Ivan entregou o documento assinado onde garantia que em oito meses sumiria da vida de Hailee, se assim ela desejasse, contudo ao olhar para a mulher que amava não conseguiu manter um sorriso no rosto. A mulher que antes lhe olhava com amor agora lhe encarava com extremo ódio. E ele sabia que era culpado por tudo aquilo.
Se eu tivesse sendo sincero sobre tudo, ela poderia me amar agora.
Pensou ao relembrar os momentos que passaram juntos, contudo ao olhar para Tim, a criança que estava sentada no chão da sala da casa que havia comprado, se viu feliz por tudo o que fizera, pois sem isso não teria Timothy em sua frente.
― O que costuma fazer quando não está trabalhando? – Ivan perguntou assim que viu Hailee erguer a cabeça após ler o documento.
― Porque está me perguntando isso? – A sua resposta fez com que o homem sorrisse, compreensivo. Ele entendia o motivo dela agir daquela forma, e estava preparado para conquista-la.
― Quero te levar para um encontro.
― Ivan, pare com isso – Ela disse firme ao se erguer da cadeira fazendo um barulho chamando a atenção de seu filho. – Pare de agir como se me amasse. Eu fui a única que amava e o que sobrou foi apenas esperança de que você sentia o mesmo. Agora não sinto mais nada, então pare. Quero passar esses meses sem preocupação ou jogos com você.
― Eu não quero jogar com você, Hailee. Realmente a amo.
Hailee sorriu, incrédula ao olhar para Ivan antes de lhe dar as costas e ir até Timothy, sentando-se ao seu lado.
― Se em algum momento me amou, pare com tudo isso – Ela pediu antes de segurar a mão de seu filho e seguir em direção aos quartos. Ficar ao lado de Ivan lhe trazia um gosto amargo em sua boca misturado com suas recordações de sua apaixonite por um homem que nada sentia por ela. – Desde o inicio pretendia me usar e agora volta como se fosse um príncipe ao resgate da princesa. Ridiculo – Murmurou ao abrir a porta do quarto de Timothy. O quarto estava completamente decorado com diversos bichos de pelúcia, a cama em forma de carro fez os olhos da criança brilharem. Em uma parede era possível ver desenhos de animações, contudo mesmo que o quarto estivesse perfeito, ela se sentiu terrível por não poder ter dado aquilo a Timothy. Ela sentiu ciúmes por outra pessoa estar proporcionando aquela alegria ao seu filho. Soltou a mão dele assim que viu a sua animação, sorriu ao ver como ele correu até a cama. – Querido, precisamos conversar – Disse calma ao ver Timothy parar o que fazia e a olhar. – Esse senhor... Ivan, ele é um amigo, então...
― Mamãe não gosla dele? – Timothy perguntou ao sentar na cama e a olhar. Seus pés balançavam no ar, o que a fez sorrir.
― Ele é um senhor gentil, mas é coisa de adulto. – Timothy a olhou sem conseguir entender o que ela dizia. – Não ficaremos muito tempo aqui, então... Eu sinto não poder te dar tudo isso querido.
Timothy se esgueirou para fora da cama com cuidado até tocar o chão e correu até sua mão, abraçando suas pernas.
― Não pleciso de nada, só quelo a mamãe – Disse ao abraçar as pernas dela com força, o que a fez se abaixar e o abraçar.
― Eu te amo – Murmurou ao beijá-lo no rosto fazendo o menino sorrir entusiasmado. Ivan suspirou ao escutar a conversa, indagando-se o quão louco estava para força-la a ficar ao seu lado novamente.
Ele estava prestes a desistir de tudo quando a escutou.
― Em alguns momentos é impossível não compará-los. Ele também foi gentil comigo antes de tudo, mas era uma mentira.
Ivan se decidiu a mostrar a ela o quanto ele a amava.
***
Pamela encarou Hailee assim que ela entrou pela porta da loja, fazendo com que um sorriso surgisse no rosto da jovem.― Me explique tudinho Hai, porque a cidade toda está falando que se mudou para a casa daquela cara e que já tem até babá.
Hailee não pretendia contar a verdade para ninguém daquele lugar, pois ali havia sido o seu refugio, mas ao ver o olhar de Pamela, suspirou ao ponderar o que poderia fazer.
― Ele é o pai de Timothy, mas é complicado – Murmurou esperando que aquilo fosse o suficiente para que Pamela esquecesse o assunto, mas a jovem foi até ela e a abraçou. – O que...
― Ele tem cara de ser louco. Provavelmente é bem difícil, não é? A personalidade. Olhe, se não quer ficar com ele, pode ficar na minha casa ou posso te ajudar a fugir. Odeio homens que não sabem aceitar o fim de um relacionamento.
Hailee a abraçou de volta, sentindo alivio por encontrar alguém que pensasse daquela forma e a apoiasse cegamente, como fazia.
― Obrigada, mas em oito meses tudo vai acabar.
― Como assim?
― Ele não é violento, se é isso que a preocupa. Ivan é só... um homem difícil e não consegue esquecer as coisas, mas em oito meses vai me deixar.
― Tem certeza? – Hailee assentiu – Uma pena, Julio realmente estava interessado em você – Sorriu travessa – Tinha passado o seu número, desculpa por isso – Piscou.
Hailee deu de ombros ao começar a conversarem sobre o namorado de Pamela, pois seu objetivo era que a jovem perguntasse o menos possível sobre a sua vida, principalmente sobre Ivan, mas no final da tarde avistou a porta sendo aberta por Júlio.
―Espero não estar atrapalhando – A voz do homem remeteu a Hailee, tranquilidade. – Mas estava pensando sobre o seu filho, Hai. – Hailee piscou, confusa ao encará-lo. Ela não sabia o que dizer. – Eu devo estar soando confuso. Falamos sobre pesca e disse que seu filho poderia gostar, então pensei em passar por aqui e convidá-los, já que somos amigos, isso não é um encontro, certo? – O sorriso charmoso do homem a fez sorrir em resposta.
― Eu não sei.
― Não é um encontro, então pode ficar tranquila – Afirmou.
Hailee sabia que deveria negar, mas pela primeira vez em anos quis saber como seria sair com alguém que era realmente interessado nela.
― Tudo bem, eu vou. Quando?
Júlio sorriu ao falar a data e o local, enquanto ignorava o sorriso de satisfação em Pamela, pois ela sempre afirmou que eles seriam um casal perfeito.
CONTINUA...
Quem ai estava pensando que eu tinha desistido? Ah ha.... errarammmm hahahah então espero que tenham gostado (e eu tb tive que reler para relembrar antes que digam isso kkkkkkkkkk) bjs amores.. amo vcs
e não esqueçam de olharem minhas outras histórias.. pq logo A besta vai acabar :)
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A Besta [concluida]
RomanceUma besta sanguinária e doentia. Ivan H. Thompson não possuía princípios ou sanidade mental. Conhecido por todos como a besta, ele estava disposto a tudo para fazer com que todos pagassem pela morte de seus pais, vinte e três anos atrás. Nada mais...