Capítulo Quatorze - Rumo a La Balandra

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Depois de atravessarem o portal, os três se encontraram em um beco nas ruas de Buenos Aires, com as cores vibrantes da cidade ao redor. Cassie rapidamente assumiu a liderança, estava animada e claramente sentia-se muito bem.

— Precisamos ir até La Balandra, uma cidade ao sul daqui. Vocês têm algum dinheiro para um carro ou algum feitiço para nos levar até lá? — Ela perguntou, ansiosa.

— A República e Malrandir entraram em um acordo e proibiram o uso de magia no mundo civil — respondeu Dick, com um olhar preocupado para os arredores. — Usar magia aqui é completamente contra as regras, mesmo em missão temos que negociar quais feitiços usaremos, runas e encantamentos também.

— Nossa! Nos tratam como uma tribo indígena... — Cassie parou de falar quando percebeu que eles eram basicamente isso para essas civilizações avançadas.

— Vamos chamar um táxi, temos dinheiro — disse Sofia, retirando uma grande quantia de pesos do bolso.

Cassie ficou desapontada queria voar ou algo assim, mas franziu a testa ao olhar para o dinheiro, então sua animação voltou enquanto ela tentava segurar o riso.

— O que foi? — Perguntou Sofia, preocupada. — Algo está errado?

— Esses pesos não são da Argentina — disse Cassie sorrindo. — São pesos chilenos.

Sofia olhou para as notas, surpresa.

Dick não estava se divertindo com a situação, e Cassie parou de sorrir ao perceber isso.

— Vamos a uma casa de câmbio então, sinto que precisamos nos apressar — disse ele, com um semblante sério. Ainda pesava em seu coração o prejuízo que causou ao irmão e como foi tratado por ele. Toni nem sequer o culpou.

Após trocarem o dinheiro em uma casa de câmbio próxima, os três chamaram um motorista de aplicativo. O motorista tentou conversar com eles, mas logo desistiu ao perceber que apenas Cassie falava espanhol.

O trajeto até La Balandra levou cerca de uma hora e vinte minutos.

Sofia apontou para o Obelisco de Buenos Aires com um entusiasmo raro.

— Foi ele que serviu de inspiração para a sala da argentina, é incrível como algo pode ser um símbolo de uma cidade, não é? Mas algo tão belo assim... Dá para entender.

Dick fixou os olhos no monumento, concordou com um leve aceno de cabeça.

— É realmente impressionante. E pensar que estamos aqui por razões tão diferentes dos turistas.

— Eu adoraria tirar uma foto aqui, mas talvez seja melhor não chamar muita atenção. — Sofia olhava para fora da janela do veículo e sorria levemente

Cassie assentiu, compreendendo a preocupação de Sofia. 

Conforme continuavam pela cidade, as ruas de Buenos Aires começaram a revelar sua diversidade. Passaram pelo bairro de La Boca, com suas casas coloridas e ruas cheias de vida.

Sofia exclamou esquecendo-se totalmente se seu eu habitual.

— Olhem só para essas casas! Elas são tão coloridas. Parece um mundo de fantasia.

Cassie sorriu, invejava a garota que literalmente vivia em um mundo de fantasia. 

— La Boca é realmente um lugar único, Sofia. É conhecido por sua cultura e arte, além de ser o bairro de um dos times de futebol mais famosos da Argentina.

— Mas, por enquanto, nosso foco é chegar a La Balandra. Vamos manter nossos objetivos em mente. 

Sofia assentiu tomando novamente seu de seriedade impassível, apesar de as vezes deixar escapar alguma empolgação, movia os pés como se eles estivessem a ponto de deixar o corpo para trás e ir explorar.

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