Adhara e Tyler, passaram o dia no três vassouras, nem se quer comida ela ingeriu, apenas canecas e mais canecas de cerveja amanteigada. Passou pela fase do riso fácil, de querer brigar por qualquer coisa, agora estava apenas de cara fechada, indo de volta para Hogwarts com as mangas da blusa enroladas e arrastando a jaqueta de couro, pelo calor que sentia depois de tanta cerveja amanteigada, andando em ziguezague. Ao menos até Tyler abraçar ela pela cintura para que andasse certo. Na verdade, para fazer ciúmes em Fred e Jorge que vinham mais atrás com Lino e o resto dos alunos da Grifinória.
— Não acha que ela vai querer te bater amanhã quando lembrar que você se aproveitou dela? — Charlotte perguntou andando ao lado deles.
— Se ela não quisesse, acredite, eu estaria caído longe daqui. — respondeu para ela que arrumava sua echarpe. — Não é?
Adhara apenas olhou séria para ele, ela estava quase passando da fase “séria” para começar a chorar por nada.
Quando chegou ao castelo, Lottie entregou a bolsa com doces para Gina, que levou Adhara direto para enfermaria. Talvez ela tenha bebido um tanto demais, agora passaria umas horas lá, até a poção que madame Pomfrey lhe deu, para cortar o álcool e impedir a ressaca, fizesse efeito.
— Oh, querida. Você perdeu a festa, acredito que os alunos já estejam indo para seus dormitórios agora. — disse madame Pomfrey quando ela acordou.
Ela foi em direção a torre, e acabou encontrando Gina, que havia ficado para trás. Quando chegaram ao corredor que terminava no retrato da Mulher Gorda, encontraram-no engarrafado pelos alunos.
— Por que ninguém está entrando? — ouviu Rony perguntar, curioso.
— Me deixem passar — ouviu-se a voz de Percy, que passou cheio de importância e eficiência pelo ajuntamento. — Qual é o motivo da retenção aqui? Não é possível que todos tenham esquecido a senha, com licença, sou o monitor chefe…
E então foi baixando um silêncio sobre os alunos a começar pelos que estavam na frente, dando a impressão de que uma friagem se espalhava pelo corredor.
Eles ouviram Percy dizer, numa voz repentinamente alta e esganiçada:
— Alguém vai chamar o Profº. Dumbledore. Depressa!
— Que é que está acontecendo? — perguntou Gina, ao lado de Adhara.
Instantes depois, o Profº. Dumbledore chegou deslizando, imponente, em direção ao retrato; os alunos da Grifínória se comprimiram para deixá-lo passar, e Gina e Adhara tentaram se aproximar para ver qual era o problema.
— Essa, não… — ouviu Hermione dizer.
A Mulher Gorda desaparecera do retrato, que fora cortado com tanta violência que as tiras de tela se amontoavam no chão; grandes pedaços do retrato haviam sido completamente arrancados.
Dumbledore deu uma olhada rápida no retrato destruído, virou-se, o olhar sombrio e viu os professores McGonagoall, Lupin e Snape que vinham apressados ao seu encontro.
— Precisamos encontrá-la — disse Dumbledore. — Profª. McGonagall, por favor localize o Sr. Filch imediatamente e diga-lhe que procure a Mulher Gorda em todos os quadros do castelo.
— Vai precisar de sorte! — disse uma voz gargalhante.
Era Pirraça, o poltergeist, sobrevoando professores e alunos, encantado, como sempre, à vista de desastres e preocupações.
— Que é que você quer dizer com isso, Pirraça? — perguntou Dumbledore calmamente e o sorriso do poltergeist empalideceu um pouco. Ele não se atrevia a atormentar o diretor. Em vez disso, adotou uma voz untuosa que não era nada melhor do que a sua gargalhada escandalosa.
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A Filha Do Prisioneiro
FanfictionA Filha Do Prisioneiro - Livro 2 da saga As Últimas Black's Depois de um ano agradável em Hogwarts, com novos amigos, algumas brigas e detenções, Annabeth voltará a escola com um peso adquiro em sua férias. Neste ano os laços de amizades serão abal...