40. - A outra versão.

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Bem, a parte da video-chamada, eu escrevi a ouvir "Jason Walker ft Molly Reed - Down", se vocês quiserem ler e acompanhar com a música, deixo-a na multimédia! :')

Boa Leitura, Daniela*

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*28 de Abril de 2013*

*Penélope POV*

Depois do dia de ontem, ou do final de dia, nunca pensei que o dia de hoje fosse assim. Estava a ser perfeito. As conversas e todos os momentos com o Louis, ter todas as pessoas que são importantes, hoje, para mim comigo em minha casa, as brincadeiras, as bocas desconfortáveis e ainda assim confortáveis... Tudo! Parecia que nos conhecíamos a todos há imenso tempo, os rapazes que não conheciam o Sebastian foram bastante acolhedores e trataram logo de o integrar no grupo. Até o "interrogatório" que eu e o Louis sofremos da parte deles me soube bem. Soube-me bem partilhar todas aquelas coisas em voz alta, por mais estranho que possa parecer.

Mas, claro o famoso "mas", a Mónica estava estranha. Sorria e gargalhava, mas claro, eu conheço a minha melhor amiga e sei que era risos e gargalhadas falsas sem a mínima vontade. Não sei o porque disso, não sei se será por minha causa, por causa do João ou até outra coisa qualquer. Durante a nossa sessão de séries eu tentei que ela olhasse para mim para ver se entendia o que se passava, mas ela fugia de olhar para mim. Acho que a primeira vez que ela falou directamente para mim e apenas para mim, foi quando perguntou se eu pensava da mesma maneira que o Louis.

- Penélope? — Mónica chamou a minha atenção enquanto eu ria da brincadeira do Louis para com a Charlotte.

- Diz... - Respondi ainda a rir

- Achas que podemos conversar um instantinho? Por favor?

- Claro, vamos lá fora. — Sorri. — Volto já. — Falei directamente para o Louis antes de sair dos seus braços e, claro, de depositar mais um beijo nos seus lábios.

- Ok, até já. — Sorriu e puxou-me de novo para ele dando-me mais um beijo. Todos os que estavam na sala tiveram que se manifestar, típico. — Pura inveja. — Respondeu fazendo-nos rir.

Caminhamos as duas até à parte de fora de minha casa e sentamo-nos nas escadas. Conseguia-mos ouvir o forte murmurinho que vinha de dentro de casa, fazendo-me rir algumas vezes. Contudo, a Mónica permanecia bastante séria.

- O que se passa? — Perguntei chamando a atenção da minha amiga.

- Nada... - Olhei para ela e ela acabou por suspirar. — Está tudo bem?

- Está sim... - Eu sorri e ela suspirou de novo.

- Connosco. Sabes, depois de ontem... De toda a aquela cena do João, de ele me ter beijado... Tudo. Não sei... Estás chateada comigo? — Os seus olhos fugiam dos meus e o medo está claro no mesmos.

- Claro que está! Não tenho qualquer tipo de problema contigo! Está tudo bem, sério Mó. Eu ontem apenas fiquei triste com tudo o que percebi e ouvi da boca dele. Fiquei a sentir-me mal...

- Desculpa por não ter contado mais cedo... Mas eu conhecia-te e sabia que não ias acreditar em mim.

- Sim, é verdade. Eu apenas via o João e o João era o foco da minha vida. E foi apenas vir para aqui que me fez abrir os olhos... Ele estava distante e tudo mais...

- É verdade... Desculpa-me! — Agarrou-se ao meu braço e deitou a sua cabeça no meu ombro. — És a minha melhor amiga, não quero de todo magoar-te.

- Eu sei disso! — Encostei a minha cabeça à sua. — Está tudo bem.

Estivemos algum tempo naquela posição a olhar para a estrada, ela suspirava algumas vezes e cada vez agarrava com mais força no meu braço, como se quisesse guardar aquele momento.

The Girl Next Door - l.t.Onde histórias criam vida. Descubra agora