60. - Advogado

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*10 Junho de 2013*

*Louis POV*

Eu permanecia calado a olhar para Penélope. Que por sua vez, ia perdendo toda a esperança que tinha no seu rosto. Os olhos escureciam e a expressão facial ficava a cada segundo mais triste.

- Tudo bem... - Falou com o olhar para os seus joelhos. - Eu entendo.

- Quando me posso mudar? - Perguntei sem expressão na voz. Ela levantou a cabeça e olhou-me de olhos esbugalhados como quem não tinha certeza do que tinha ouvido.

- Quê? - Perguntou confirmando as minhas suspeitas.

- Quando me posso mudar? - Repeti.

Olhei para os seus olhos, controlei ao máximo a emoção que estava borbulhante dentro de mim. Passados milésimas de segundo, talvez o tempo que ela demorou a raciocinar o que eu disse, ela atirou-se ao meu pescoço fazendo-me cair sobre o sofá, ficando ela em cima de mim.

- Sério? Isso é sério? - Ela falou contra o meu pescoço e eu já me estava a rir.

- Sim! - Beijei o seu cabelo.

- Já! Podes mudar-te já! - Falou entusiasmada.

- Convém deixares-me ir então... - Falei ainda a rir. - Buscar as minhas coisas! - Acrescentei quando ela se afastou assustada.

- Ah não! - Voltou a colocar a cabeça no meu pescoço. - Podes fazer isso amanhã... Agora não quero sair daqui. - Deu-me um beijo suave no pescoço.

- Tudo bem... Mas Pen, eu amo ter-te em cima de mim... Mas será que podias dar um jeitinho? Estou a magoar-me... - Pedi e segundos depois ela levantou-se.

- Desculpa... - Falou com as maças do rosto coradas. - Entusiasmei-me.

- Não tem problema, amor. - Sorri e beijei os seus lábios suavemente.

- Amor? - O sorriso cresceu nos seus lábios. - Achei que não te ia ouvir a chamar-me amor de novo.

- A partir de hoje, chamar-te-ei sempre amor. - Sorri e ela acenou afirmativamente com a sua cabeça e abraçou-se de novo ao meu pescoço.

- Eu amo-te, Lou. - Murmurou.

- Eu sei, amor. - Sorri com a sua declaração e apertei-a mais contra mim.

Eu inspirava o seu cheiro a chocolate, estar nos braços dela de novo era tudo o que eu precisava. Eu amo esta rapariga e isso nunca irá mudar. E o melhor, eu sei que ela também me ama. A forma como ela me abraça, o coração dela a bater contra o meu peito, a intensidade dos seus batimentos... Indica isso mesmo.

- É o meu lugar preferido... - Ela murmura contra o meu pescoço.

- Qual? - Pergunto afastando-me um pouco dela para poder olhar para a sua cara.

- Os teus braços. - Ela responde tímida e desviando o olhar.

Bailey impediu-me de responder quando começou a choramingar para trepar para o sofá. Penélope agarrou nele ao colo e colocou-o em cima das suas pernas.

- Ciumento! - Brinquei com o pequeno e ele rapidamente se aprontou a brincar comigo. - Amor, vou a casa da minha mãe buscar umas roupas... Vens?

- Claro! Qual é a parte do não te quero largar um minuto que não entendeste? - Beijou-me os lábios e sorriu.

Levantei-me e estiquei a minha mão para ela, ela agarrou-a e com a outra segurou o Bailey. Agarrei nas chaves dela e caminhamos para casa da minha mãe. Assim que entramos, todas nos esperavam com espectativa. Eu subi para o andar de cima par arrumar algumas coisas minhas, apenas o estritamente necessário, e voltei para o andar de baixo onde Penélope, Cátia e Charlotte falavam animadamente.

The Girl Next Door - l.t.Onde histórias criam vida. Descubra agora