Capítulo 13 ✔️

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-O que vamos fazer agora? -falo me jogando no sofá.

-Não sei, o que quer fazer? -pergunta ela me olhando.

-To com fome. -falo passando a mão na barriga.

-Vai comer, ué. -fala Rebecca rindo.

-E você? Não vai comer?

-Depois. -ela diz sorrindo.

Vou até a cozinha e pego alguma coisa pra mim comer, enquanto eu estou comendo eu penso na Rebecca e na familia dela. Eu sei que ela vai ficar arrasada quando o pai dela morrer, mas eu vou estar aqui no lado dela. Termino de comer e volto para a sala, a Rebecca está deitada no sofá vendo um filme, e me deito com ela que de recosta em mim e abraço ela.

(...)

Uma semana se passou e eu percebi que a Rebecca anda meio nervosa nesses últimos dias, toda vez que ela escuta o pai dela falar do velório, ela se retira do local e vai para outro lugar, eu sei que não é fácil pra ela mas o pai dela acaba ficando triste também.

-Rebecca, preciso falar com você. -Digo sentando no lado dela.

-Pode falar. -Ela me olha.

-É sobre o seu pai. -ela desvia o olhar do meu.
-Eu sei que tá sendo difícil pra você isso que tá acontecendo, mas eu acho que ao invés de você está fugindo você devia está no lado do seu pai agora. -falo olhando pra ela.

-Eu... Tô com medo. -ela fala respirando fundo.

-Eu sei que tá, mas você tem que entender que essa é a última semana dele, e eu acho melhor você ficar mais perto dele, porque senão depois você pode se arrepender de não ter aproveitado ao máximo do lado dele. -digo segurando a mão dela.

-Não é fácil... -ela começa a chorar.
-Nesses dias eu ando me perguntando o que eu vou fazer depois que ele morrer, eu não vou ter mais o meu pai para pedir conselhos a ele. Eu não vou poder rir das piadas sem graça que ele faz toda vez no meu aniversário, eu não vou poder abraçar ele, e eu não vou poder entrar na igreja quando eu casar, porque ele vai estar morto. -ela tampa o rosto com as mãos enquanto chora.

-Eu sei que é difícil. -eu abraço ela.
-Mas tente ficar o mais próximo dele do que nunca, você não vai se arrepender.

-Obrigado por ter vindo comigo. -ela enxuga as lágrimas.

-De nada. -sorriu fraco.

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