Capítulo 15: Um beijo e um coração partido

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Nos dias que se seguiram não se falou de mais nada na escola senão de Sirius Black. Muitos ainda desconfiavam de Adhara, até o dia que ela, já cansada, resolveu falar diante de toda escola.

Naquela manhã, ela já estava mais do que irritada, todos os dias alguém fazia uma brincadeira diferente, até mesmo empurraram-na da escada da torre de astronomia. Ela já estava se acostumando a ir parar  na enfermaria. Em uma manhã, desceu para o café e foi até o lugar onde sentava todos os dias para todas as refeições, a ponta da mesa da Grifinória, Charlotte sentou ao seu lado como sempre.

Enquanto se deliciava com um bolo de cenoura, pegou o copo com suco de abóbora para tomar, só não sabia que ali tinha uma poção, bem mal feita, não fazia ideia de qual era a intenção mas, deixou seus cabelos cinzas, mais claros que o de Hydra.

— CHEGA! EU CANSEI DE FICAR OUVINDO CALADA. EU NÃO AJUDEI SIRIUS BLACK A ENTRAR AQUI. — berrou batendo os punhos na mesa. Todos, incluindo os professores e Dumbledore, olharam para ela. — Eu nunca faria isso, ele é um assassino e, aqui tem pessoas com quem eu me importo, não colocaria elas em risco. Eu estava na enfermaria durante a festa, sob o efeito de uma poção, porque eu passei o dia bebendo no três vassouras, madame Pomfrey pode confirmar. Eu sei que alguns de vocês me odeiam, outros tem medo, e outros eu decepcionei. — ela olhou rapidamente onde estavam Lino, Fred e Jorge — Mas, eu jamais ajudaria um bruxo como Black entrar aqui. Jamais! Eu nem sei o que ele quer em Hogwarts, tenho tanto medo quanto vocês. O que mais passa pela minha cabeça é que ele quer se livrar da filha indesejada. Eu sei que vocês não vão acreditar, mas...

— Mas deveriam. — Snape a interrompeu da mesa dos professores, muitos olharam chocados para ele. — Eu mesmo preparei a poção que madame Pomfrey administrou na senhorita Black, durante a festa de dia das bruxas.

As teorias sobre o modo com que Black entrara no castelo se tornaram mais e mais delirantes depois disso, já que Snape falou, e todos sabiam que ele não gostava dela.

A tela rasgada da Mulher Gorda fora retirada da parede e substituída pela pintura de Sir Cadogan e seu gordo pônei cinzento.

Ninguém ficou muito feliz com a troca. O cavaleiro passava metade do tempo desafiando os garotos a duelar e no tempo restante inventava senhas ridiculamente complicadas, que ele trocava no mínimo duas vezes por dia.

— Senhorita...

— Black professora, eu já não me importo mais. — Adhara disse para McGonagall que ainda tinha receio de magoa-la chamando assim.

— Gostaria de lhe fazer um pedido.

— Claro professora.

— Eu sei que as coisas não estão fácil, e seus colegas não estão colaborando. Mas gostaria de pedir que não burlasse as regras outra vez. — Adhara havia ficado na sala de transfiguração para tentar um feitiço outra vez.

— Do que, exatamente, a senhora está falando? — perguntou tentando lembrar de algo que havia feito.

— Ora, Annabeth. Beber não é solução para problemas. Ainda mais bebidas que não tem idade para beber.

— Mas, eu só bebi cerveja amanteigada.

— Claro. — McGonagall pela primeira vez, foi irônica. — Foi a primeira vez que você bebeu cerveja amanteigada?

— Não, sempre vou ao três vassouras quando há passeios em Hogsmeade. — ela ficou pensando um tempo. — Mas foi a primeira vez que fiquei bêbada...

— Sabemos que a senhorita ingeriu bebida alcoólica, deixamos passar, dessa vez, por não ter causado problemas, mas...

— Não professora, eu até pedi a Tyler que comprasse Whisky de Fogo, mas ele não quis, disse que eu não podia, pegou apenas cerveja amanteigada.

A Filha Do PrisioneiroOnde histórias criam vida. Descubra agora