Capítulo 8

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Raphael narrando...

Enquanto Hugo e eu nós beijavamos, foi como se os meus pés tivessem saido do chão, ele me segurava firme pela cintura e ditava o ritmo do beijo, nós perdemos a noção do tempo e ficamos quase 5 minutos nos beijando. Quando nós paramos de beijar, olhei bem nos olhos do Hugo e um pânico tomou conta de mim, eu fui tomado por um nervosismo, um frio na barriga que nunca senti antes, então me soltei dele e sai correndo dali. Eu fui para o banheiro e fiquei pensando sobre aquilo, depois desse beijo eu tinha certeza que eu estava apaixonado por ele, mas e se ele só sentir atração por mim e nada mais?

Eu tinha medo de que ele não gostasse de mim como eu gosto dele e medo também de imaginar qual seria a reação dos meus pais ao saberem que eu sou gay, pois meu pai sempre foi bem conservador e a minha mãe apesar de ter amigos gays, principalmente os maquiadores e cabeleleiros que cuidavam dela, mas uma coisa era ter um amigo gay outra coisa era um filho. Enquanto eu estava perdido nos meus pensamentos no banheiro o meu irmão apareceu e eu acabei desabafando com ele. Sérgio ao contrário do Jonas sempre foi muito carinhoso e compreensivo comigo e nunca foi preconceituoso em nenhum momento. Depois da conversa com o Sérgio eu fui para a mesa onde a minha família estava, eles não estavam sentados lá no momento. Enquanto eu vagava em meus pensamentos o Hugo se sentou na mesa comigo.

Quando ele disse que era apaixonado por mim a minha vontade foi de agarrar ele e beija-lo ali mesmo e dizer que eu também estava apaixonado, mas me contive logo que os meus pais e o meu irmão vieram à mesa e pra disfarçar eu apresentei o Hugo pra eles. Os meus pais o comprimentaram gentilmente, já o Jonas olhou pro Hugo com uma cara estranha que foi correspondida a altura pelo Hugo.

Eu – Segunda-feira a gente conversa melhor sobre isso.

Pai – Branca você não achou esse rapaz muito parecido com o Roberto Gomes?

Mãe – Sim e eles tem um filho chamado Hugo, como cresceu rápido ele.

Pai – Faz anos que a gente não vê o Roberto e a Lúcia.

Mãe – Nós deveríamos chamar eles pra um jantar lá em casa.

Pai – Boa ideia.

Eu estava tão distraído pensando no meu beijo com o Hugo e dele falando que estava apaixonado por mim que nem percebi quando os meus pais sairam da mesa e ficamos só eu e Jonas ali.

Jonas – Quem é seu amiguinho hein?

Eu – É um amigo da faculdade.

Jonas – Sei né...só achei estranho que o bonequinho de porcelana tenha um amigo brutamontes daquele.

Eu – Eu não sou nenhum bonequinho de porcelana para de me chamar desse jeito !

Jonas – Calma maninho, é só um apelido carinhoso.

Eu – Pois fique sabendo que eu não gosto nenhum pouco desse apelido.

Jonas – Calma bonequinho, eu estava apenas preocupado com você.

Eu – Por que você não se preocupa com a maconha que eu encontrei no seu quarto hein?

Jonas – Isso já faz 6 meses, nem uso mais aquela porcaria.

Eu – Até parece.

Eu já estava de saco cheio das perseguições do Jonas. Quando os nossos pais voltaram pra mesa ele parou de encher o meu saco. O resto da festa correu de forma normal e quando era por volta das 3 da manhã eu voltei pra casa com os meus pais, já o Jonas acabou conhecendo uma garota e foi passar a noite com ela. Ao chegar em casa eu tomei um banho e cai direto na cama. Enquanto eu dormia eu tive um sonho super estranho: No sonho Hugo e eu estávamos caminhando por um campo florido nós sentamos e começamos a nos beijar e a fazer juras de amor um pelo outro, até que os olhos do Hugo começaram a sangrar e saia sangue pela boca dele também e eu ficava desesperado tentando ajuda-lo, mas não sabia como, até que eu acordei daquele pesadelo. Naquele domingo eu acabei ficando até tarde na cama e quando era por volta das 4 da tarde o Sérgio veio falar comigo como ele disse que viria.

Eu te amo Porra (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora