Dick observava o banco onde estava há poucos instantes atrás. De alguma forma ele estava de volta ao beco onde o grupo havia se reunindo anteriormente. À sua frente, o banco soava alarmes e guardas corriam por toda parte, provavelmente procurando por ele.
"O que está acontecendo...?" Dick pensou, se lembrando de alguns minutos atrás quando estava com todos dentro no cofre no banco e as paredes passaram a se mover para esmagá-los.
Eles estavam encurralados, magia não estava funcionando e empurrar as paredes era inútil. De repente, sem aviso, todos os outros simplesmente desapareceram em um portal, deixando-o para trás; ele teria ido também se não estivesse com o pé e o braço direito, presos nos amassados do cofre.
O desespero tomou conta dele quando as paredes se fecharam por todo o seu corpo e ele prendeu a respiração esperando pelo pior, mas nada ocorreu, foi quando ele percebeu que as as paredes metálicas ainda tentavam esmagá-lo, mas não tinham força suficiente, era assustador, mas o deixou mais confuso do que com medo, Dick se sentia como uma bola de aço sendo esmagada por um quebra nozes gigante.
Ele já estava com dificuldade de respirar, quando as paredes pararam de se mover e o som de metal se arrastando parou, como se tivessem ido ao limite.
Sabendo que dali ele não sairia de qualquer forma, mesmo que não corresse perigo imediato, ele tentou se acalmar, se lembra do dos anos que passou em cada um dos três universos, imaginando tudo o que aprendeu, procurando uma maneira de sair daquela situação.
— Mas só um?! — Era a mesma voz esganiçada que havia comemorado quando as paredes começaram a se mover, mas agora parecia desapontada e com raiva. — Quem é você ladrão?
Dick tinha pouco ar nos pulmões, mas decidiu responder, apesar de não ver seu captor, era melhor que ele sentisse alguma conexão com Dick para que não o matasse imediatamente, assim Dick teria mais tempo para pensar.
— Como sabe que sou apenas um? — Questionou Dick e imediatamente se arrependeu, o ar de seus pulmões se esgotou nessa única frase e ele começou a sufocar, sua boca ficou seca e a língua se enrolou, ele tentava desesperadamente respirar, qualquer sopro de oxigênio restante, mas não havia nenhum, seu corpo começou a ceder, ele sequer conseguia se mover, mas tremia como se estivesse com hipotermia.
— Mas é óbvio! — Respondeu a voz — Minha armadilha deveria ter transformado em suco qualquer ladrão, mas ela apenas te prendeu, e está ridículo! fique sabendo! Seu corpo de ser resistente, mas está preso, a forma que vejo aqui é de uma pessoa apenas, grande estupidez tentar me roubar!
Dick não tinha mais ar, não conseguia ver nada, sentia que estava perdendo a consciência, seus ouvidos zumbiam, um som agudo doloroso.
Então no fundo de sua mente, uma memória há muito tempo esquecida surgiu, era Toni criança, ele estava à frente da mansão da família em Malrandir, carregando nas costas uma mochila muito maior que ele, os seus pais Calímaco e Drusilla, dele e de Toni, observavam das janelas da mansão enquanto Toni, com cerca de 4 anos de idade na época, ia embora, deixando a família para trás, e Dick observava ele se afastar, sendo carregado pela mãe, que sorria friamente.
Dick tremeu violentamente, apesar das paredes não deixarem transparecer, ele agora estava com medo, a sensação de impotência o dominou e ele pendeu a cabeça, já não tinha mais forças.
Outra memória surgiu, dessa vez Toni estava mais velho, ele havia voltado para a mansão na época em que a mãe deles engravidou de Sofia. Dick estava escondido e abaixado atrás da porta da sala de estar, ouvindo Toni ameaçar os pais, ele estava muito irritado e dizia que expulsaria eles de Malrandir, haviam feito ou estavam fazendo algo que o havia enfurecido, naquela época Toni tinha 5 anos e Dick 4.
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Humanidade Suprema │ Feitiço Viral
FantasyEm um cosmos repleto de segredos e maravilhas, três universos singulares coexistem, cada um com sua própria essência e destino. No epicentro dessa narrativa cósmica, emerge uma batalha épica que transcende as barreiras da magia e da tecnologia, amea...