10| Trato Feito

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A cara de quem está aprontando da Fer aí em cima hahaha

Alguém pediu treta??? Sim, não??? hahaha

Porque a Fer está afim disso! E vai lutar para conseguir! Duvidam? Leiam! hahaha

Boa leitura =)



Capítulo 10

Eu tinha em mente exatamente o que eu queria fazer. Só não estava muito certa de que daria certo. Ainda assim, estava disposta a tentar. E foi com esse objetivo em mente que eu arrumei a minha mala.

Eu ia voltar para o Brasil. Já estava cansada de Omã, minha amiga estava muito preocupada pegando o gato do homão dela e eu já não tinha lá muitas coisas para fazer nessa cidade morta. Sentia falta do meu país, da agitação, enfim, de poder ser eu mesma sem julgamentos. Então, o meu plano para isso era bem simples.

Eu arrumaria minha mala, pegaria um carro de Seth emprestado para deixá-lo no aeroporto – lá ele arrumava de buscar, era rico mesmo, estava podendo – e então pegaria ponte área no primeiro voo para o Brasil que houvesse. Não parecia ser uma coisa difícil... Exceto pelo fato de que eu poderia acordar as pessoas na calada da noite com um carro arrancando em alta velocidade da mansão.

Fora isso, tranquilo.

Suspirei fechando minha mala. Tinha que ser assim. Agnes não entenderia que há muitas coisas em jogo. Como eu poder estragar a vida dela, porque eu estava me segurando muito ali. E que eu precisava ser eu mesma, coisa que eu não estava conseguindo ali. Além disso, havia uma possibilidade de eu não estar entendendo mais os meus sentimentos para com Alfred e antes que isso deixasse de ser um simples desentendimento para alguma coisa a mais com um nome definido que eu não gostaria de ouvir, era melhor que eu fosse embora logo.

Mas eu acho que Agnes não entenderia tudo isso.

Noutro momento eu voltaria para Omã, com o meu coração mais definido e conseguiria ter uma despedida decente da minha amiga, coisa agora que eu ia ficar devendo. Eu tinha lá minhas razões, tentei por fim me fazer acreditar.

Não foi difícil descer com a mala até onde os carros estavam. Ainda mais porque a chave do carro ficava no lugar mais óbvio que eu poderia imaginar encontrar: Na roda dianteira do carro. Busquei a chave e abri o porta malas colocando minha mala ali dentro. Em seguida, quando estava colocando a chave na ignição, ouço um barulho do que parece uma porta se batendo e a aflição então me percorre enquanto eu olho para todas as direções possíveis tentando pensar num bom plano de fuga para não ser vista ali no carro.

Tenho pouco tempo, tenho pouco tempo, minha cabeça anuncia e isso me desespera. Parece o maldito coelho da Alice dizendo que está atrasado. Num gesto nada original pulo para o banco traseiro e me espremo no canto de forma que no escuro não fosse possível me olhar. Eu realmente esperava que ninguém me notasse ali.

Ouço a porta se abrindo e percebo que alguém liga o bluetooth do carro falando com outro cara enquanto não parece se dar conta de que a chave já estava na ignição começando a dirigir. Eu sinto que quero engolir em seco, mas só me sinto ainda mais estranha ao perceber que quem fala com o outro homem é nada mais nada menos do que Alfred! Que grande ironia do destino!

— Pode ligar para Marmud, Han. Eu estou indo encontrar com os caras. Chego em menos de cinco minutos. Não se preocupe, vai dar tudo certo. Mas ligue. Vou precisar de ajuda da polícia depois. — E eu realmente fico impressionada por aquele teor da conversa enquanto arqueio uma sobrancelha tentando entender melhor sobre o que diabos eles estavam falando. Com quem Alfred estava indo encontrar? Seria ele um ladrão? Não... Ladrão não pede ajuda da polícia? Seria ele tipo um batman? Hm... Até que seria interessante e gato, um batman negão. Gostoso também, claro.

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