7. - "O Louis não me saía da cabeça."

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- Sim, Louis, eu estou farta de ser a má, a falsa e a tudo. Hoje foi com a tua família. Mas todos os dias é com as garotas que não vivem sem ti e nem te conhecem. Por isso... - Fez uma pausa. — Ou eu, ou a tua vida de superstar.

Paralisei quando a ouvi dizer aquela frase. Não era possível, ela não me podia meter neste lugar. É impossível para mim escolher, quero as duas coisas no meu mundo. Quero a Eleanor e quero a minha banda.

Olhei para ela com as lágrimas a nascerem nos meus olhos. Acenei negativamente com a cabeça em sinal de reprovação do que eu acabara de ouvir, abri a porta e sair a correr de casa. Parei assim que bati a porta principal, não sabia para onde ir. Se estivesse em Londres tinha os rapazes, aqui tenho a minha família... Mas de momento estão magoadas com a Eleanor e não seriam as melhores conselheiras. Andei pelo jardim de minha casa e sentei-me num banco que ali estava. Apoiei os meus cotovelos nos joelhos e deixei cair a minha cabeça sobre as minhas mãos. Estive assim alguns segundos até que levanto a cabeça e me deparo com a casa vizinha, a antiga casa de Miss Martin e a nova casa de Penélope. Comecei a caminhar para aquela casa, quem sabe talvez a Penélope me conseguisse ajudar. Eu sei que mal conheço a Penélope, mas se a minha irmã confia tanto nela... Eu certamente também posso confiar.

Fiquei frente a frente com a porta de entrada, toquei à campainha e esperei que ela abrisse a porta. Eu sabia que ela estava em casa porque a luz no andar de cima estava acesa. Alguns minutos depois ela abriu a porta. Estava com um pijama cor-de-rosa e um robe do mesmo tom aberto.

Ficou a olhar para mim alguns instantes e eu limitei-me a olhar para ela. Pude ver a surpresa no seu olhar, eu provavelmente era das últimas pessoas que ela esperava ter a bater à sua porta à uma da manhã.

- Aconteceu alguma coisa? — Perguntou cortando o silencio que se fez sentir.

- Preciso desabafar... - Confessei e olhei para o chão, olhando para ela de novo instantes depois. — Posso entrar?

- Claro! — Falou mostrando um pequeno sorriso e desviou-se da porta dando-me passagem. — Desculpa já estar de pijama... Mas não estava a contar com visitas. — Confessou apertando o robe. — Senta-te! Fica à vontade... - Sorriu.

Sentei-me nos sofás que não me eram estranhos, e ela sentou-se no sofá individual que ficava quase de frente para mim.

- O que se passa? — Perguntou calmamente e fazendo um sorriso acolhedor.

- Eleanor... - Confessei. — Antes de mais quero pedir-te desculpa pela atitude da Eleanor... - Baixei a cabeça. — Ela não era assim...

- Não tem problema... Eu compreendo. — Olhei para ela e sorri. — Sei que os ciúmes ás vezes são traiçoeiros...

- Mas ela exagerou... Não tinha porque ter causado mau ambiente...

- Mas Louis... Não tem problema, a tua família é óptima e todos muito simpáticos... - Sorriu. — Quando a Eleanor perceber que eu não sou uma ameaça, passa-lhe... Vais ver...

- Acho que não... - Falei com os olhos a ficarem vidrados.

- Então?

- Durante o jantar eu percebi que tanto a minha mãe como a Lottie tinha ficado um pouco chateadas com a atitude da Eleanor... E quando foste embora elas disseram-lhe umas verdades. Ela mereceu ouvi-las, e como a minha mãe disse, apesar de ela ser minha amiga é tão convidada como outra pessoa qualquer naquela casa e ela não tinha que causar mau ambiente por causa de um ciúme estupido... Se estava incomodada, tentava disfarçar e depois conversava comigo... - Fiz uma pausa e ela olhava-me atentamente. — Mas ela não aceitou quando a Lottie a chamou a atenção, para ela a Lottie é uma garota e não tinha nada que a chamar a atenção. Mas quando ela subiu para o quarto, eu defendi-a e disse que ela não agiu desta maneira com má-fé. — Fiz uma pausa e respirei fundo. — Quando subi para conversar com ela, ela disse-me coisas que eu nem sonhava... Começou por me agradecer por não a ter defendido dos ataques da minha mãe e da minha irmã... Disse-me que recebia ameaças para ela me deixar, que estava farta de quando íamos os dois sair sermos interrompidos pelas "pitas histéricas" — Fiz sinal de aspas com as mãos. — que queriam fotografias e autógrafos... E no final da discussão disse uma coisa da qual eu não estava à espera... - Olhei para a Penélope que me olhava bastante séria.

The Girl Next Door - l.t.Onde histórias criam vida. Descubra agora