Anastasia Steele é uma verdadeira garota problema que a contra-gosto é obrigada a se mudar para uma cidade pequena a fim de morar com seu pai, Raymond, o chefe de polícia de Spokane.
É quando se depara com o filho de sua vizinha, um estranho garoto...
Christian tentou se matar por minha causa! Ouvir aquilo dos lábios de Katherine me fez ficar desesperada. Só agora consigo ter noção do quanto fui irresponsável ao me envolver com ele. Não que tenha me arrependido do que vivemos pois pra mim tudo foi tão... Perfeito. Ao menos até o dia em que aquilo tudo aconteceu e fomos separados a força, mas Christian é especial e eu tinha que ter tido mais cuidado com os sentimentos dele. - Como assim Katherine? O que ele fez? Como isso foi acontecer?! - Indaguei confusa enquanto sentava no sofá pois minhas pernas estavam bambas. - Depois que você foi embora meu irmão ficou muito mal, depressivo. Tentava se comunicar contigo, não conseguia e a cada dia que passava ficava mais introspectivo. O psicólogo tentou ajudar, mas o Chris não colaborava muito. Ele chegou até a chorar e nunca tinha visto meu irmão chorando até aquele momento. Nunca mesmo! Ontem a noite ele roubou sua moto da casa do seu pai, saiu com ela em alta velocidade e... Bateu contra um poste de propósito. Agora ele está no hospital sob os cuidados do papai e estamos com muito medo dele não sobreviver ao acidente. - Explicou com a voz chorosa. - Não... Christian não pode morrer. - Falei pondo a mão no peito - Eu preciso vê-lo Kate! - Então venha logo para cá, por favor. Se tiver uma mínima chance do meu irmão se recuperar, seria somente se ele tivesse você ao lado dele. - Por acaso seus pais sabem que está me ligando? - Não, mas não tô nem aí para o que eles pensam, só quero que meu irmão fique bem logo e farei o que for necessário para que isso aconteça, mesmo que tenha que ir contra meus pais. Só quero ver o Christian feliz e sei que a felicidade dele é ao seu lado, Ana. Por isso, por favor, se você sente algum carinho pelo Chris venha o mais rápido possível para Forks. - Certo! - Concordei assentindo com a cabeça no mesmo momento em que Carla entrou em casa. - Filha, o que houve? - A loira indagou notando o desesperado em meu olhar. - Mãe... - Me aproximei dela depois de por o telefone no gancho - Preciso voltar para Forks agora. - Argh, Ana... - Carla resmungou jogando sua bolsa no sofá - Você sabe que isso não pode acontecer. - Suspirou profundamente, parecendo bem incomodada com nossa conversa. - Christian tentou se matar. - Revelei a olhando nos olhos - E foi por minha causa! - Céus... - Carla passou a mão por seus cabelos - Ele está bem? - Não sei direito, mãe. - Mas se você voltar aí é que ele vai piorar. - O quê?! - Franzi a testa não entendendo o raciocínio perturbado da minha mãe. - Esse menino está obcecado por você, filha. Você faz mal para ele. Teu pai bem que te avisou que ele é diferente dos outros garotos e... - Não é obsessão, mãe! - A interrompi - É amor! - Não sei... - Carla andou de um lado para o outro pela sala - Preciso pensar nisso com muito cuidado e conversar com Raymond primeiro para vermos o que vamos fazer com essa história toda. - Eu não tenho esse tempo, Carla! Preciso resolver isso agora! - A pressionei. - As coisas não são assim, Anastasia! Não no mundo dos adultos. - VOCÊ E O PAPAI SÃO UM SACO! - Gritei pegando minha mochila e correndo para meu quarto, onde entrei e fechei a porta - Preciso ver o Christian agora... - Murmurei começando a roer as unhas de nervoso - Preciso dar um jeito de viajar hoje mesmo... - Tentei me acalmar em busca de achar uma solução para esse problema, enquanto me olhava no espelho e notava o quanto meus olhos estão fundos devido as noites mal dormidas dos últimos tempos - Já sei! - Estalei os dedos e sorri, assim que um ideia maravilhosa veio em minha mente. Verifiquei se a porta do quarto estava realmente trancada, peguei minha mochila e nela guardei algumas roupas, sapatos e itens pessoais, além de um pouco de dinheiro. Em seguida, escondi a mochila debaixo da cama, tomei banho para tirar um pouco da ressaca por ter bebido horas atrás e me troquei tirando o uniforme do colégio e colocando roupas comuns. Tranquei a porta do quarto e saí dele com a mochila nas costas. Aguardei até que Carla saísse da sala para a cozinha e quando a mesma saiu, fui embora discretamente de casa. A pé mesmo caminhei por uns vinte minutos até chegar a casa de Jack. [...] - Você quer que te empreste meu carro pra você ir até Forks ver um cara que é praticamente o meu rival? - O loiro questionou após ouvir meu pedido. - Não é hora pra ciúmes, Jack. Me ajuda, por favor. Não sei mais a quem recorrer e preciso ver o Christian agora ou sei lá, vou acabar fazendo uma besteira também! - Desabafei totalmente inquieta. - Calma, ta? - Jack me puxou para seus braços, dando um beijo em minha cabeça enquanto mexia no bolso de sua calça - Vou te ajudar sim, mas só se me der um beijinho antes. - Me afastei dele que