28| Tempo decorrido.

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E aí gente??? Vamos correr um pouquinho com os acontecimentos? hahaha

Nada muito gritante, mas vamos lá... 

Vou tentar postar o final na próxima semana...

Se não me engano faltam dois ou três capítulos... Vou tentar postar esse e mais um hoje e os outros que faltam semana que vem =)

Sim, as coisas estão se encaminhando para o fim... Espero que vocês gostem da jornada que tivemos com Al e Fer juntos... <3

OBS: Acho que principalmente do meio para o fim do capítulo a música deixa tudo com um ar especial... Sintam-se a vontade para ouvi-la... =)


Capítulo 28 

Depois de três dias, estávamos em Cabinda para casar e assinar alguns papéis. As mulheres queriam que nos casássemos ali por conta do que elas diziam ser mais fácil comprar um vestido de casamento de última hora. Não que eu ligasse para isso. Nunca liguei. Se houvesse necessidade de me casar de vermelho debaixo da ponte, opa, eu estava indo. Mas como era importante para Ondina que tinha os olhos cheios de lágrimas não jorradas, eu achei melhor me calar e fomos.

Tivemos que ir do que parecia uma espécie de Kombi, porque o transporte naquela região era bem precário. Fiz uma pequena mala com as poucas coisas que Keza e Luena tinham e fiquei de tirar algum dinheiro em Cabinda para comprar roupas novas para eles.

Assim que nos casássemos, Al ia apresentar o pedido de adoção de nós, como casal. Não sabíamos se ia dar certo, afinal, um casamento de poucos dias em tal circunstância era no mínimo suspeito. Mas esperávamos que desse. Ninguém reivindicava Luena. O mais difícil seria Keza. As pessoas sempre queriam as crianças mais novas possíveis para adoção. Mas tentaríamos argumentar que seria bom para os irmãos ficarem juntos. Era nossa única opção, já que adotar Keza todos queriam, mas adotar Luena e Keza eram outros quinhentos.

Enquanto Al cuidasse disso, eu cuidaria de comprar alguma coisa para as crianças. Elas precisavam de roupas novas e todo o cuidado possível que eu pudesse dar. Tudo bem que dado o fato de que eu tinha tirado férias e meu trabalho não pagava lá muito bem e minha reserva de dinheiro poderia muito bem acabar (e estava acabando), eu me importaria com isso depois. O mais importante eram as crianças. Eu me preocupava com grana depois.

Chegamos em Cabinda já era noite e eu aprontei as crianças para dormir. Ficaríamos eu, Al e Luena e Keza num quarto e a mãe dele e as irmãs em outro. No dia seguinte de manhã eu veria o vestido e se tudo desse certo a tarde eu estaria me casando.

Um calafrio percorreu a minha espinha. Mesmo que por uma justa causa, isso ainda me causava um arrepio terrível só de pensar, porque a Fer do passado nunca se imaginaria casando tão nova, muito menos tendo dois filhos. Era uma nova realidade para mim.

***

— Tia Fer, que é isso?

— Isso se chama arroz, Luena. — Disse sorrindo.

Luena já tinha se acostumado a me chamar de Tia Fer e eu não ia mudar isso dela. Nunca forçaria uma criança de esquecer quem era sua verdadeira mãe. E seria mais fácil, ao menos no começo, para que eu também me adaptasse se Luena me chamasse de tia.

Ela estava se adaptando bem, conhecendo coisas novas que até então ela não tinha conhecido antes. Não sabia o nome de muitas comidas, porque sua alimentação era precária e o médico ainda precisou intervir com um monte de multivitamínicos porque Luena estava desnutrida. Mas sem dúvida estava bem melhor do que eu imaginara que ela ficaria com poucos dias de uma alimentação mais balanceada.

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