11. - O encontro

22.8K 888 98
                                    

*3 de Março de 2013*

*Penélope POV*

Acordei sozinha e antes do despertador tocar. Olhei para o relógio e marcava as 9h30. Não consegui dormir quase nada esta noite, o João ainda não me falou nada e também ainda não consegui falar com a Mónica ou até mesmo a Cátia. No João e na Mónica vai directo para o voice mail, mas na Cátia chama... E o sentimento é pior porque sei que não quer atender.

Não tenho estado muito com a Charlotte, combinamos que enquanto a Eleanor estiver por Doncaster é preferível não estarmos muito juntas para não dar motivos à Eleanor para fazer birrinhas desnecessárias. Mas falamos várias vezes durante o dia por mensagens ou então por Skype. Ela apesar de ainda ser nova, tem imensa maturidade e sabe lidar com certas coisas ainda melhor que eu que tenho 21 anos.

Como ainda era cedo e eu só tinha que estar pronta à hora de almoço, que para mim era por volta da uma da tarde, decidi ir dar uma corrida. Costumava correr todos os dias em Portugal e desde que aqui cheguei tenho ficado quase só por casa. Sou enfermeira e sei a importância que o desporto tem na saúde e admito que sou contra o sedentarismo excessivo. Se vivemos a 10 minutos do local de trabalho e está um dia de sol bonito, porque não sair mais cedo de casa e ir a pé? Ou de bicicleta? Poupamos o dinheiro do combustível, conservamos o meio ambiente, espairecemos a cabeça e ainda fazemos bem ao nosso corpo. Se temos um parque perto de casa e podemos ir dar uma caminhada ou uma corrida, para que ficar um dia inteiro sentada à frente do computador? Desde que entrei na Universidade, abri os meus olhos para diversos assuntos e hoje, dou graças a Deus por isso.

Percorri o meu quarteirão e até passei pela Johannah e pela Eleanor, acenei para ambas em sinal de respeito e segui a minha corrida. Admito, se a Eleanor não estivesse eu provavelmente tinha parado e conversado um pouco com a Johannah. Mas, não quero confusões e acho que a que vou ter de tarde já me vai trazer algumas dores de cabeça.

Depois de dar a volta ao meu quarteirão, passar pelo hospital e por um pequeno parque, fiz o sentido inverso do caminho e cheguei a casa.

Fui petiscar alguma coisa à cozinha, estava um pouco enjoada e só comi porque tinha que ser. Fui tomar um banho e preparar-me para ir ao concerto dos One Direction.

Enquanto estive no banho, deu-me a sensação que ouvi o meu telemóvel a tocar, mas ignorei e continuei no meu banho.

- Durante o dia de ontem toda a gente me ignorou. Hoje não quero saber! — Falei enquanto me apercebi que o telemóvel estava a tocar de novo.

Passados mais ou menos 45 minutos, saí do banho e dirigi-me ao quarto. Coloquei o meu creme hidratante com cheiro a frutos tropicais no corpo, vesti a minha roupa interior e abri o armário à procura de uma roupa decente. Escolhi umas calças de ganga escura, top largo com efeito rendilhado branco e um casaco beije. Tirei tudo do armário para vestir e o telemóvel começa a tocar. Agarro nele e dizia "Mónica" no visor. Decidi ignorar.

Vesti-me calmamente, calcei umas botas com pouco salto, procurei uma mala a condizer, coloquei tudo o que precisava lá para dentro, vasculhei os cd's que tinha trazido e encontrei o Take Me Home e coloquei-o também dentro da mala. "As minhas primas vão amar.", pensei. Fui para a casa de banho para lavar os dentes. Coloquei um pouco de maquilhagem apenas para disfarçar as minhas olheiras, nada de muito carregado, apenas uma base, um corrector, lápis nos olhos, uma sombra nude, rimel, blush pêssego e um gloss transparente apenas para dar brilho. Agarrei nele e coloquei-o de parte para depois colocar dentro da mala para colocar durante a tarde caso fosse necessário. Dei um jeito ao cabelo deixando-o solto e ao natural e borrifei um pouco do meu perfume com um cheiro doce. Adoro perfumes. Agarrei em tudo o que tinha colocado de parte, corri para o quarto e coloquei tudo o que faltava para dentro da minha mala.

The Girl Next Door - l.t.Onde histórias criam vida. Descubra agora