mostrou a chave em sua mão - Qual é Ana? Eu beijo tão mal assim? - Palhaço! - Dei um selinho nele e estiquei a mão - Dá logo! - Insisti e ele me entregou a chave do carro. - Boa sorte, Ana! - Obrigada Jack! - Fui em direção a porta do apartamento dele. - E por tudo que te é mais sagrado, não bata meu carro ou meu pai vai me matar! - O ouvi dizer antes de sair. - Pode deixar! - Concordei dando risada da cara dele antes de partir de vez. [...] Fui embora de Vegas no carro de Jack que por sorte, está bem abastecido. Com a ajuda do GPS dirigi até Forks por várias horas, tantas que até perdi as contas, dando algumas paradas para comer em algumas lanchonetes e abastecer o tanque pelo caminho. Quando finalmente cheguei a Forks, fui direto para o hospital da cidade. - Ana? Você não tinha ido embora? - Grace perguntou confusa assim que me viu na recepção. - Assim que soube do ocorrido vim direto para cá. Como Christian está, senhora? - Perguntei não me aguentando mais de tanta preocupação. - Ele... - Grace passou a chorar. - Ele morreu? - Questionei sentindo meu corpo todo tremer por dentro - Responde, Grace! - Insisti. - Não, mas está muito mal ainda. Meu filhinho tão inocente... Como deixamos tudo chegar a esse ponto, céus... - Passou a mão por seus cabelos escuros, visivelmente transtornada - Não vou aguentar se ele... Você sabe. - Ele vai sobreviver, senhora. Eu sei que vai... - Tentei anima-la mesmo não crendo tanto assim em minhas palavras. - Ana! Você veio! - Katherine surgiu na recepção e foi direto me abraçar - Venha, vou te levar até o Chris. - Falou segurando minha mão. - Será que isso vai ser bom pra ele? - Claro que vai, mãe. - A loira confirmou fazendo sinal de positivo com a cabeça - Eu me responsabilizo por isso, Okay? Vamos, Ana. - Segurando minha mão, a loira me levou para me higienizar e depois, para outra ala da clínica onde Christian provavelmente está, mas no caminho encontramos Carrick. - O que essa menina faz aqui? - Carrick indagou visivelmente irritado com minha presença. Com certeza também deve me culpar pelo que Christian fez. E o pior de tudo é que ele está certo. - Fui eu quem a chamei, pai. - Kate mais uma vez puxou a responsabilidade para si - E tenho certeza que a presença dela vai ajudar meu irmão a sarar mais rápido. - Kate! - Ele está no quarto 45, Ana. Pode entrar lá que vou ficar aqui conversando com o papai e explicando porque tomei essa decisão que é a mais sensata neste momento. - A loira pediu encarando Carrick. Eu nada disse, apenas a obedeci e fui em busca desse tal quarto. Quando o encontrei, respirei bem fundo antes de girar a maçaneta e entrar no local. Christian estava dormindo na cama com alguns curativos no rosto, o que me lembrou o dia em que apanhou pela primeira vez daqueles dois nojentos, quando acabou batendo a cabeça em uma pedra, ficando desacordado por algum tempo e nos dando um grande susto. Apesar da aparência abatida, continua lindo. Sua pele estava mais bronzeada do que antigamente, possível resultado das férias de verão. Me aproximei dele, sentando na beirada da cama e segurando sua mão. - Christian... - O chamei mas o moreno continuou imóvel com aquele monte de aparelho no nariz para ajudar em sua respiração - Nunca pensei que por minha culpa você quase morreria. Estou me sentindo um lixo por isso. - Admiti baixando a cabeça - Me desculpa? Nunca quis teu mal, pelo contrário... Queria te ver bem, feliz porque te amo Christian. É isso, te amo. Quer dizer, acho que te amo. - Dei um sorriso torto - É um sentimento muito novo pra mim ainda, sabe? Porque nunca amei ninguém do jeito que te amo agora. Desde que te conheci você se tornou o centro da minha vida. Tudo que planejava, tudo que fazia era sempre pensando em você. Adoro o seu jeitinho esquisito - Ri - O jeito como você me beijava e não quero perder isso pra sempre - Senti algumas lágrimas caírem dos meus olhos - Queria muito poder dizer isso a você olhando nos teus olhos, então não morre não. Ainda mais agora que sei que o que sentimos um pelo outro é recíproco. Pelo menos é o que parece pois você não faria o que fez, se não me amasse tanto assim. Não que você tenha feito o certo, o que você fez foi muito errado, entendeu? É o tipo de coisa que não se deve fazer nunca. Enfim, por tudo que é mais sagrado, lute pela vida meu amor. - Supliquei sentindo um peso sair dos meus ombros depois de me declarar e dizer todas essas coisas para ele, mesmo que sabendo que Chris ainda está desacordado foi bom poder abrir um pouco meu coração.
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De olhos fechados, pedi aos céus que salvassem Christian. Quando abri os olhos e voltei a olhar para Grey, o vi piscando e abri um largo sorriso ao contratar que meu estranho garoto finalmente está despertando.
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Estou de volta com mais um e como prometido, desta vez nem demorei muito kkk
Espero que tenham gostado do capítulo, não esqueçam de votar e comentar ❤