45. - Coimbra

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*21 de Maio de 2013*

*Louis POV*

Acordei antes do despertador tocar. Sim, estamos de férias e colocamos o despertador, nós queremos aproveitar todos os momentos que podemos ter nestes dias em que estamos os dois sozinhos e não temos a constante azáfama de gente à nossa volta. Eu quero conhecer todos os sítios importantes para ela, quero conhecer todas as pessoas importantes para ela, tudo o que ela me queira mostrar.

Ontem ela mostrou-me algumas coisas da sua cidade, fizemos o passeio pela ria de Aveiro, fomos à praia da Barra. Quando saímos de casa dos tios dela passamos pela "Praça do Peixe" e pela Universidade. E até fomos a um pequeno café perto da Universidade que é um autocarro tipicamente Inglês.

Hoje, vamos à cidade onde ela estudou, Coimbra, como a Cátia ainda está a estudar e provavelmente estará lá por isso iremos encontra-la lá, mas ela não sabe disso.

Conhecer os pais da Penélope foi assustador!  Senti como se estivesse a conhecer os meus sogros e a minha relação com a filha dependesse deles. Eu não costumo ser inseguro assim, quando conheci os pais da Eleanor eu ia tranquilo e nada nervoso. Com os pais da Penélope eu estava em pânico. Talvez por toda a situação do João... Não sei. Sei que eles não são, na realidade, meus sogros, mas eu sinto como se fossem e olho para a filha deles como se ela fosse tudo o que eu tenho de mais seguro e precioso na minha vida.

Olhava para ela a dormir tranquilamente ao meu lado, acabei por desligar o despertador para ser eu a acorda-la.

- Bom dia... - Falei entre milhares de beijos que depositava em todo o seu rosto.

- Bom dia, Lou... - Ela sorriu ainda de olhos fechados e virou-se na minha direcção.

- Dormiste bem?

- Melhor era impossível. — Ela sorriu e abriu os seus olhos. — Que horas são?

- 9h30. — Eu respondi e ela sorriu.

- Vamos a Coimbra! — O entusiasmo dela fez-me gargalhar e ela levantou-se da cama como se a vida dela dependesse disso. — Vou tomar banho, Lou... Pede o pequeno-almoço!

- Eu também quero tomar banho! — Levantei-me da cama e fui ao encontro dela, agarrei na sua cintura e cheguei-a o mais possível para mim. — Podíamos ir os dois. — Sorri matreiramente.

- Para de ser tolo! — Ela esbugalhou os olhos e bateu no meu peito. — Hoje vou sozinha! — Numa distracção minha saiu do meu aperto e entrou na casa de banho batendo a porta.

- Isso é uma promessa!? — Perguntei contra a porta.

- O pequeno-almoço, Louis!

Depois de mais umas tentativas para fazer com que ela abrisse a porta acabei por desistir e pedi o pequeno-almoço como ela ordenou.

***

Eram 11h00 quando chegamos a Coimbra. Decidimos vir os dois sozinhos e por isso, dispensamos o motorista. Estacionou o carro, segundo ela, na baixa da cidade e começou a enumerar os planos do dia todos de novo. A empolgação dela é contagiante!

- Então, agora vamos dar um passeio pela baixa, ver algumas lojas e almoçamos por lá. Tem uns restaurantes óptimos! Tive bastantes refeições por aqui na queima. — Falou como se estivesse a reviver algo. — Depois vamos ao Portugal dos Pequeninos, que vais amar! Vamos ao parque verde, ao jardim botânico, à praça da república e claro, às Universidades! — Falou entusiasmada.

- Num dia? — Eu perguntei a rir.

- Claro que sim! Agora levanta essa bunda do banco e vamos! — Falou ao mesmo tempo que saia do carro.

The Girl Next Door - l.t.Onde histórias criam vida. Descubra agora