O dias seguiram assim. Eu encontrava Troy nas aulas de poções e após os treinos no fim da tarde, na torre de astronomia e em seu lugar secreto. Também passávamos boa parte do nosso tempo juntos nas estufas, cuidando das plantas. Eu ainda não havia reunido coragem para mostrar meus desenhos para ele, mas continuava a fazê-los sempre que dava tempo. Nos fins de semana, ia até o seu quarto e ficávamos mais juntos do que nunca. Eu admito que era sempre muito difícil deixá-lo e voltar para o meu quarto.
Naquela noite de domingo, no quarto dele, terminei de vestir minhas botas e me levantei. Porém, quando vi, Troy tinha as costas coladas na porta e um olhar de quem não me deixaria sair.
- São quase cinco da manhã. - argumentei.
- Eu nunca tenho sono este horário. - ele disse.
Sorri. Depois, fui até ele e envolvi meus braços em seu pescoço, beijando-o. Ele retribuiu e no fim enfiei meu nariz em seu pescoço.
- Não vai conseguir me enrolar, Potter. - disse, mas eu bem percebi que a sua voz estava mais rouca que o normal.
Então mordi sua pele.
- Ei! - Troy reclamou e em segundos, nos virou, prendendo-me entre a porta e ele. - Está piorando a situação para você, parceira.
Parceira. Potter. Era assim, desde sempre.
Troy enfiou as mãos por debaixo da minha blusa, apertando meu quadril e me beijou como se fosse a última coisa que faria no mundo. Eu me coloquei na ponta dos pés e tentei colar nossos corpos até começar a ficar dormente.
Quando separamos nossos lábios, estávamos muito ofegantes. Acariciei seus fios de cabelos na nuca e murmurei:
- Agora preciso ir. - mas seus olhos me encararam opositores. - É sério.
Troy deu alguns passos para trás e ergueu as duas mãos. Parecia um pouco bravo e eu entendia, já que também estava frustrada por ter que ir. Minhas mãos seguraram na maçaneta e abri a porta, porém quando eu estava quase saindo, Troy me puxou para dentro e me deu mais um beijo e outro, e outro. Ele segurou meu rosto com carinho e apertou minha orelha. Sorri, toda boba.
- Boa noite. - disse.
Saí correndo, sabendo que seria o único jeito e só perdi a corrida para o meu coração, que batia feliz e contente.
Tomei um susto quando entrei no salão comunal e encontrei Alice no sofá. Ela ergueu a cabeça para mim e vi a sua expressão séria de que sabia de tudo.
- Diga-me que você não estava com o Malfoy.
- Eu não estava com o Malfoy. - repeti, baixinho.
- Diga-me que você não estava no quarto dele, Amy.
- Eu não estava no quarto dele, Amy.
- Ai, sua mentirosa!
Suspirei e caminhei até ela, me jogando no sofá e então contei tudo para ela. Tudo que eu vinha escondendo por achar que não iam me entender quando dissesse que estava em um tipo de relacionamento íntimo com um Malfoy.
- Um mês, Amy! - Alice reclamou.
- Eu sei. Eu ia te contar... Logo.
- Quando?
- Não sei... Quando eu me sentisse segura para não ouvir algo do tipo "você está louca de namorar um Malfoy!" ou "acho que ele ainda vai te ferrar".
A expressão da Alice se fechou e percebi que eu tinha falado demais.
- Li, não é isso... - tentei de novo. - É que não é fácil estar com um garoto que todo mundo da minha família odeia.
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O Céu é O Limite
FanficAmy Potter tem dezesseis anos e, além de ser a melhor aluna de Hogwarts, é a melhor apanhadora também. Ela acha que tem a vida que precisa ter, o namorado popular, as melhores notas, e jamais esperaria que a revolução chamada Troy Malfoy mudaria tud...