Capítulo 8: Draco Malfoy

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No fundo da xícara havia a  forma de um cão, ele começou a se mexer, saiu da xícara como se fosse atacá-la, ela fechou os olhos, quando abriu estava em nenhum lugar, só havia escuridão ao seu redor, ouvia rosados, e um grito — NÃO! — era a voz de Harry Potter. A escuridão foi clareando ficando em tons de cinza, agora ela via o cão, era negro, assustador, ela reconhecia o local agora, a Floresta Proibida. Como se tivesse dado zoom, a visão se aproximou dos olhos do cão, os mesmo mudaram, de olhos de animal para humano, iris cinzenta, ela sabia de quem eram aqueles olhos, desejou acordar. Ao invés disso a visão mudou, agora ela via Harry deitado, não sabia onde  ele estava, mas parecia em paz, em paz demais, parecia estar… Morrendo.”

— BETH! — Jorge chamou alto.

Ela se assustou, a xícara deslizou pelos seus dedos, teria espatifado no chão se a  professora não a tivesse pego no ar, todos na sala estavam olhando para ela, inclusive os três meninos a olhavam preocupados.

— Você está bem? — perguntaram os gêmeos.

— Professora, eu…

— Sim. — Trelawney a interrompeu. — tome só metade querida.

Annabeth não entendeu a última parte, mas saiu da sala correndo, a professora provavelmente sabia o que ela ia pedir, e fazer depois também.

Ela ia para a enfermaria, mas mudou de ideia quando pôs a mão na capa e sentiu o vidro com a poção de paz. Mudou então a direção, subiu até o sétimo andar, dessa vez não pensou em lugar algum, uma porta simplesmente se formou na parede e ela entrou, antes de perceber o que a Sala Precisa havia lhe preparado, ela destampou o vidrinho com a poção, na intenção de beber todo líquido, aí se lembrou do que Sibila lhe falou, “tome só a metade querida”, ela virou a poção nos lábios e sugou a metade.

Sentiu uma sensação de alívio preencher seu corpo, era muitíssimo mais forte, que as poções calmante que havia tomado. Ela podia não ter ganhado pontos pelo preparo, mas sabia que estava perfeita.

Começou caminhar pela Sala, logo viu que era um quarto, um quarto de madeira, com uma cama de casal, uma cama de gato vermelha no canto, uma escrivaninha e uma estante com livros e gibis. Era seu quarto. Mas, não seu quarto da mansão dos Mitchell, seu quarto da nova casa, da sua casa.

Sala Precisa, o quer dizer? Que eu preciso me acostumar com isso? Até você? Achei que Hogwarts me ajudaria esquecer" —  pensou a morena enquanto se deitava, um tanto aérea, na cama macia com travesseiros de pena.

Boas horas se passaram e ela ficou lá, deitada sob o efeito da poção, até que olhou para a escrivaninha e viu um retrato, seu e de Oliver.
Como pode esse castelo saber o que há no meu quarto” — pensou pegando o retrato “bom, é  a Sala Precisa, talvez só saiba o que eu preciso, já que esse retrato está lá na torre”

— De qualquer forma, é melhor eu ir ver se Shadow já voltou. — disse para sim mesma, antes de levantar.

Ela saiu da Sala Precisa e desceu para o Salão Principal, se deu conta de que já estava tarde, pois todos acabavam seus jantares, ela caminhou até a ponta da mesa, sentou lá, longe de qualquer um de seus amigos.

Ela viu quando Hydra se levantou e saiu. Um por um todos foram se levantando e seguindo para suas comunais, até que Fred, Jorge e Lino iam saindo e a viram comendo sozinha.

— Aí está nossa Beth! — Fred disse sentado em um lado, Jorge sentou a sua frente e Lino do outro lado.

— Onde estava? Te procuramos por aí, não a vimos nem no mapa. — Lino disse.

A Filha Do PrisioneiroOnde histórias criam vida. Descubra agora