Nosso Segredo (Larry Stylinson)

Capítulo 30

Sendo noturno, nem sempre ele conseguia, mas uma manhã Louis apareceu na piscina. Eu estava terminando uma volta de nado de costas quando percebi sua presença. Ele se sentou na borda, cotovelos nos joelhos, segurando um copo de café entre as mãos.

— O que eu não faço por amor? — Ele disse quando eu o alcancei.

Joguei água nele. Ele deixou o copo de lado e me afundou. A perseguição continuou no vestiário, onde eu o agarrei e a prendi contra a parede. Coletei meu prêmio. Catei uma toalha e a chicoteei com ele, antes de me dirigir ao chuveiro. Enquanto enxaguava meus cabelos, senti um arrepio percorrer minha pele.

Abri os olhos. Louis  estava lá, nu.

Prendi a respiração.

— O que está fazendo?

— Lavando seu cabelo. — Ele assumiu o controle.

Começamos a rir e ensaboar um ao outro e aí não estávamos mais rindo, quando escutei:

— Harry, é você?

Cobri a boca de Louis com a mão.

— Hã, sim — respondi.

— É o Oliver— ele falou, a voz ecoando da área da pia.

— Ah, oi, sr. Oliver — Fiz uma careta para Louis. Ele retirou um a um meus dedos colados no rosto dele.

— Sua mãe me contou que Harvard e Oxford aceitaram sua inscrição. Meus parabéns!

— Obrigado, sr. Oliver.— falei. Na verdade, foi um alívio, porque tirou minha mãe do meu pé por um tempo.

— São universidades difíceis de entrar. Estou muito orgulhoso de você.

— Certo. Obrigado. — Vá embora, rezei. Por favor, vá embora. 

 Fechei os olhos. Com o sabonete, Louis estava fazendo coisas em mim que tornavam impossível me concentrar em uma conversa.

O sr. Oliver falou:

— Gostaria que eu fosse te buscar para irmos ao jantar do governador, no sábado?

Isso era sábado? Decidi faltar, fingir uma doença terminal se Mamãe me perguntasse.

— Não — respondi. Minha falta de fôlego começava a me trair. — Encontro você lá. — Meus joelhos começaram a fraquejar.

— E em quais outras universidades você se inscreveu?

Deus. Segurei o pulso de Louis.

— Não lembro. — A água de repente começou a fluir congelante. Fechei as torneiras, ainda alvoroçado, e me apoiei em Louis. Sussurrei no ouvido dele: "Fique aqui". Peguei a toalha e a enrolei em mim.

Saí da cabine do chuveiro.

Enquanto passava por trás do sr. Oliver, ele me olhou através do espelho. Passando a mão nos cabelos, ele disse:

— Assim que decidir para onde vai, você me conta, não é?

— Com certeza. — Forcei um sorriso e marchei até os armários.

O sr. Oliver veio atrás de mim. Ele deixou cair a caneta dourada, que jazia sempre no bolso do seu paletó.

— Passei na sua casa outro dia — ele falou. — A Hannah está ficando tão grande.

— Está mesmo. — Sorri de novo.

Não conversamos enquanto a sr, Oliver dobrava e guardava alumas toalhas esparramas pelo vestiário, e isso foi um grande erro. Eu deveria ter continuado o bate-papo. Louis emergiu do chuveiro, metido em uma toalha. Ele derrapou sobre o piso, paralisado ao ver o sr. Oliver. O olhar amedrontado de Louis foi de um lado para o outro enquanto ele tentava descobrir o que fazer. E o que poderia fazer? Ele correu agarrou a cueca, os jeans e a camiseta do topo de nossa pilha compartilhada, balbuciando: