O toque do meu celular me fez dar um salto no meio de um cochilo sobre o livro de cálculos. Dobrei a página do livro e desabei por cima da mochila para agarrar o celular no quarto toque.
— Alô?
—Amor, você esqueceu de mim? — Taylor perguntou.
—Desculpa, eu dormi demais. Estou cheio de coisa pra estudar.
Ela riu.
—Então, eu vou até ai. Posso ir?
Conferi a hora. Vinte para as onze.
— Só pra ficar um pouquinho. Ainda nem comecei a resolver as equações de cálculo.
— Estarei aí em dez minutos — ela disse e desligou.
Fechei o celular e continuei a ler. Alguns minutos depois, uma batida soou na janela do porão. Saltei da cama e corri pelas escadas; o rosto de Taylor se materializou atrás do visor da porta dos fundos.
Abri a porta e ela entrou pela cozinha.
—Sua mãe está acordada? — Murmurou.
— Não. Vamos para meu quarto.
Ela subiu a escada na ponta dos pés, atrás de mim.
Tínhamos ficado muito bons em fazer sexo rápido e sem ruído. Depois de um ano praticando, parecia até que sexo era para ser assim. Fácil. Ensaiado. Quando terminamos já era meia-noite, vesti novamente meu moletom e fui para meu livro de cálculo. Taylor ficou me observando por um bom tempo até pegar no sono. Senti um alívio por ela não querer mais sexo. Estava atolado de lição e pensar nisso é meio que broxante.
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Quem entra na piscina com lentes de contato? Alguém que queria ficar cego. Droga. Corri para meu estojo e tirei as minhas lentes, agora teria que usar óculos o resto do dia. Eu deveria ter procurado meus óculos de natação com mais afinco esta manhã. Mas Peter me irritou durante todo o feriado, eu terminei meu relatório e fiz minhas lições de casa e ainda no mesmo dia, levei Taylor ao cinema.
O armário do lado oposto retiniu ao abrir e olhei para o meu espelho. Ali estava ele, segurando um enorme copo de café na mão esquerda e um donut entre os dentes. Enquanto me abaixava para pegar alguma coisa no armário, ele sumiu de vista.
— Ai, ai, merda!
Girei. A tampa de plástico do copo havia caído, derramando café escaldante no braço dele. Ele estava pulando, segurando o pulso. Abri o zíper da mochila e arranquei a primeira coisa molhada que apareceu, depois corri e a espalmei no braço dele.
— Aqui. Use isso.
— Aaai! — Ele gritou.
Estremeci, sabendo como aquilo doía.
— Deixe-me ver. Você pode ter queimaduras de terceiro grau.
Ele soltou a atadura improvisada e espiou o braço. Sem bolhas, ainda bem. Mas com vermelhidão. Ele recendia um aroma picante, talvez canela.
Levantei os olhos para encontrá-lo me fitando.
— Você sempre carrega uma sunga molhada por aí? — Ele perguntou.
Indicou o braço, que eu tinha embrulhado com minha sunga.
— A gente nunca sabe quando vai precisar de uma.
Ele riu, de forma contagiante.
— Obrigado, Harry. — Ele retirou a minha sunga. Tentou. Minhas mãos estavam segurando tão forte o seu braço que ele precisou soltá-las.
— Desculpe. — Eu a soltei rápido. Rebobina a fita. Replay. Ele sabe meu nome.
— Não consigo acreditar que fiz isso. — Ele esfregou o braço. — E, agora, como vou enfrentar a manhã sem café? — Segurando o copo vazio, ele recolheu as migalhas de donut embebidas de café e colocou todos os restos encharcados no copo.
— Tem uma máquina de café na cafeteria — avisei.
— Ah, é? — Os olhos dele se iluminaram. — Obrigado. Você é um salva-vidas.
Eu o peguei de volta e ele sorriu. Retornando ao meu armário, enfiei a sunga dentro da mochila e fechei o zíper.
— Onde você nada?
Levantei-me. Ele havia me seguido e agora estava encostado no armário ao lado.
— Na piscina. — Dã, Harry! Impressione-o com seu repertório brilhante. — Na piscina da escola. No andar inferior. Abre às seis e eu consigo nadar algumas raias antes da primeira hora. É meu copo de café de todas as manhãs.
As sobrancelhas dele se arquearam.
— Você tem sérios problemas psicológicos.
Meu estômago gelou. Queria que ele parasse de fazer isso.
— Eu sou Louis Tomlinson. — Ele ofereceu a mão.
— Eu sei. Harry...
— Styles. Eu sei. — Nós dois soltamos risadas nervosas. depois apertamos as mãos. Ele falou: — Você é a presidente do corpo docente e futuro presidente do Conselho Estudantil.
— Como sabe disso?
Ele deu de ombros.
— Eu perguntei por aí.
— Amor. — A voz de Taylor ecoou pelo corredor. Percebi que eu ainda estava segurando a mão do Louis e a soltei rápido. Por quê? Estávamos apenas nos apresentando.
Ela atravessou o corredor com uma pilha de livros debaixo do braço. A mão dela livre foi direto para meu peito enquanto ela se inclinou para me beijar. Com o canto do olho vi Louis se afastar e ir embora.
Taylor terminou de me beijar e disse:
— Vamos. Acompanho você até a sala.
Tirei do armário meus livros de literatura e de cálculo. No final do corredor, olhei por cima do ombro para ver se Louis tinha ido na direção oposta. Ele andara perguntando sobre mim por aí. Hum. Por que será que ele faria isso?
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Nosso Segredo (Larry Stylinson)
FanfictionCom a namorada dos sonhos, o melhor aluno do colégio, futuro presidente do conselho estudantil e a chance de entrar para melhor universidade do Reino Unido, a vida de Harry Styles não poderia estar mais perfeita. Ao menos é o que parece. Até que Lou...