No Tráfico

08

Índio 🦖

Enquanto eu me segurava pra não rir, mas a Lua tava gargalhando alto pra caralho.

Kauã: Ô pai..- Falou empurrando a Lua.

Lua: Olha, corno pai e corno filho.- Falou me abraçando de lado.

Índio: Cala a boca, amor.- Beijei a bochecha dela.

Kauã: Vou trabalhar que ganho mais.- Negou com a cabeça pegando o fuzil.

Thay: Bom dia.- Desceu as escadas com cara de sono, de bêbada e com um pijama das estrelas.

Lua: Ah não. Deixa isso aí e vem comer.- Puxou a bandoleira e depois soltou.- Cadê o Léo?

Thay: Tomando banho.- Falou indo pra cozinha.

Índio: Vai tomar banho também, porca.- Falei indo com a Lua pra cozinha.

Thay: Já tomei de manhãzinha.

Kauã: Chegou de que horas e com quem? - Ela fez sinal pra gente esperar e continuou comendo o queijo.

Geral sentou e ficou esperando ela, que respirou fundo e abriu a boca.

Por isso eu dava confiança, pra receber confiança.

Thay: Eu tava com o Playboy.- Falou baixo.

Índio: Que Playboy, Thayná? - Perguntei sério.

Qualquer um, menos o...

Thay: Diogo, filho do peixe.- Respondeu pegando presunto.

Lua: Para de comer meu presunto.- Falou alto, dando um tapa na mão dela.

Ela me encarou enquanto eu olhava sério pra ela.

Kauã: Tu é maluca, Thayná? - Falou alto.- Se tu sabia quem era e filho de quem, pq não matou ou chamou?

Thay: Mas o pai dele está preso, amados. E ele não está frente ao morro, isso significava que ele não está bem busca de vingança.

Índio: Seja lá o que for, não quero mais você tocando nesse nome.- Falei sério.- Você só sai dessa casa com segurança, nem que seja só pra ir na esquina.

Thay: Mas pai...- Encarei ela.- Me dá meu presunto, perdi a fome.

Lua: Eu não, deixa o presunto aqui.- Segurou o presunto.

Kauã: Vocês tem quantos anos?

Thay: Eu tenho o queijo.- Mandou língua pra mãe e saiu com o pacote do queijo.

Leozinho desceu as escadas segundos depois que ela subiu.

Me levantei da mesa e busquei meu raidinho.

Mandei os caras pegarem o Playboy e levar pra salinha de tortura.