-Bem, a sua trompa Rainha Susana. Caspian acreditava que ela tinha o poder de traze-los de volta, por isso a tocou. Precisamos de ajuda... - diz o anão os olhando. -Acho que devo algumas explicações sobre como anda Nárnia, já que ficaram seculos fora.
-Isso seria otimo.- diz Ariel e se sentaram sobre algums rochas enquanto o anão explicava o que sabia.
Não constarei aqui com suas exatas palavras ou direi as perguntas que fizeram, mas direi com um breve resumo o que ficaram sabendo.
O que Trumpkin os disse, foi que quando eles atravessaram o guarda-roupa e voltaram para seu mundo, os Telmarinos invadiram Nárnia, destruindo Cair Paravel. Os seres de Nárnia haviam lutado bravamente contra eles, mas foi em vão, pois estes conseguiram vencer a batalha e tomar conta de Nárnia.
Trumpkin explicou que, por causa disso, as Dríades e Náiades agora estavam em um sono profundo. Alguns animais não falavam mais e eram selvagens, e eram raros os que ainda obtinham a habilidade da fala. Os Faunos, centauros, sátiros e etc todos estavam escondidos nas florestas, e era muito difícil de os encontrar. Tudo por causa dos Telmarinos, que oprimiram tanto os seres dali, que agora tudo o que existia eram lembranças da Idade de Ouro de Nárnia ( que, segundo o anão, era assim que ficou conhecida a era em que eles reinaram em Cair Paravel ). O anão disse que a maioria dos seres ainda tinham esperanças de que um dia eles voltassem.
E foi ai que apareceu Caspian. Trumpkin os contou que Caspian é um Telmarino, legítimo herdeiro do trono, e é um Filho de Adão muito bom que tem esperanças de restaurar a antiga Nárnia, onde os animais falam, as árvores dançam, os outros seres não são orpimidos... Mas quando os cinco o perguntaram o por que ele já não tinha feito isso e por que precisava da ajuda deles, a expressão do anão se fechou.
Trumpkin disse que quem estava assumindo o trono era Miraz, um rei cruel e calculista, e este era tio de Caspian. Havia mandado que matassem o sobrinho, para que o filho recém nascido de Miraz quem assumisse o trono! Mas Caspian havia conseguido fugir, e agora liderava um exército de criaturas que queriam ver uma Nárnia livre dos Telmarinos e de Miraz, assim como Caspian. E, quando enfim conseguissem se livrar do rei, Caspian poderia assumir o trono e trazer a paz a Nárnia de uma vez por todas!
-Mas se ele tem um exército bem treinado, ainda assim não entendo qual nossa função aqui. - disse Ariel para Trumpkin quando ele terminou de contar a história.
-Princesa, nosso exército é pequeno demais comparado aos dos Telmarinos. Eles tem um exército gigantesco! Não temos como deter Miraz sem vocês. - diz o anão com um suspiro.
-Acho que deveriamos ir até esse Caspian, então.- disse Ariel. -Sabe onde ele está?
-Posso leva-los para onde o vi pela ultima vez, princesa. - disse o anão e todos concordaram. -Vamos, precisamos sair desta ilha.
-Sera que temos que seguir o caminho por onde veio nosso caro amiguinho?- diz Edmundo.
-Pare com isso, majestade, se me quer bem.- pediu o anão.
-Posso chama-lo então de N.C.A?
-Está bem, menino... quero dizer, majestade.- disse Trumpkin.
E entraram todos dentro do barco, a caminho de onde quer que Caspian estivesse.
Pedro ia remando o barco junto com Edmundo, enquanto Trumpkin ficava no leme. Ariel, Susana e Lúcia iam caladas, observando os arredores.
-Elas estão tão paradas.- diz Lúcia com um suspiro triste se referindo as árvores.
-O que esperava?- disse Trumpkin.
-No nosso tempo, elas costumavam dançar.- diz Ariel.
-Quando os Telmarinos invadiram, boa parte dos seres foram mortos. Os que não foram, se esconderam nas florestas. E as árvores... Se fecharam tão profundamente que nunca mais foram ouvidas, como eu disse antes. - diz Trumpkin.
-Não consigo entender. Como Aslam pode deixar isso tudo acontecer?- disse Lúcia com uma tristeza de partir o coração.
-Aslam? Achei que tivesse nos abandonado que nem vocês.- disse o anão e Ariel sentiu como se levasse uma pancada no estomago. De fato, tudo de ruim que acontecera em Nárnia se deu devido a partida deles. Mas não era como se eles tivesse escolhido partir.
-Sabe, não queriamos ter partido.- diz Pedro.
-Não faz diferença agora, faz?- diz o anão.
-Nos leve até os outros Nárnianos que fará.- diz Ariel encarando o anão.
Depois disso, a viagem seguiu silenciosa. Susana trocou de lugar com Edmundo, e Pedro não deixou que Lúcia remasse.
-Deixe que eu assumo, então.- disse Ariel, e Pedro a olhou com cara de quem ia negar, mas acabou cedendo pelo cansaço.
Ao chegarem enfim em terra, após atravessar as baias do Espelho D'água, pularam todos para fora do barco e o puxaram até a terra.
-Olá!- disse Lúcia e se viraram todos para ver com quem a menina falava. Um urso gigantesco a fitava. -Está tudo bem! Somos amigos.
-Não se mexa, majestade!- gritou Trumpkin. Mas o urso já corria em direção a Lúcia. O urso estava prestes a devora-la, quando a flecha de Trumpkin o acertou, o matando. A verdade do por que Susana não havia disparado era que, não gostava de machucar nenhum tipo de ser, sejam ele bom ou ruim.
-Por que ele não parou?- pergunta Susana.
-Estava com fome.- diz Trumpkin.
-Então ele era um dos animais que nos disse? Os que não falam mais?- pergunta Ariel.
-A princesa parece ser a única aqui esperta o suficiente e que compreendeu tudo o que eu disse. Não estão mais na Nárnia que conheciam.- diz o anão. -Sim, ele era um dos que não falam.
-Ele era selvagem...- diz Edmundo.
-Quando se é tratado como um animal selvagem por tanto tempo, acaba se tornando selvagem.- diz o anão. -Bem, pelo menos agora temos carne para jantar. Me ajudem a cortar toda essa carne.
Susana, Lúcia e Ariel se afastaram enquanto os outros cortavam a carne do urso para levarem.
-Essa nova Nárnia...- disse Ariel e as outras duas a olharam. -Ela parte o meu coração em pedaços. Tudo o que acreditavamos e conheciamos... Não existe mais.
-Precisamos dar um jeito nisso. - disse Susana. -Precisamos da Nárnia antiga de volta. E se esse Caspian for a solução, então vamos ajuda-lo!
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Princesa Perdida • As Crônicas De Nárnia
FanfictionDurante a Segunda Guerra Mundial, Ariel vai para a casa de seu padrinho, Digory Kirke, por seus pais acharem ser um lugar mais seguro. Ariel tinha memórias daquela casa e de todas as aventuras que havia vivido lá quando era menor. Até uma que ela h...