Capítulo Dezoito. - Pânico no Cofre

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As paredes do cofre, que antes estavam cobertas de gavetas, tornaram-se cinzas e lisas, e as paredes da direita e esquerda de Toni começaram a se mover ao mesmo tempo em direção ao centro para esmagá-los.

— O que é isso? Indiana Jones? — perguntou Toni, sua voz soava calma.

O grupo entrou em desespero e correram para as paredes, na tentativa de empurra-las de volta, Dick Sofia e Lyra seguraram a parede a direita de Toni, enquanto Chuck tentava empurrar sozinho a parede da esquerda.

— Vocês deviam saber que isso nunca dá certo — comentou Toni, seguido por uma série de xingamentos abafados.

— Dick, tente abrir o portal! — pediu Sofia enquanto empurrava inutilmente a parede, que se aproximava rapidamente da parede oposta.

Dick se afastou da parede e ficou ao lado de Toni, fechando os olhos, ele tentou se concentrar, ignorando o rangido das paredes metálicas que se aproximavam, então começou a recitar um encantamento, esperando que suas palavras pudessem abrir um portal temporário.

— Não pode abrir um desses se não vive em um lugar em que a magia esteja por toda parte. — Toni lembrou e Dick xingou. — Mas é impressionante que saiba invocar um portal com encantamentos, isso é coisa de feiticeiro, mas você é um mago, não é?

— Toni, preciso me concentrar! Chuck me passe o giz!

A postura de Dick, normalmente precisa e confiante, estava se abalando cada vez amis conforme as paredes que se fechavam ao seu redor. Chuck deu a ele o giz e Dick se agachou, desenhando uma serie de runas em um circulo, mas sua mão tremia e a escrita mágica não parecia ter surtir qualquer efeito.

O silêncio persistiu, e a tensão aumentou ainda mais, então Toni se aproximou, colocou uma mão sobre o ciclo e franziu a testa para o irmão.

— Está torto.

— Toni! — Todos gritaram ao mesmo tempo

Dick começou a hiperventilar, sentia que já esta ficando sem ar, a sensação de impotência era devastadora, sua confiança desmoronando diante das paredes se aproximando.

— Não acredito... Vamos morrer. — Dick se viu incapaz de deter o avanço das placas de metal, uma sensação de fracasso tomou conta dele.

— Chuck é imortal. — Toni o corrigiu. — Mesmo que vire suco ele vai voltar algum dia.

— Mas não quero virar suco! — Chuck gritou, já estava quase encostando na parede oposta e parecia desesperado.

— Não está funcionando! — Dick gritou. — Não tenho mais ideias!

Ele voltou para a parede onde Sofia e Lyra empurravam, mas foram repelidos de volta facilmente sem sucesso, mais alguns minutos e logo o grupo estaria sem ar.

— Isso é para vocês conhecerem o destino de ladrões! — Em algum lugar acima deles uma voz masculina esbravejou, assustando todos, exceto Toni, que parecia se divertir observando Chuck e Lyra empurrarem as duas paredes ao mesmo tempo e serem repelido sem nenhum esforço.

— Vocês têm que assistir a mais filmes — Toni observou, ouvindo em seguida uma enxurrada de palavrões. " Ou talvez apenas mudar o catálogo, assistir algo mais educativo talvez.

— Toni, será que você pode nos ajudar aqui? — Lyra pediu enquanto empurrava a parede com as costas se apoiando na outra com os pés.

O desespero em sua voz pareceu convencer Toni.

Ele suspirou, mordeu o dedo indicador direito e deixou o sangue escorrer em uma pequena poça na mão esquerda. Usou o sangue como tinta e desenhou uma porta na parede que se aproximava rapidamente, cerca de um metro e meio de distância. Quando terminou, eles já estavam se espremendo uns nos outros, com pouco menos de um metro de espaço.

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