Capítulo 4: Weasley's

3.2K 327 133
                                    

Na manhã seguinte Annabeth despertou cedo, se vestiu de preto e foi até o Gringotes, precisava pegar dinheiro para passar o ano e queria saber quanto do dinheiro trouxa fora trocado pelo bruxo para ela. Quando chegou ao seu cofre e o duende o abriu, ficou boquiaberta com a quantia de ouro que havia lá.

"Preciso perguntar a Peter se sobrou algo da herança para Oliver" - pensou enquanto fazia sua retirada. A parte do dinheiro que logo seria usada, ela guardava em uma bolsinha de couro de dragão que não fazia volume, já o restante ficava em um cofre encantado que comprou no Beco mesmo, ele era uma caixinha quadrada que ao olhos de outros não tinha abertura alguma, mas assim que Annabeth o pegava ele mostrava fechadura que só se destrancava com a varinha dela, era um cofre pequeno mas cabia o tanto de galeões, sicles e nuques que ela quisesse guardar.

Saindo do Gringotes foi se distrair nas lojas do Beco Diagonal, comprou um globo de neve que tinha uma tulipa dentro, e a mesma mudava de cor de acordo com o humor de quem o pegasse, assim que ela o tocou ficou num tom de cinza quase preto.
Ela passeou mais um bom tempo e resolveu tomar mais um sorvete, já estava em frente a Florean Fortescue mesmo, só precisava atravessar a rua e, se sentiu muito feliz quando olhou para lá e viu sua loirinha favorita junto com um dos seus ruivos prediletos. Mas sua felicidade durou segundos apenas.

Jorge estava olhando fixo para Hydra e aproximando seus rostos, ele pôs uma mão na nuca dela e a beijou, ela parecia corresponder, enquanto Annabeth estava paralisada vendo a cena, sentindo-se abandonada, invisível, e nem ao menos sabia o porquê de sentir-se assim. Ela pôs o capuz da capa e correu para o Caldeirão Furado.

Adentrando o bar rapidamente sem olhar para onde ia, esbarrou num bruxo, seu capuz saiu ela nem deu atenção, pediu desculpas ao bruxo e ia seguir para seu quarto quando um outro bruxo a parou.

- Annabeth não é? - perguntou o bruxo que ela conhecera no final do ano passado.

- Sr. Weasley, que surpresa!

- Pois é, estamos por aqui hoje, Gina acabou de sair, ela ia amar te ver, falou muito de você durante o verão.

- Ah sim, estou com saudades dela, e dos meninos também. Mas não estou me sentindo muito bem, se o Sr. não se importar vou descansar.

- Claro, claro menina. Mas desça para almoçar conosco. - convidou o gentil Sr. Weasley.

- Pode deixar, venho sim. - ela não sabia se iria mas disse mesmo assim.

- Ah, Annabeth. - ele a chamou de novo quando a mesma já ia passando. - Sinto muito pela sua perda.

- Como... Como ficou sabendo? - Anna perguntou assustada.

- Me contaram no Ministério.

- O Sr. Contou para alguém?

- Na verdade não, a senhorita não contou aos meninos, achei que queria contar pessoalmente. - Respondeu com olhos gentis.

- Obrigado. - ela já ia saindo mas pensou melhor, e não fazia ideia de como contar a eles. - Sr. Weasley, será que não poderia contar à eles? Eu não falei nada pois não queria estragar as férias de vocês, mas a verdade é que não quero falar disso.

- Tudo bem, eu entendo e pode deixar que eu falo com eles e digo para não comentarem. - Concordou o Sr. Weasley segurando as mãos dela e lhe passando um conforto que até aquele dia apenas seu pai conseguia dar.

A Filha Do PrisioneiroOnde histórias criam vida. Descubra agora