Ariel não conseguiu pregar o olho a noite toda depois de se encontrar com Aslam, mas estava tão atordoada com tudo que não se perguntou onde estavam Lúcia e Susana ao voltar para a Tenda.
Bem, mesmo não dormindo nada, ainda assim fingiu estar quando Pedro veio a sua tenda logo pela manhã.
Ele se sentou ao lado dela e a balançou de leve. Ariel se virou para ele e pode ver medo e tristeza em seu olhar. Ela logo se sentou.
-O que foi, Pedro?- perguntou, o coração acelerado. Será que Aslam havia mesmo morrido? Ela esperava que não.
-Aslam, ele... Ele morreu, Ariel.- diz ele e ela sente seu coração mais uma vez se partir. Pedro deu um logo suspiro e abaixou a cabeça. Ariel o envolveu em seus braços, em um abraço apertado. Não precisavam dizer nada um para o outro; compreendiam bem o que cada um estava sentindo sem precisar ser dito por palavras.
-Ah Pedro...- diz ela baixinho passando a mão no cabelo dele. -Como... Como soube?
-Susana e Lúcia viram quando a Feiticeira o matou na Mesa de Pedra.- diz ele com um suspiro. -Elas estão lá agora. As Dríades que avisaram. Ariel, a batalha vai começar. Acho que você deveria ir até Susana e Lúcia. Lá é mais seguro.
-Ei ei, espere ai.- disse ela se afastando bruscamente do amigo e se levantando, parando a sua frente. -Se pensa que vai conseguir me impedir de entrar nessa batalha, está muito enganado. Eu não vou a lugar nenhum.
-Ariel...- começa ele se levantando.
-Não. Eu tenho que estar nessa batalha, e você sabe. O próprio Aslam me fez prometer que não fugiria, e eu não sou de descumprir com minha palavra.- ela diz sério e Pedro bufa.
-Tudo bem. Mas você vai ficar junto com Edmundo, com os Arqueiros, na parte de trás.- disse Pedro e ela o olhou seria.
-Você ainda não é rei.- foi o que ela disse antes de se virar e sair da tenda. Ao sair, viu Oreius e Edmundo.
-O que quer dizer com isso?- disse Pedro logo atrás dela.
-Quis dizer que você não manda em mim. Pode até liderar o exército agroa que Aslam se foi, mas não a mim. Eu vou estar na linha de frente, do seu lado, quer você queira, quer não. - disse ela. Pedro abre a boca para falar algo, mas ela o corta. -E eu conheço Nárnia melhor do que você. Sei como lutar, Pedro!
-Eu não vou poder te proteger lá!- disse ele irritado e procupado
-E eu não preciso da sua proteção!- disse ela. Pedro suspira.
-Tudo bem!-concordou ele por fim. -Mas se você morrer, eu te mato.- Ariel riu e sorriu pra ele.
-Sabe que essa frase não faz o menor sentido, não é?- disse ela com um sorriso zombeteiro no rosto.
-Ah cale a boca.
-Você deve ter um desejo de morrer gigante.- disse Edmundo sarcasticamente parando ao lado de Ariel. Ela se vira para o amigo, que estava com os braços cruzados.
-Edmundo, eu fiz uma promessa. Prometi lutar nessa batalha!- diz ela e ele revira os olhos.
-Prometeu lutar, mas tinha que ser logo na linha de frente? Você pode morrer!
-Todos nós podemos! São os riscos que se corre em uma guerra, Ed. Mas é preciso fazer isso. É preciso vencer a feiticeira. É preciso libertar Nárnia, entende?- disse ela com um suspiro. -Acha que eu não estou com medo? Estou aterrorizada, Edmundo.
-Ariel, Você não precisa fazer isso...- ele diz se aproximando dela.
-Eu prometi. Eu preciso, Ed. - ela diz e ele a abraça forte.
Ariel fecha os olhos e passa os braços ao redor do pescoço dele, o apertando mais. Ficaram assim por um tempo, até irem se afastando devagar.
-Só tente não morrer, ok?- ele disse pra ela.
-Só se você prometer o mesmo.- ela disse com um sorriso.
-Princesa, venha.- disse uma centauro chamada Kalia -Precisa se arrumar para a batalha.
-Tudo bem.- disse Ariel a seguindo para dentro da tenda.
-Tome um banho. Tente relaxar por alguns minutos. Sera um dia tenso.- disse a centauro com um suspiro.
E assim ela fez; tomou um banho demorado, deixou que algumas lagrimas caissem. Sentia falta de Aslam, e saber que o seu plano havia falhado, que nunca mais o veria, a machucava profundamente. Tinha medo. Medo da batalha. Medo das mortes que viriam. Medo de perder Pedro e Edmundo, e todos os seus amigos. Medo de todas as mortes de bons Nárnianos que aconteceriam ali, no campo.
Saiu e se enrolou na toalha seca. Se secou e colocou suas roupas, indo se encontrar com Kalia. A centauro ajudou Ariel a vestir a armadura, e fez uma trança no cabelo da menina.
-É mais fácil lutar sem um vestido para atrapalhar e o cabelo voando no rosto.- disse Kalia.
-Vestidos são mais confortáveis que essa armadura, mas acho que realmente iriam atrapalhar.- diz Ariel sorrindo. Logo seu sorriso morre. -A senhora acha que temos alguma chance contra Jadis?
-Ela não tem o que nós temos, princesa.- disse a mulher com um sorriso. -Ela não tem paixão. Não ama Nárnia. Nós amamos. Lutaremos com vontade.
-Vou deixar que termine de se preparar. O filho de Adão, Pedro, espera lá fora.- disse Kalia se virando para sair.
-Ah, e, Kalia.- chama Ariel e ela olha para a menina. -Obrigada.
-Obrigada você, Princesa.- disse sorrindo antes de se retirar.
Ariel respirou fundo e fechou os olhos. Precisava ser forte. Precisava ser corajosa. Precisava lutar. A vida de milhões de Nárnianos dependiam dela. O futuro de Nárnia dependia dela. Não podia falhar com eles mais uma vez. Não podia falhar com Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia. Não podia falhar com Aslam. Ah... Aslam.
Abriu os olhos, sentindo a adrenalina percorrer por seu corpo. Estava pronta. Tinha que estar. Lutaria até o fim, ao lado de Pedro e de todos os outros Nárnianos. Ganhariam essa batalha. Tinham que ganhar.
Pegou sua espada e colocou no cinto, pegou o arco e a aljava de flechas e saiu da tenda. Hoje a Feiticeira ira cair.
Oii gente!
Quase nunca apareco por aqui, mas vamos la.
A fanfic esta chegando ao fim :cc
Mas vai ter segunda parte!
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A Princesa Perdida • As Crônicas De Nárnia
FanficDurante a Segunda Guerra Mundial, Ariel vai para a casa de seu padrinho, Digory Kirke, por seus pais acharem ser um lugar mais seguro. Ariel tinha memórias daquela casa e de todas as aventuras que havia vivido lá quando era menor. Até uma que ela h...