The Girl Next Door - l.t.

65. - A decisão

*17 de Junho de 2013*
*Louis POV*

Quando chegou a vez do meu advogado interrogar, deu a oportunidade de ele contar toda a história. Obviamente bateu certo com a minha e ainda acrescentou os momentos que se passaram no exterior da casa e que eu desconhecia. Onde Ethan bateu na Eleanor.

Cerca de meia hora depois, os júris e o juiz saíram da sala e todos aguardávamos por um veredicto. O meu advogado estava confiante, os meus amigos confiantes… Mas eu? Continuava inseguro como entrei neste tribunal esta manhã.

Cerca de 15 a 20 minutos depois, minutos esses em que quase arranquei os cabelos e vi a Penélope partir para cima da Eleanor que tentou armar discussão, o juiz e os júris entraram de novo na sala. As caras de poucos amigos fizeram-me encolher no meu lugar.

Várias pessoas falavam e comentavam entre elas provocando aquele burburinho na sala. O juiz aguardou até toda a sala ficar em silencio. O que foram mais longos minutos de espera.

- Já temos um veredicto. – Anunciou com a sua voz grave. – Pela análise dos factos, das declarações apresentadas, da análise de documentos e de provas, declaramos o arguido inocente e será ilibado de todas as acusações apresentadas. – Declarou.

O meu queixo foi ter ao chão e os meus amigos festejaram no banco atrás de mim. Uma chuva de aplausos surgiu na sala arrepiando-me e eu, pela primeira vez naquele dia, suspirei aliviado. Mas, apesar de estar ilibado de todas as acusações feitas, eu sabia que aquilo não tinha acabado.

- Mas… - Ele falou e ninguém deu atenção. – Ordem no tribunal! – Bateu com o martelinho na mesa. – Ainda não acabou. – Após alguns minutos toda a sala estava silenciosa e o juiz retomou o seu discurso. – O Sr. Ethan Phillips ficará sob investigação. Terá que se apresentar na esquadra da sua zona de habitação. – Olhou para os papéis que tinha sobre a mesa. – Doncaster, pelo que vejo aqui. Terá que se apresentar uma vez por semana e está proibido de sair do País. – Olhei para Ethan que assentiu com a cabeça em concordância com o juiz.

- Acha que você pode ajuda-lo? – Perguntei ao meu advogado.

- Como assim? – Desviou o seu olhar do juiz e encarou-me confuso. – Defender o Ethan. – Eu concordei com a cabeça. – Conversamos sobre isso depois.

- Continuando… - O juiz falou alguns segundos depois da minha curta conversa com o Dr. Ward. – A senhorita Eleanor terá que pagar pelos crimes de difamação, mentira em tribunal sob juramento e de manipulação de provas e suborno de testemunhas.

- O quê!? – Praticamente gritou do outro lado. – Como assim? Ele bateu e violou-me! Que tipo de tribunal é este que desculpa todos esses crimes?

- A menina esperará sentença em liberdade, terá que se apresentar de dois em dois dias na esquadra de sua residência, Manchester, e não pode sair da cidade em questão por mais de dois dias, obviamente. Caso não cumpra, será declarada pena de prisão no mesmo dia. – Começou fazendo a Penélope soltar um pequeno guincho atrás de mim fazendo-me rir. – Poderá contar entre meio ano a seis anos de prisão ou então a redução da pena e serviço comunitário. E claro, terá que pagar uma multa de 25 000 libras ao Sr. Louis Tomlinson.

- 25 000 libras? – Perguntamos os dois, eu e a Eleanor, em coro.

- Como assim? Ele bate-me, viola-me e eu ainda tenho que lhe pagar!? – Ela gritou exasperada. – Que tipo de tribunal é este? Vocês estão todos comprados.

- Menina, acalme-se! – Ripostou o juiz. – Isto se não quer a pena aumentada por desrespeito.

- Podemos recorrer, Eleanor. Aliás, nós vamos recorrer. Esta decisão é uma injúria! – A advogada dela declarou e levantou-se acompanhando a Eleanor.