Mixed - Novas Espécies [L3]

Capítulo 15

Depois da consulta eu passei o resto da tarde confinado no trabalho, os pensamentos nela a todo momento fazendo meu coração bater acelerado. Quase não notei o que os humanos estavam fazendo e perdi o relatório. Arrumei toda a área apenas para passar o tempo, me manter ocupado era necessário.

Ao chegar no apartamento retirei minhas roupas deixando as espalhadas por todo o lugar, não era hábito meu fazer isso mas estava tão perdido em pensamentos que nem me preocupei em coloca-las no lugar certo. Apoiei meu braço na parede e encarei o espelho a minha frente.

- Assassino... - era isso que eu via em meus olhos, em meu corpo, em meu rosto e em minhas mãos. A visão de 450 em baixo de mim me fez abaixar o olhar, eram poucas as vezes que conseguia me encarar no espelho sem ver o reflexo do meu monstro em seus olhos negros.

Suspirei e me joguei debaixo do chuveiro enquanto sentava na banheira olhando para as minhas próprias mãos, tirei sangue dela, se ela não me perdoasse eu jamais iria faze-lo. Me aproximar talvez tenha sido um erro mas não consigo deixar de sentir o seu sabor em minha boca, a testura da sua pele sob minhas mãos e o cheiro da sua doce excitação. Tão pequena, tão... minha.

Ela me aceitaria assim? Malditamente quebrado pela Mercilli, fodido em todos os sentidos, levado ao ápice do desespero apenas para o bel prazer de humanos imorais. Se ela soubesse o que fiz, cada detalhe tudo que levo comigo a cada suspiro nunca iria me querer, nunca iria se apaixonar por mim. 

Terminei meu banho e vesti roupas limpas sentindo o cheiro dela no quarto, as roupas estavam com doce aroma de baunilha deixando tudo com o seu cheiro. Era assim que eu queria que minha casa fosse, repleta do seu aroma e seus cabelos cinza espalhados no travesseiro, meus dedos entre eles... seu corpo colado ao meu e o seu sorriso... a seu sorriso apenas para mim. Eu queria faze-la sorrir, como é o som da sua risada? Tenho certeza que é tão delicado quanto sua voz doce.

Eu estou quebrado e de quatro por aquela fêmea minúscula, estou tão fodidamente apaixonado que deixaria ela me submeter se pedisse, na verdade eu faria qualquer coisa se ela me pedisse. Olhei a lua e as estrelas do lado de fora e fechei os olhos para sentir a brisa, queria ela aqui comigo.

Desci as escadas e sai do dormitório masculino até a casa onde ela estava hospedada, me escondi ali perto das árvores vendo ela subir e descer com sacolas e caixas até que não desceu mais. Circulei a casa e subi em uma árvore para ter a visão plena do seu quarto, ela retirava roupas das diversas sacolas e as colocava dentro do closet assim como os sabatos que retirava das caixas.

Vê-la me deixava com vontade de toca-la e se o fizesse me perderia, ela ainda usava o vestido amarelo e parecia cansada mas tinha um sorriso nos lábios pequenos e grossos. Depois de retirar tudo e guardar ela retirou a roupa, senti meu membro ficar duro quando o vestido amarelo deslizou por suas curvas até cair aos seus pés, a calcinha preta que usava também deslizou e o sutiã foi ao chão. Parecia que ela sabia da minha presença, que estava fazendo aquilo para mim.

Sem me dar muita visão do seu corpo perfeito ela deitou na banheira que estava enchendo, colocou alguns líquidos e sorriu descansando. Eu poderia estar ali com ela agora mas seria errado, ficar com ela era errado. Depois de um tempo ela se secou e vestiu um roupão, entrou no closet e saiu de lá com um vestido vermelho curto e transparente, mal cobria seu lindo traseiro arrebitado e seus seios fartos. Nyssa deslizou por baixo dos lençóis e adormeceu rápido, sentei sobre o galho e fiquei olhando ela dormir, tão linda.

[···]

Estava quase adormecendo na árvore quando sinto o cheiro de medo, olho para Nyssa que se remexe sobre a cama. Fico atento a qualquer outro cheiro que venha aparecer na casa, ela se debate e começa a gritar, meu coração disparou e eu saltei da árvore.

- Não! Me solta! Me deixa em paz! Socorro! Ah! Socorro! - subi o mais rápido que pude pela janela do seu quarto, meu corpo estava ligado em automático que eu nunca usei - proteção. Segurei seus braços tortuosos e encostei seu rosto em meu peito.

- hei... pequenina. Sou eu, está tudo bem. Ninguém vai machucar você, Nyssa. - sussurrei em seu ouvido, seus braços abaixaram e seu olhar cansado encontrou o meu, um soreiso casto brotou em seus lábios e ela se aconchegou mais a mim.

- Mix. - aninhei seu corpo ao meu peito e a abracei para que se sentisse segura.