chegou e socorreu Christian, o imobilizando e o levando desacordado ainda para o hospital. Queria muito ir com ele para saber o que o moreno tinha e se ia ficar bem, mas por conta da confusão fui levada para a diretoria onde contei tudo o que aconteceu nos fundos do colégio para o diretor que prometeu punir os garotos com firmeza e se for o caso, chamará até a polícia.
Não aguentei esperar atitude da parte dele e logo liguei para meu pai a fim de contar o ocorrido. Diante de tudo aquilo Raymond mandou que eu fosse para casa e mesmo tentada em ir no hospital ver como Christian estava resolvi obedecê-lo, pois Elliot prometeu me avisar as novidades sobre o estado de saúde dele.
Chegando em casa simplesmente desabei.
Christian foi agredido porque me defendeu daquele imbecil e se ele morrer ou se machucar muito não vou conseguir manter minha consciência limpa, se é que algum dia ela já foi assim.
Ajoelhei-me no chão e fiz algo que quase nunca faço na vida.
Orei por Christian.
Pedi aos céus que o protegessem e que ele melhorasse logo e voltasse para casa, mesmo não sendo um exemplo de garota de fé pedi pois não quero que mal algum tenha acontecido com aquele garoto tão... Especial.
[...]"Ana, Christian está bem e vai ser levado para casa daqui a pouco."
Quando recebi aquela mensagem de Elliot no meu celular, meu coração encheu-se de alegria e paz.
Christian está bem, essa sem dúvidas foi a melhor notícia que eu poderia ter recebido hoje, mas não foi a única.
Meu pai me ligou minutos depois contando que Riley e James poderão ser punidos pela agressão, ainda mais se os pais de Christian prestarem queixa, o que espero de todo coração que aconteça o mais rápido possível.
Mais tranquila comi alguma coisa na cozinha pois estava com muita fome e depois ouvi meu celular tocando, mas ao ver que era Carla, resolvi não atender pois ainda estou chateada com ela. Inclusive, se ela não tivesse me mandado para cá nada disso teria acontecido. Todo mundo sabe que atraio problema, aliás por esse motivo estou pensando em me afastar de Christian pois não quero que nada de ruim aconteça com ele, mas não sei se conseguirei me manter longe agora que estou o conhecendo melhor.
Depois fiz o jantar, mas o arroz acabou queimando porque bem na hora que estava o cozinhando, ouvi um barulho e ao olhar para a janela sorri ao ver que era o carro da família de Grey, trazendo-o de volta para casa. Não me controlei e resolvi que iria para lá, mas resolvi esperar algumas horas pois não quero atrapalhar esse momento mais íntimo dele com a família
- Você quer ir até lá, não é? - Raymond perguntou-me assim que chegou em casa.
- Sim, me sinto na obrigação de fazer isso já que Christian apanhou por minha causa. - Respondi sem graça, enquanto colocava uma blusa de moletom pois como está anoitecendo, o tempo está ficando mais frio.
- Certo, vamos lá. - Ele concordou arrancando um sorriso meu.
Depois de fechar a porta da nossa casa, atravessamos a rua até a casa dos nossos vizinhos, os Greys. Chegando lá conheci o resto dos integrantes da família, Carrick, um belo loiro na casa dos quarenta que era o médico da cidade e que por ironia do destino acabou atendendo o filho quando este chegou ao hospital e Grace, uma linda morena, simpática e muito carinhosa que era dona de casa pois segundo me contara, abandonou a carreira de bióloga para cuidar melhor de Christian quando ele nasceu e ela descobriu que ele era especial.
- Será que posso vê-lo? - Indaguei engolindo em seco.
- Claro querida, venha comigo. - Grace concordou segurando minha mão e me levando até o segundo andar da casa onde ficava o quarto onde Christian estava descansando. - Pode entrar e fique a vontade, ta? - Ela avisou me deixando sozinha em frente a porta.
