In my way

Capítulo 23

POV Kongpop

Imagine a alegria de ter alguém que você ama ao seu lado, mas não apenas ao seu lado, a pessoa está ao seu lado, te dando todo o amor que você sempre quis. Estou aqui, sentado nesse banco do orfanato novamente, contudo, dessa vez ele está brincando com as crianças pelo jardim, correndo atrás delas e se divertindo ao máximo. Ver essa cena me traz lembranças da infância, quando ele corria atrás de mim, sempre dizendo que ia me bater quando me pegasse, mesmo nunca tendo feito nada do que me ameaçava. Eu não podia ter desejado que alguém melhor me encontrasse naquele beco escuro, ele me deu tudo o que meus pais biológicos não me deram, amor, cuidou de mim mesmo ainda sendo apenas uma criança, eu devo tanto para ele que sinto que nunca conseguirei pagar.

- Esses olhos brilhando, a paixão é realmente linda – Irmã May me tira do meu devaneio e vejo que ela está ao meu lado.

- Quem disse que isso é paixão? - Falo para ela, mas meu olhar ainda concentrado naquela grande criança no corpo de adulto.

- Kongpop, eu vivi por muito tempo, não tente me esconder as coisas – Ela ri e me repreende com seu olhar.

- Está bem, está bem, eu desisto – Sorrio de volta para ela e a encaro.

- Então, como está o filme de vocês? - Sua pergunta me deixa um pouco inquieto, tudo que eu não quero lembrar agora é do filme, apesar de estar preocupado com ele, muito preocupado.

- As gravações estão paradas, nosso patrocinador está tendo dificuldades com algumas coisas e decidiu tomar um tempo para pensar – Não quero preocupá-la com os meus problemas, então decido não contar especificamente os detalhes de toda essa longa história.

- Estou tão orgulhosa de vocês dois, as irmãs daqui ainda não acreditam quando eu digo que vocês estarão nas telas de cinema – Irmã May parece animada enquanto fala.

- Então mande elas se prepararem, quero todas na sessão de estreia em Bangkok – Falo animadamente para ela, mesmo sem saber se eu continuarei no filme.

- Como poderíamos deixar todas as crianças aqui? Isso é impossível

Isso é verdade, sem falar que a classificação indicativa do filme não permitiria que todas as crianças assistissem.

- Se vocês não podem ir até o cinema, o cinema vem até vocês. Daremos um jeito – Pisco para ela, confiante.

- Tio Kongpop, tio kongpop – Uma criança vem até mim, se jogando em meu colo, o garoto de ontem que se acordou quando chegamos.

- Ted não é? - Ele balança a cabeça em afirmativa – O que houve? - Pergunto para ele, segurando-o em meus braços.

- Tio Arthit está chamando você para brincar com ele – Na mesma hora ele aponta para a direção em que P'Arthit se encontra. Ele está brincando com uma menina e olhando para mim, seu lindo sorriso estampado.

- Do que vocês estão brincando?

- A Sophie quer brincar de casinha, tio Arthit vai ser o pai – Ele fala animado.

- E eu vou ser o quê? - Pergunto, curioso.

- Você pode ser nossa mãe – Ele fala com a maior inocência e eu começo a rir.

- Você quer que eu seja a mãe?

- Sim – Ele fala com a maior convicção e inocência, eu não resisto, então acabo indo com ele para junto de P'Arthit e as outras crianças.

- Parece que a família vai crescer – Escuto irmã May dizer antes que eu me afaste, quando a olho, um sorriso está em seu rosto.

- Eu fiquei sabendo que estão precisando de uma mãe por aqui – Falo para as crianças assim que chego.