Capítulo 31: Três é Demais

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E lá vamos nós, atravessar esse lago imenso para enfrentar outro boss. Não sei como vamos fazer isso, a menos que a gente pretenda nadar meio quilômetro até o outro lado, precisamos de um barco, coisa que não vemos por aqui.

         - Como vamos atravessar? - Ayano pergunta.

         - A nado, certamente não. - respondeu Lizbeth.

        - Podemos contornar o lago. - Suguha propôs.

   - Não é um caminho longo demais? - Klein questionou, desanimado.

      - Sim, e tudo indica que é o único disponível. Não estou vendo nenhum barco aqui. - diz Firest.

        Resolvemos caminhar para dar a volta na grande piscina semi natural. Continuamos sempre à beira do lago, para evitar deslocamentos desnecessários. Precisávamos encurtar esse caminho o máximo possível, os oficiais do Leviatã já nos atrasaram demais. Dois encontros com eles no mesmo dia. Haja paciência.

        Quando ficamos alinhados com a direção que apontava para o boss, apertamos o passo, seguindo em linha reta. Tivemos que fazer um pequeno desvio à direita para encontrar o local exato. Ao chegarmos no ponto que o marcador indicava, um grupo de jogadores veio correndo até nós, ofegante.

            - Kirito-sama? - disse o que estava à frente.

          - Sim, vocês vieram da masmorra? - respondeu e perguntou.

    - Isso. Também somos da Rebel Players. Estivemos na reunião. Quase não conseguimos escapar. - diz outro jogador.

          - Escapar? Vocês não derrotaram o 76° boss? - pergunto.

          - Derrotar?! Aquelas coisas não são possíveis de derrotar.

            - Aquelas?! - pergunta Sinon, apreensiva.

           - Sim, mal conseguimos distingui-las mas acho que eram três. - responde o líder.

         - Então há três 76° chefes... - Kirito conclui, nada encorajado - Precisam de ajuda? Estão sem poções de vida ou algo parecido? Temos de sobra se precisar.

- Não, obrigado, temos bastante. Foi graças às poções que escapamos com vida.

         - Bom, obrigada por nos avisar. - digo.

        - Sem problemas, a menos que resolvam ir por aí. - o jogador disse.

      - É, não é nada aconselhável... - o amigo lhe dá apoio.

        - Nós não temos escolha. - disse Kirito.

        - Então boa sorte! - responde o capitão da equipe.

     - É... Vão precisar. - afirma o outro membro do grupo.

   Cautelosamente e um pouco inseguros, prosseguimos com nossa empreitada. Atentamo-nos aos arredores o tempo todo, procurando o fim da masmorra, destruimos alguns monstros estranhos de nível menor no caminho. Finalmente, o marcador nos diz que chegamos ao nosso destino, e que o chefe deveria estar bem na nossa frente.

            - Onde estão? - Klein pergunta, ansioso.

          - Eu não sei, não pode ser como aquele boss do templo, pode Kirito? - perguntei.

       - Eu duvido, não estou vendo entradas para o subterrâneo. - respondeu Tyran em seu lugar.

          - Ele tem razão, não é como daquela vez. - Kirito confirma.

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