4| Uma balada para Cinderela

1K 169 20
                                    


Como eu sou uma pessoa boazinha e má ao mesmo tempo... Adiantei esse mini capítulo de apenas 1000 palavras para deixar todo mundo na expectativa para amanhã a noite quando sai o verdadeiro capítulo um pouco maior! 

Espero que gostem da mini surpresa...

E não me matem rsrsrs

Boa leitura!


Capítulo 4

É óbvio que existe um lugar ocidental aqui também! Quem disse que não, não conheceu Sonangel que acho que era para ser alguma coisa de anjo do sol, mas ficou muito estranho. De qualquer forma, havia sim uma boate naquela cidade conservadora!

Sempre existem coisas assim se você procurar. As pessoas que têm preguiça. Mas eu achei e portanto posso aproveitar para ficar um pouco bêbada, porque ficar sóbria nessa cidade puritana não está dando não!

Não sei quanto tempo fiquei na pista de dança aproveitando para requebrar. A verdade é que quando a noite começava eu só queria me divertir. E como eu gostava de dançar! Que se danasse o mundo! Quando eu dançava, ali estavam os poucos minutos de paz que eu ganhava para poder me divertir, respirar e esquecer de tudo. Minha vida toda ficava para trás. Só havia a música pulsante, a vontade extenuante, e meu corpo a vibrar até o fim.

Depois de algum tempo, que eu realmente não sabia quanto tempo era assim, decidi que ia pegar uma cerveja no bar, porque eu estava precisando de algo gelado. Estava muito morta. Sentei-me no balcão e pedi para o garçom:

— Me vê uma cerveja! — E ele me atendeu, jogando uma garrafa de cerveja para mim.

A noite sempre me foi convidativa. Odiava o fato de que eu nunca conseguia dormir bem de noite, que a insônia vivia me tirando boas noites. Mas ali, na balada, isso tudo ficava no esquecimento e eu já trocava a cerveja por uma bebida mais forte:

— Uma tequila, por favor! — E o barman rapidamente me entregou uma dose de tequila que eu tomei numa golada só.

Estava já na terceira dose de bebida quando eu, que diríamos assim, não era tão lá difícil para bebidas, comecei a perceber que alguma coisa estava muito estranha naquela história toda. Não estava me sentindo bem. Os sons ficando um pouco abafados, as pessoas mais lentas, meus olhos quase se fechando....

Um medo começou a tomar conta de mim. Eu estava sozinha num país que sequer conhecia. Isso não era um bom presságio. Instintivamente, toquei minha barriga lembrando que meus órgãos poderiam ser vendidos. Maldito momento que eu esqueci que era uma mulher e que estava sozinha, andando casualmente assim, por um país que eu não conhecia direito. A possibilidade de coisas horríveis acontecerem era muito evidente.

Havia a possibilidade de venderem meus órgãos, de me estuprarem, dentre outras tantas que eu não queria gastar meu tempo pensando. Felizmente, o hotel onde eu estava hospedada era próximo dali. Eu só precisava chegar o mais rápido possível no hotel, que dali eu sabia que já estava segura. Era só mover minhas pernas.

O problema maior, claro, era esse. Mover minhas pernas. Parecia algo extremamente complicado a se fazer, como se aquela fosse a primeira vez que eu tivesse ficado bêbada na vida. Engoli em seco enquanto me arrastava para fora da boate, já não enxergando era nada com nada. O medo, por sua vez, só me corroendo.

Eu era tão burra! Como a Fer, que sempre pensa em tudo, tão independente como mulher poderia ter esquecido que só porque você está em Omã aqui não poderia existir um boa noite cinderela? Eu realmente tinha sido idiota em não ter prestado atenção nas minhas bebidas. Certamente alguém colocou alguma coisa nessas. Mas não, eu tinha que dar pt num lugar completamente diferente do Brasil. Tinha que ser eu. É claro.

Cambaleando, enxerguei o hotel em cor azulada mais a frente. Era necessário atravessar a rua e andar mais uma quadra. Não era muita coisa. Eu poderia conseguir esse feito. Já tinha andado bêbada de salto por quarteirões muito mais longos do que esse. Era óbvio que eu conseguiria, ou não me chamava Fernanda. Eu teria garra. Tentaria até o fim.

Não estava completamente em mim ao ponto de que somente quando estava atravessando a rua, percebi que uma luz muito forte de farol era jogado na minha cara, me fazendo perder o pouco do controle que eu achava que tinha no meu corpo cambaleando e caindo com tudo no asfalto. Agora eu só enxergava as rodas do carro, as luzes que focavam em todo o meu corpo e certamente um motorista muito puto porque uma bêbada se jogou na frente do carro dele.

Mas eu já não estava cem por cento em mim. Eu sabia que seria outro trabalho árduo me levantar e continuar até o hotel. Mas eu tinha que tentar. Na verdade, eu tinha que conseguir. Certamente o dono do boa noite cinderela só estava esperando eu apagar para abusar/ fazer o que bem quisesse comigo depois disso.

Com um grunhido de sono, porque meus olhos já estavam se fechando contra minha vontade, cambaleei para frente e para trás enquanto me colocava de pé de novo. Algum homem parecia se aproximar de mim e eu ainda tentei lutar para ver se ele me esquecia e me abandonava de vez, mas seus braços estavam ao redor dos meus braços e parecia tentar me manter em segurança para que eu não caísse, o que me foi muito estranho, já que não esperava tanta gentileza por parte do meu abusador.

Sem nenhum controle mais das minhas pernas, senti perdendo o foco e foi quando esses braços me tomaram em seu colo colocando-me em sua segurança. Com um fio de consciência que ainda me restava consegui ouvir:

— Srta. Fernanda? — E sorri diante daquela tonalidade de voz, pois sabia que dali em diante poderia me entregar por certo ao sono completo, pois ali encontrava-se não somente um guarda-costas, mas o meu guarda-costas, que certamente não abusaria de mim agora que eu estava com tanto sono.

Com um sorriso no canto dos lábios e mais aliviada por ouvir Alfred, deixei que o sono me dominasse, encontrando o idílico mundo dos sonhos e a névoa preta que pareceu me acompanhar por toda a noite.

E pela primeira vez do que pareceram longos e malditos anos de insônia, eu dormi sem acordar um segundo sequer.

Maldito boa noite cinderela.

***





Então gente!

Gostaram do mini capítulo??

Al é um amorzinho de pessoa ou não é? *----*

Quem quer levar um Al para casa? rsrsrs

Aguardemos agora as novidades... Será que Fer vai lembrar disso no dia seguinte?

E onde Al se esconderá?? hahaha

Aguardo suposições hahaha

Não esqueçam as estrelinhas =D

Bjinhoos

Diana.

Entre Dois MundosOnde histórias criam vida. Descubra agora