Capítulo 28: Ele é o Cão

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Adhara acordou na enfermaria, não havia ninguém lá além de Madame Pomfrey.

- Quem me trouxe aqui? - perguntou se sentando e já calçando seus sapatos.

- Eu não liberei a senhorita! - disse a enfermeira fazendo cara feia - ainda não descobri o que aconteceu. As pequenas Jackson's a trouxeram, disseram que estava desacordada próxima a entrada do castelo.

- Eu tentei bloquear uma visão e fiquei fraca, apenas isso. E, a senhora sabe que eu nunca fico até ser liberada. - disse antes de sair correndo sob o olhar severo da bruxa.

Adhara odiava a enfermaria, mas realmente se sentia fraca então começou a correr até as masmorras, tinha uma sensação estranha, era como se alguém literalmente apertasse seu coração e dificultasse sua respiração.

Ela reparou, pelas janelas que passou, que o sol já havia se posto. Continuou descendo até esbarrar em Snape, que vinha com uma cara mais ranzinza que de costume.

- Eu preciso falar com o Sr°! - disse ofegante.

- Estou ocupado.

Ela continuou andando ao lado do professor subindo as escadas que acabar de descer, mas não conseguia falar, sua respiração estava difícil. Snape pareceu perceber, mas não se manifestou, continuou subindo com um frasco de poção esperando que ela falasse ou saísse de perto.

Quando estavam próximos a sala do professor Lupin, ela começou a sentir a mesma sensação de antes, mas não tinha força para repelir.

"Havia um quarto, muito desarrumado e poeirento. O papel descascava das paredes; havia manchas por todo o chão; cada móvel estava quebrado como se alguém o tivesse atacado. As janelas estavam vedadas com tábuas."

Ela se segurou na parede, Severo parou devagar e a observou, ela balançou a cabeça como se isso fosse afastar a visão.

- Você não devia estar na enfermaria? Ouvi dizer que estava brincando de dormir fora do castelo mais cedo.

- Não é nada. Isso é para o professor Lupin? - perguntou tentando mudar de assunto e entender esse pequeno devaneio que teve.

- Sabe o que é? - Snape fez cara de surpreso quando ela assentiu. - então você...

Ela não ouviu mais.

- Não, não, não. Sai da minha cabeça! Sai!

Sussurrava ela com as mãos nas têmporas.

- Do que está falando? - Snape perguntou.

- professor... Diga que tem alguma... Poção que tire isso... Não pedi pra ter visões. Eu não quero!

-Do que...

"- Harry acho que estamos na Casa dos Gritos.

Tinha uma cadeira de madeira, próxima. Haviam grandes pedaços partidos; uma das pernas fora inteiramente arrancada.

- Fantasmas não fazem isso."

- Harry! - sussurrou ela.

- O que há com o Potter? - Snape perguntou. - Sente-se.

Eles já estavam na sala de Lupin, Severo chamou por ele enquanto ela sentava.

"- Ele é o cão... ele é um animago... - era a voz de Rony, mas era como se a voz saísse de Adhara, como se ela estivesse lá. - olhava fixamente por cima do ombro de Harry. Este se virou depressa. Com um estalo, o homem nas sombras fechou a porta do quarto. Uma massa de cabelos imundos e embaraçados caíam até seus cotovelos. Se seus olhos não estivessem brilhando em órbitas fundas e escuras, ele poderia ser tomado por um cadáver. A pele macilenta estava tão esticada sobre os ossos do rosto, que ele lembrava uma caveira. Os dentes amarelos estavam arreganhados num sorriso. Era Sirius Black."

A Filha Do PrisioneiroOnde histórias criam vida. Descubra agora