Respirei fundo, girei a maçaneta e abri a porta devagar pois não sabia se ele estava ou não dormindo. Por sorte, estava. Fechei a porta com cuidado e caminhei lentamente até a cama dele, não sem antes olhar ao meu redor reparando na decoração do quarto, que tem as paredes acinzentadas, uma lousa verde na parede com giz, uma estante cheia de livros que comprova que com certeza ele é bem nerd além de cômoda, guarda-roupa, cama e afins.
Sentei-me na beira da cama e fiquei observando o moreno dormindo por alguns minutos e só então notei como esse menino é gato. Sua pele é branquinha, quase sem espinhas, sua boca carnuda e provavelmente macia, seus cabelos acobreados e levemente ondulados, maxilar pronunciado. A coberta cobria apenas metade de seu corpo de forma que pude perceber que seus braços são um pouco fortes, mas não pude ver se seu abdomên é sarado ou não.
Céus... Por que quero saber se ele é sarado ou não?
Será que estou mesmo desejando Christian?
De repente, o garoto abriu os olhos e começou a me olhar fixamente com aqueles olhos verdes arregalados por minutos que pareciam intermináveis. Fiquei sem reação e nada disse, apenas retribui o olhar. Foi quando ele desviou o olhar, se ajeitou na cama, sentando-se nela e depois de engolir em seco puxou assunto comigo.
- O que está fazendo aqui? - Indagou coçando os olhos.
- Vim ver como você está. Por acaso se lembra do que houve? - Passei a língua pelos meus lábios secos.
- Sim, James me agrediu. Fui parar no hospital, acordei lá e papai disse que eu teria que fazer alguns exames pra ver se a batida na cabeça não tinha afetado nada interno. Também me fez um curativo atrás da cabeça e após algumas horas de observação, me trouxe para cá e cansado, acabei cochilando aqui na minha cama. - Resumiu.
- Mas você está bem?
- Minha cabeça dói um pouco, mas estou sim. - Respondeu coçando os olhos novamente - Obrigado por ter vindo saber como eu estava.
- Obrigada você por ter me defendido, Christian. - Tive vontade de por minha mão sob a dele, mas como aspergers não gostam de toques me contive.
- Não tem porque agradecer, eu não podia deixar que eles falassem daquele jeito com você, nem com qualquer outra menina.
- Alguém já te disse que você é um fofo? - Falei sorrindo.
- Sim, minha irmã e minha mãe sempre dizem isso. - Ele disse com as bochechas vermelhas.
- Pois é a melhor definição para você, sabia? Quer saber... Por acaso quer ser meu amigo? - Questionei pondo uma mecha de cabelo atrás da orelha.
- Quero sim! - Afirmou parecendo bem animado.
- E... Será que posso te dar um beijo?
- Como assim? - Ele arregalou os olhos novamente. - Está apaixonada por mim? Casais de namorados se beijam, mas nós não somos namorados então não podemos nos beijar.
- Calma! - Dei risada - Quero te dar um beijo na bochecha como amigos fazem e já que seremos amigos tô com vontade de fazer isso, entendeu?
- Entendi.
- E aí? Posso ou não posso?
- Não sei. É que não gosto que encostem em mim, já te falei isso.
- Por favorzinho! - Insisti.
- Hum... - Murmurou - Está bem. Você... Pode. - Aceitou e aproximei minha boca da bochecha dele e em seguida, o beijei carinhosamente.
- Pronto. - Avisei sorrindo e pela primeira vez, Christian sorriu de volta para mim.
Acho que aquela era a primeira vez que Christian Grey sorria abertamente para mim.Um sorriso tímido e torto que me fez sentir algo muito estranho dentro do meu coração. Não consegui definir o exatamente o que senti, só sei que era um estranho bom, maravilhosamente bom.
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Essa semana irei maratonar essa fic, como já perceberam.
Minha net é muito ruim, então quando eu não conseguir postar, vou pedir pra @DeiaAzevedo postar pra mim, okay?Votem e comentem❤
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Estranho Amor
FanfictionAnastasia Steele é uma verdadeira garota problema que a contra-gosto é obrigada a se mudar para uma cidade pequena a fim de morar com seu pai, Raymond, o chefe de polícia de Spokane. É quando se depara com o filho de sua vizinha, um estranho garoto...