36. - "Tive saudades!"

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*27 de Abril de 2013*

*Louis POV*

O relógio do meu carro marcava as 10h da manhã e eu estava quase a chegar a Doncaster, infelizmente houve um pequeno atraso nas gravações e não consegui vir ontem, mas hoje acordei bastante cedo e meti-me a caminho.

Estes últimos dias têm sido os melhores mas ao mesmo tempo os piores. Os melhores porque a minha relação com a Penélope está cada vez melhor, ela é perfeita e bastante compreensiva. Fazíamos videochamada todos os dias quando ela se ia deitar, e no dia seguinte de manhã conversamos sempre pelo telemóvel antes de ela ir trabalhar. Apesar de achar que estava a ficar demasiado dependente dela, visto eu ter estado em Londres apenas dois dias, eu sinto-me bem com essa dependência. Mas, foram os piores porque a Eleanor tentou entrar no estúdio, a minha mãe sentiu-se mal por causa dela e foi uma enorme confusão. A Eleanor faz claramente parte do meu passado e não quero que tenha nada a ver com o meu futuro.

A minha mãe passou a tarde de sexta-feira sob observação numa clinica privada, ela disse que não era preciso e que eu estava a exagerar. Mas mais vale prevenir que remediar, ela sempre me ensinou. A Penélope ficou responsável pelas minhas irmãs com a Mónica. A Mónica ficou com o carro da minha mãe indo assim levar e buscar as minhas irmãs à escola e à noite a Penélope fazia o jantar e deitava-as. Foi a primeira vez que a minha mãe deixou as quatro sozinhas com alguém fora da família. Neste momento, a minha mãe vai a dormir profundamente no banco do pendura enquanto eu estou a conduzir e a ouvir a minha habitual radio, a BBC Radio 1.

Combinei com os rapazes, que iriam esta tarde para Doncaster, fazer uma pequena festa logo à noite para dar as "boas vindas" à Mónica. Não é que ela precise de uma festa de boas vindas pois ela faz a festa sozinha, mas como temos uns concertos nos próximos 15 dias e nos vamos ausentar de Inglaterra, era uma festa de boas vindas para a Mónica e de despedida para nós. Obviamente que a Perrie e a Danielle vêm também por todos os motivos e mais alguns.

Ainda não falei com a Penélope sobre a minha saída do país. Com todos estes problemas a minha cabeça andou de tal maneira que nunca mais me lembrei desses pormenores, mas felizmente estarei de volta no aniversário dela.

Chegamos a minha casa e não havia movimento nenhum. A minha mãe foi aos quartos e disse que estavam com as camas feitas e que provavelmente ninguém tinha dormido naquelas camas. Agarrei na minha cópia da chave da casa da Penélope e dirigimo-nos à mesma. Abri a porta silenciosamente com a intenção de fazer uma surpresa, ok, assusta-las. Mas eu fui surpreendido quando me deparei com as minhas irmãs, as suas melhores amigas, a Mónica e a Penélope todas deitadas no chão da sala dentro dos seus respectivos sacos de cama.

- Mãe, olha! - Chamei a atenção da minha mãe, abrindo a porta por completo e dando total acesso à sala repleta de pessoas a dormirem profundamente.

- Não acredito! - A minha mãe murmurou enquanto olhava para os rostos felizes das minhas irmãs enquanto dormiam profundamente. - Não deixes esta rapariga fugir, nunca!

- Vou fazer por isso. - Sorri orgulhoso para a minha mãe.

Alguns segundos depois fiz-lhe sinal para irmos embora e nesse mesmo instante uma voz sonolenta chama por mim captando a minha atenção e fazendo os meus olhos sorrir. Abri lentamente a porta e avistei a Penélope sentada dentro do seu saco cama a olhar expectante para a porta. Assim que me viu um sorriso enorme se formou no seu rosto e levantou-se silenciosamente e dirigiu-se a nós fechando a porta atrás de si.

Os seus braços cercaram-me em torno do meu pescoço e as minhas mãos pararam na sua cintura.

- Tive tantas saudades tuas. - Murmurei contra o seu cabelo.

The Girl Next Door - l.t.Onde histórias criam vida. Descubra agora