Pedro, Edmundo e Trumpkin iam conversando, decidindo que caminho percorrer, mas Ariel mal prestava atenção na conversa deles. Ia andando pela floresta, tristemente. Ver aquela Nárnia tão triste e selvagem partia seu coração.
Estavam andando entre pedras, quando Susana se virou para Pedro e disse:
-Eu não me lembro deste caminho.
-Esse é o problema das garotas - disse o mais velho. - não conseguem guardar um mapa na cabeça.
-É por que já temos a cabeça cheias de outras coisas. - rebateu Lúcia.
-Queria que ele tivesse escutado o NCA.- responde Susana.
-Nossa Caro Amiguinho. - diz Lúcia sorrindo.
-Isso não é nada simpatico, hein.- diz Trumpkin a Edmundo, que ri.
Chegaram no final, e não havia por onde passar.
-Eu não estou perdido...- murmura Pedro.
-Não. - diz o anão. -Só está indo pelo caminho errado.
-Se viu Caspian pela ultima vez no tal Monte de Aslam, que pelo que disse é perto do Beruna, o melhor caminho é cruzando o Veloz.
-Se não me engano, não há passagem por aqui. - disse Trumpkin.
-Então está explicado. Você se enganou.- disse Pedro rudemente.
-Ah pelo amor de Aslam!- resmunga Ariel. -Quer fazer um favor a todos e calar a sua boca, Pedro? Você quem errou o caminho, não Trumpkin! Ele conhece Nárnia melhor do que nós agora! Passamos anos longe, séculos! Escute ele de uma vez por todas!- disse a menina e Pedro a olhou, ficando ainda mais vermelho de raiva. Ignorando Ariel, ele voltou a andar. Ela revira os olhos. -Ele ainda vai nos fazer ser mortos.
Andaram por mais alguns minutos, até chegarem em um precipício. Ao olharem pra baixo, viram o rio correndo na parte de baixo.
-Ai está o seu maldito Veloz, Pedro. Sabe, com o tempo fica mais fundo por causa da erosão do solo. - diz Ariel e Pedro a olha muito irritado.
-Oh, cale a boca!- diz ele
-Bem, parece que teremos que decidir. Ir por cima ou ir por baixo. E pra descer tudo isso ai... Não sei não. - diz Ariel cruzando os braços.
-Tem como descer isso ai?- pergunta Edmundo.
-Tem, caindo.- diz Trumpkin.
-Bem, não estavamos perdidos.- diz Pedro.
-Ah cale a boca.- diz Ariel.
-Tem outra passagem perto do Beruna, o Grande Rio. Que tal irmos a nado?- diz o anão.
-Prefiro nadar a andar. - diz Susana.
Todos se viram para voltar a andar.
-Aslam? É o Aslam!- disse Lúcia e todos se viraram. Ela olha pra eles. -Não veem? É o Aslam bem...- ela olha novamente e seu sorriso vai morrendo. -ali.
Não havia nada no lugar onde Lúcia apontava, exceto pelas pedras e árvores.
-Consegue ve-lo agora?- diz Trumpkin com sarcasmo.
-Não estou louca!- ela disse. -Ele queria que nós o seguissemos.
-Lu, tenho certeza de que há muitos Leões nessa floresta. Como aquele urso.- diz Pedro.
-Oh, e acha que não reconheceria Aslam quando o visse?- diz a menina irritada.
-Eu não vou me atirar de um penhasco atrás de alguem que não existe.-disse o anão.
-Eu acredito na Lúcia. Se ela disse que viu Aslam, então ela o viu. Não aprendeu absolutamente nada nesses anos todos, Pedro?- disse Ariel irritada.
-Na última vez que eu não acreditei em Lúcia, acabei fazendo papel de idiota. Acredito nela.- diz Edmundo. Pedro olhou pra Lúcia e suspirou.
-Por que eu não o veria?- diz ele.
-Talvez não estivesse olhando.
-Sinto muito, Lu.- disse Pedro dando a volta e caminhando na direção oposta da que Lúcia queria ir. Susana e Trumpkin o seguem.
-Lu, se você quiser ir lá agora, eu vou com você. - disse Ariel parando na frente dela.
-Ariel!- diz Edmundo. -Está louca?
-Vocês nunca acreditam no que Lúcia diz, nunca! Se não fosse por ela, nunca teriam vindo a Nárnia! Todas as vezes que duvidaram dela, acabaram no final pedindo perdão. Mas pedir desculpas não concerta a magoa que fica quando alguém que você ama não confia em você. - explodiu ela. -Então, Lu, se quiser ir, eu vou com você.
-Está tudo bem, Ari.- disse a menina. -Mas acho melhor não nos superarmos. Não conhecemos essa nova Nárnia. Vamos...
Lúcia começou a se afastar, e Ariel foi junto, com um suspiro. Depois de um tempo, Edmundo parou ao lado dela.
-O que está havendo com você e Pedro? Vocês nunca foram de brigar.- disse o menino.
-Pedro está sendo um idiota. - disse a menina, bufando. -Não sei o que anda acontecendo com ele, mas ele está diferente.
-De um tempo, ele só está confuso com isso tudo que está acontecendo.- disse Edmundo. -Afinal... Bem, tudo está diferente.
-Não temos tempo pras birras de Pedro, Ed. Tem algo muito ruim acontecendo aqui! Temos que fazer algo, mas Pedro mais nos atrapalha do que ajuda.- disse a menina e suspirou. -Eu amo ele. Amo mesmo. Mas está difícil ficar perto dele.
-Então fale com ele. Mas tente não sair no soco. - diz Edmundo com um sorrisinho. Ela riu.
-Tentarei. Mas não prometo nada.- respondeu ela.
-Se escondam aqui! Rápido.- disse Pedro, e se abaixaram os seis de trás de varios troncos de árvore.
Ariel levantou um pouco a cabeça para espiar e ver o por que de estarem se escondendo, e o que viu não a agradou nem um pouco.
Telmarinos. Estavam cheios deles, e estes derrubavam árvores e mais árvores para poderem construir a ponte e atravessar o Grande rio. Por que, os Telmarinos, tinha pavor de água corrente. Tinha medo de "fantasmas" ( no caso eram os espíritos das águas ). Aquilo fez Ariel se encher de raiva.
Ouviram barulhos de cavalos se aproximando e se abaixaram ainda mais.
-Talvez essa não tenha sido a melhor maneira de vir, no fim das contas.- sussurra Susana.
Sairam dali o mais rápido que puderam, e quando estavam na floresta, a salvo, Ariel olhou para Pedro.
-E agora? Está afim de seguir o caminho de Lúcia ou não?
Bemmm
Sem enrolação aqui, só pra avisar que a partir de agora a história vai seguir somente os acontecimentos do filme por que muita gente não leu o livro e ai vai ficar tipo "an? Mas não foi bem assim que aconteceu..."
Então decidi só seguir o filme ( como a maioria só viu o filme... ), não vou mais misturar livro e filme, até por que cheguei numa parte que fica bem difícil misturar, ia ficar bemm confuso.
ENTÃO, só teremos o filme como base a partir de agora kkk mesmo eu amando de paixão o livro. É isso.
Espero que gostem!
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A Princesa Perdida • As Crônicas De Nárnia
FanfictionDurante a Segunda Guerra Mundial, Ariel vai para a casa de seu padrinho, Digory Kirke, por seus pais acharem ser um lugar mais seguro. Ariel tinha memórias daquela casa e de todas as aventuras que havia vivido lá quando era menor. Até uma que ela h...