Se afundar.

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-Patrick... Eu senti tanto a sua falta... -Jennifer falou abraçada ao rapaz sem se importar com o seu mau cheiro. Ela levantou o rosto e levou uma das mãos até a bochecha de Patrick que estava suja e machucada. -O que aconteceu com você?

-Eu estou morando na rua, Jenny. Eu perdi tudo quando fui tirado de Pastor.

-Ah, Patrick! Me perdoa! Eu deveria ser mais cuidadosa! Eu deveria ter te defendido! Eu deveria...

-Ei, não é culpa sua! -Ele colocou um dedo nos lábios da garota a impedindo de falar. -O importante é que você está aqui agora! -Ele se aproximou e a beijou. -Como você está?

-Eu... Eu... -Ela olhou para baixo sentindo as lágrimas rolarem pelo seu rosto. -Eu não sei explicar, só sei que está muito difícil.

-Eu sei de algo que vai te ajudar. -Patrick sorriu tirando um cigarro de maconha de seu bolso.

-Patrick, eu nunca usei nada disso...

-Mas relaxa, confia em mim...

-Eu não sei...

-Anda, Jenny. Você nunca teve medo de nada.

Jennifer por fim acabou cedendo, afinal ela fazia tudo o que Patrick sugeria. Ela pensou em André, em Murilo, membros que tinham a vida toda destruída por causa da droga, mas ela não tinha mais nada a perder.

Primeiro foi a maconha, foi a bebida, heroína, cocaína... Jennifer já não se reconhecia mais...

Tudo o que Patrick pedia, a garota fazia. Eram cinco da manhã quando Jennifer conseguiu se orientar até chegar em casa.

Sua cabeça doía, ela havia brigado com Patrick, mas certamente logo eles voltariam a se falar.

Era assim quando ele queria, ela estava disponível, quando ele não queria, Jennifer simplesmente aceitava aquela condição.

-Jennifer, minha querida! Aonde você estava até uma hora dessas? -Mariana se levantou de seu sofá e ajeitou seu roupão ao corpo enquanto andava até a garota. -Meu Deus! Que cheiro horrível! Jennifer! Você...?

-Ai, Mariana, vê se me erra! -A garota revirou os olhos.

-O que está acontecendo com você, minha filha?

-Eu não sou sua filha! -Jennifer gritou.

-Jesus pode te ajudar, meu bem...

-Não, Ele não pode.

-Jenny, foi você quem roubou o celular do Leandro, não foi? -Jennifer ficou em silêncio. -A troco de que? Drogas, Jenny?

-Eu preciso dormir. -A garota passou por ela.

-Volta aqui! Jennifer, precisamos conversar!

Jennifer bateu a porta de seu quarto e se jogou na sua cama. Ela jamais iria querer causar tristeza em sua tia, uma mulher que a acolheu, deu tudo que ela precisava, deu amor, carinho e tudo que uma filha precisava.

Mariana não podia ter filhos, e Jennifer era como se fosse a resposta de suas orações a Deus.

Jennifer se sentiu a pior pessoa causando dor em sua tia.

Feita de AmbiçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora