Capítulo 10: Almoçando com sonserinos

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—O Feitiço do Patrono é o mais famoso e um dos encantos defensivos mais poderosos conhecidos. É um imensamente complicado e extremamente difícil feitiço que evoca uma força de energia positiva parcialmente tangível, um guardião espírito. É a proteção primária contra dementadores. — explicava o professor para ela, enquanto buscava em suas coisa um livro. — Foi em um exemplar deste que você viu?

—Não, era diferente, acabei nem vendo quem era o autor. — respondeu analisando o livro do professor.

—Dê uma lida neste, página 261. — Anna abriu o livro e começou a ler.

É evidente, a partir xilogravuras e pergaminhos antigos, que o Feitiço do Patrono tem sido usado desde os tempos antigos. Portanto, não se sabe quem o criou ou quando foi feito pela primeira vez.
A grande maioria dos bruxos e bruxas são incapazes de produzir qualquer forma de Patrono, e para criar mesmo um intangível é geralmente considerado uma marca da habilidade mágica superior.
Um Patrono evocado com sucesso pode assumir duas formas: não-corporal ou corporal, e ambos os tipos variam muito tanto em aparência quanto em força.
Patrono incorpóreo é aquele que não se assemelha a qualquer criatura viva.
Um patrono corpóreo é aquele que está completamente formado, tendo a forma de uma animal branco brilhante e translúcido. As formas de animais variam de pessoa para pessoa e refletem a personalidade de cada indivíduo.

—Que forma acha que teria o seu? — perguntou o professor quando ela acabou de ler.

—Para ser sincera, não faço a mínima ideia. 

"Seria um felino? Com certeza não seria um cão, morro de medo deles"

—Então vamos tentar descobrir e lembre-se, não fique chateada se não conseguir, é um feitiço ridiculamente avançado, está acima dos N.I.E.M.s.

—Adoro desafios, e vou tentar até conseguir, mesmo que leve a vida toda. — a morena respondeu fazendo o professor rir.

—Com essa determinação, acho que não leva tanto tempo assim. Agora, a primeira coisa, pense em uma lembrança feliz, a mais alegre que conseguir.

"Feliz? Por que tinha que ser feliz? Se fosse o oposto eu conseguiria na primeira tentativa."

—Não tenha pressa, busque com calma em suas memórias.
Ela pensou logo em sua família, mas memórias que vieram a tona foram as piores. Era como se estivessem em filas e para chegar as boas, de toda uma vida, ela tivesse que passar antes pelas daquele triste dia. Mudou de tática, não queria passar por aquilo de novo. Lembou então do quão feliz fora no ano anterior, seus amigos e sua prima, talvez alguma dessas lembranças fossem o suficiente.

—Pronto. — disse se referindo a memória.

—Agora se concentre nela e diga com clareza, Expecto Patronum.

—Expecto Patronum! — nada aconteceu. — Expecto Patronum! — nada novamente.

—Acalme-se Annabeth, não esperava que você conseguisse de primeira. Pode me contar qual lembrança escolheu? — pediu o professor quando viu que ela estava ficando impaciente.

—Uma noite aqui em Hogwarts, foi no ano passado, fizemos uma festa de pijamas, as pequenas e eu.

—Deveter sido uma noite e tanto realmente. — comentou ele rindo. — Mas acho que não é uma memória tão forte, tente outra. E não perca a paciência se não der certo.

Assim foi por horas a fio, ela tentou todas as memórias felizes com os amigos, nenhuma deu resultado. Já estava tarde Remus sugeriu que ela descansasse e continuariam no próximo sábado, mas então ela se lembrou de um momento muito satisfatório, sua bochechas até coraram, e o melhor, a cena da explosão nem passou por sua cabeça.

A Filha Do PrisioneiroOnde histórias criam vida. Descubra agora