Humanidade Suprema │ Feitiço Viral

Capítulo Vinte e Cinco - Magia e Caos nas Alturas

Naquela Tarde, após o passarem na central de transportes, Toni deixou Cassie na casa dos irmãos, aos cuidados de uma mulher idosa e gentil que apresentou como Rosa, a governanta.

Toni não entrou na casa, ficaram os três na sacada, ele explicou a situação para Rosa que inclusive pareceu muito emocionada quando viu Toni novamente. O entusiasmo não era reciproco, mas Toni foi educado com Rosa, pedindo para que cuidasse de Cassie ate que Dick e Sofia voltassem enquanto ele sairia para resolver alguma coisa, mas disse que voltaria depois para buscar Cassie antes da meia noite.

— A senhorita parece feliz. — Rosa piscou para Cassie que corou, mas concordou.

— Toni não é mais meu namorado, mas ainda assim cumpre com a palavra.

— É uma pena que não estejam mais juntos, ele parece para mim que se tornou um grande homem.

— É, acho que sim.

— A última vez que o vi, devia ter uns quatro anos, foi embora com uma mochila apenas, nunca temi tanto por uma criança.

— Não estou muito interessada no passado dele, Rosa, eu mesmo nunca perguntei a ele.

Rosa concordou, assentindo com certa dor na expressão e Cassie corou novamente imaginando se não havia sido rude.

— Vou levar suas coisas para cima, quando quiser pode me acompanhar, vou avisar a senhorita Lyra que há visitas. — Disse Rosa entrando na casa e subindo as escadas da sala, para o andar de cima. 

Cassie ficou sozinha no andar de baixo, fechou a porta ainda pensando se foi rude com Rosa, mas ela não esquecia sobre os Irmãos de Toni, nem da conversa que escutou no caminho para a mansão Salastiel, sobre uma guerra, que a deixou muito curiosa, mas ficou sem coragem para perguntar a Toni, já estava abusando demais.

Mau tinha fechado a porta atrás de si quando bateram nela "toc, toc, toc", claramente batidas desesperadas, Cassie sequer penou em olhar pelo olho mágico da porta, abriu imediatamente já imaginando o que mais poderia ser. Era um homem velho e de aparência preocupada, ainda vestia as roupas de maquinista que usou mais cedo, mas parecia perturbado,

— O motorista do bondinho? — Cassie perguntou em voz alta. — Você me parece assustado, o que aconteceu com Dick e Sofia?

— Me chame de Merlin. Seus amigos vão precisar da sua ajuda — Ele disse — A estátua do Cristo Redentor foi fechada para visitas porque aparentemente pode cair a qualquer momento e eles estão lá em cima.

— Poderia ter alguma coisa a ver com aquela conversa sobre uma invasão e guerra? — Perguntou a Merlin.

— Você tem bons ouvidos, mas não têm muito haver com a situação. — Comentou o homem — Vamos logo, esperava encontrar Toni, mas você pode ajudá-los.

"Normalmente prefiro não me intrometer nos assuntos alheios, mas essa situação toda me deixa curiosa." Cassie pensou.

— Está bem. — Disse ela em voz alta, colocou a mão no bolso e retirou um bastão expansivo.

— Um relâmpago. — O homem se impressionou. — Toni que deu a você?

— Disse que era para proteção.

— É perigoso, mas será de grande ajuda, vamos.

— Vou mandar uma mensagem a Toni para ele nos encontrar.

— Deixe disso, você já pode ajudá-los com essa armar, apenas deixe Toni resolver o que quer que esteja resolvendo.

Casse estranhou, mas assentiu, achava que não poderia jogar todos os problemas para Toni e queria mostrar alguma gratidão de qualquer forma. Também não avisou Rosa, imaginava que logo estaria de volta, ainda que estivesse voltando ao seu universo inicial, aprendeu que as distancias não significam nada em um mundo repleto de magia e tecnologia fora do comum.