Twenty

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                        O sol já se punha quando chegaram a Ilha, e Ariel conseguia sentir o nervosismo percorrer por todo seu corpo.

                        Mas quando chegaram em terra firme, Ariel se deu conta que ainda teriam que andar muito até conseguirem chegar ao topo da montanha, o destino que eles procuravam. E já era noite quando enfim conseguiram se aproximar de uma especie de castelo

-Eu não aguento mais andar!- reclamou Ashley.

-Ashley, lembra aquele papo sobre mudar e tals?- disse Kyle para a irmã. -Isso vale para as reclamações também. 

-Ah, me desculpe por sentir cansaço e fome!- disse ela levantando o tom de voz.

-Vocês dois! - reclamou Ariel e eles a olharam. -Parem de brigar. Estamos quase lá. Certo, Ed?

-Não faço ideia. -disse ele e Ariel o cutucou. -Quero dizer, claro, quase lá.

             Ariel e Edmundo se afastaram dos gêmeos que estavam emburrados, indo para o lado de Caspian.

-Eu realmente não entendo sua relação com sua prima.- disse Edmundo e Ariel riu.

-Como se eu entendesse, Ed.- diz ela e suspira. -Eu não entendo nem a nossa.

-Ai. Senti as farpas de longe, vou até sair de perto. - disse Caspian e se afastou, fazendo Ariel segurar a vontade de rir da reação do amigo.

-Não foram farpas!- se defendeu ela.

-De uma certa forma, foram sim. - disse Edmundo com um sorriso. -Eu não ligo mais. Sei que sou enrolado.

-Enrolado? Edmundo, você está enrolando pra pedir Ariel em namoro tem vinte anos! Pretende pedi-la logo em casamento? Por que é o que parece com tanta enrolação! - disse Lúcia.

-Da licença, intrometida! - reclamou ele e Lúcia se afastou, rindo. -O que eu quero dizer é que eu esperei pelo momento certo. Eu até falei com seu pai, Ariel.

-Falando nisso, o que você falou com meu pai, Edmundo Pevensie?- disse ela e ele riu. 

-Isso não é da sua conta, curiosa! Mas, em resumo, seu pai aprova que a gente namore. Eu só estava esperando o melhor momento pra te pedir em namoro, Cris. Mas, como você mesma já disse, milhares de vezes, não existe momento perfeito. Então, Ariel Cristal Haywood, depois de vinte anos de espera, você aceita ser minha namorada?

-Realmente, Ed, não existe momento perfeito, mas você escolheu logo o pior possivel!- disse ela rindo e segurando a mão dele. -Eu não posso nem te beijar agora, já que, né, estamos andando. Mas, sim, Ed, eu quero namorar com você. É literalmente tudo o que eu mais quero.

-Glória a Aslam, décadas depois, finalmente esse namoro saiu!- disse Lúcia.

-Lúcia...- disse Edmundo e ela riu, se calando.

                 E assim, chegaram a um lugar diferente, com estátuas cheias de raizes e envelhecidas e plantas por todo o lugas, o que indicava que ninguém vinha ali fazia muito tempo

                     Logo entraram em um lugar com uma mesa gigante com comida o suficiente para alimentar 600 homens famintos. Com cuidado eles observavam tudo sob a luz da lanterna de Edmundo. Ariel tinha sua espada em mãos, caso fosse necessário. Afinal, estavam no escuro e em um lugar completamente desconhecido.

                 Ao se aproximarem do fim da mesa, se assustaram; haviam três homens sentados, raizes e galhos os cobrindo quase que completamente. Todos puxaram suas espadas e ficaram alertas. Edmundo e Caspian, cada um de um lado da mesa.

A Princesa Perdida • As Crônicas De NárniaOnde histórias criam vida. Descubra agora