Capítulo 20 - Boa noite, Amy

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O dias seguiram assim. Eu encontrava Troy nas aulas de poções e após os treinos no fim da tarde, na torre de astronomia e em seu lugar secreto. Também passávamos boa parte do nosso tempo juntos nas estufas, cuidando das plantas. Eu ainda não havia reunido coragem para mostrar meus desenhos para ele, mas continuava a fazê-los sempre que dava tempo. Nos fins de semana, ia até o seu quarto e ficávamos mais juntos do que nunca. Eu admito que era sempre muito difícil deixá-lo e voltar para o meu quarto.

Naquela noite de domingo, no quarto dele, terminei de vestir minhas botas e me levantei. Porém, quando vi, Troy tinha as costas coladas na porta e um olhar de quem não me deixaria sair.

- São quase cinco da manhã. - argumentei.

- Eu nunca tenho sono este horário. - ele disse.

Sorri. Depois, fui até ele e envolvi meus braços em seu pescoço, beijando-o. Ele retribuiu e no fim enfiei meu nariz em seu pescoço.

- Não vai conseguir me enrolar, Potter. - disse, mas eu bem percebi que a sua voz estava mais rouca que o normal.

Então mordi sua pele.

- Ei! - Troy reclamou e em segundos, nos virou, prendendo-me entre a porta e ele. - Está piorando a situação para você, parceira.

Parceira. Potter. Era assim, desde sempre.

Troy enfiou as mãos por debaixo da minha blusa, apertando meu quadril e me beijou como se fosse a última coisa que faria no mundo. Eu me coloquei na ponta dos pés e tentei colar nossos corpos até começar a ficar dormente.

Quando separamos nossos lábios, estávamos muito ofegantes. Acariciei seus fios de cabelos na nuca e murmurei:

- Agora preciso ir. - mas seus olhos me encararam opositores. - É sério.

Troy deu alguns passos para trás e ergueu as duas mãos. Parecia um pouco bravo e eu entendia, já que também estava frustrada por ter que ir. Minhas mãos seguraram na maçaneta e abri a porta, porém quando eu estava quase saindo, Troy me puxou para dentro e me deu mais um beijo e outro, e outro. Ele segurou meu rosto com carinho e apertou minha orelha. Sorri, toda boba.

- Boa noite. - disse.

Saí correndo, sabendo que seria o único jeito e só perdi a corrida para o meu coração, que batia feliz e contente.

Tomei um susto quando entrei no salão comunal e encontrei Alice no sofá. Ela ergueu a cabeça para mim e vi a sua expressão séria de que sabia de tudo.

- Diga-me que você não estava com o Malfoy.

- Eu não estava com o Malfoy. - repeti, baixinho.

- Diga-me que você não estava no quarto dele, Amy.

- Eu não estava no quarto dele, Amy.

- Ai, sua mentirosa!

Suspirei e caminhei até ela, me jogando no sofá e então contei tudo para ela. Tudo que eu vinha escondendo por achar que não iam me entender quando dissesse que estava em um tipo de relacionamento íntimo com um Malfoy.

- Um mês, Amy! - Alice reclamou.

- Eu sei. Eu ia te contar... Logo.

- Quando?

- Não sei... Quando eu me sentisse segura para não ouvir algo do tipo "você está louca de namorar um Malfoy!" ou "acho que ele ainda vai te ferrar".

A expressão da Alice se fechou e percebi que eu tinha falado demais.

- Li, não é isso... - tentei de novo. - É que não é fácil estar com um garoto que todo mundo da minha família odeia.

O Céu é O LimiteOnde histórias criam vida. Descubra agora