2| Compartilhando Verdades

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Entãããão... Esse é nosso capítulo enorme e último de 2018. Agora, só nos vemos em 2019. Vou tentar postar mais um capítulo antes do dia 10 de Janeiro, quando começamos as postagens semanalmente, mas, por enquanto, espero que se divirtam com esse capítulo grandinho!

Então, bom final de ano para todos vocês! Feliz Ano Novo! E que 2019 seja um ano de muitos sonhos realizados para todos nós! <3 

Boa leitura gente! 


Capítulo 2

Eu tinha um sério problema com insônia na minha vida.

Provavelmente por isso que eu gostava de baladas. Toda vez que a insônia vinha, eu colocava uma roupa e aproveitava para ir dançar. Se não pode com ela, junte-se com ela. Uma das vantagens de se morar numa metrópole.

Mas ali, em Omã, naquele silencio sepulcral onde todos pareciam estar dormindo, eu só conseguia ficar olhando para o teto e pensando em como uma balada por ali realmente fazia uma falta e tanto. Poxa, se eu não tivesse que estar sendo discreta, com certeza estaria procurando um vinho para aproveitar o resto da noite. Que com certeza será longa.

Mas nada. Nada além da escuridão e do silencio. Já havia alguns dias que eu estava ali naquela mansão gigantesca, tendo um quarto sozinho para mim mesma e tentando ajudar minha amiga da melhor forma possível, já que não havia realmente nada para fazer por ali e ajudar Agnes era melhor do que ficar procurando o que fazer, ou dormindo até tarde e aproveitando o salão de jogos como boa parte da família dela vinha fazendo. De qualquer forma, ajudar Agnes também era extenuante. Eram muitas coisas que ela tinha que decidir. Desde a cor da cortina da sala de chá do andar debaixo da Mansão. Ufa! Meu Deus, já cansei só de falar isso, até coisas complexas como conseguir demonstrar carisma para o povo dali. Eu realmente não sabia como ela não enlouquecia com todas essas coisas.

Mas depois de um dia cansativo, onde todos estavam em seus quartos em sonos profundos, ali estava o meu cérebro me impedindo de ser uma pessoa normal e descansar durante a noite, me deixando acordada em plena 2h da manhã!

Suspirei enquanto desistia de ficar na cama. Não havia mal em andar pela Mansão a procura de alguma coisa, não é mesmo? Eu ainda não sabia me movimentar muito bem pela Mansão, mas eu tinha plena lembrança de que Agnes tinha me apresentado uma biblioteca em algum lugar por ali. Certamente. Eu ia atrás de encontra-la. Poderia demorar um pouco, mas para quem tinha a noite toda para isso, não havia mal algum.

Particularmente em noites de insônia onde um livro era bem vindo, o meu eu interior ainda marcado por alguns pontos românticos misturados com ironia gostavam da ideia de ler mais uma vez um livro em especial: Orgulho e Preconceito. Costumava ler tantas vezes quando mais nova e quando não tinha idade para entrar numa boate que eu poderia ousar dizer que tinha algumas célebres frases ainda gravadas em minha memória.

A Mansão estava escura, mas nada que a lanterna do meu celular não conseguisse dar conta do recado. Desci as escadas lentamente e voltei a atenção para a roupa que estava para me certificar de que não estava com roupas impróprias para caso encontrasse algum dos anfitriões da casa por aí.

Estava usando uma camisola fina e branca, mas tinha me certificado de colocar um roupão preto de manga cumprida que ia até a altura dos calcanhares para esconder o vestido fino e a possível vergonha, é claro. Mas era só para desencargo de consciência, porque aquela hora da madrugada era bem difícil que eu encontrasse alguém por aí pela mansão.

Entre Dois MundosOnde histórias criam vida. Descubra agora