Capitulo Três
Sorte ou Conseqüência.
. Hoje já era segunda-feira, dia de voltar às aulas. Depois da minha pequena discussão com Pierre não o vi mais, e Alyssa sumiu do mapa deve estar com John seu novo, amor. Acordei com o despertador tocando, me enrolei na coberta na esperança de dormir de novo e o celular voltou a tocar, desliguei o despertador e fui meio que dormindo pro banheiro, entrei me despi coloquei as roupas sujas no cesto e tomei um banho rápido, escovei os dentes debaixo da água do chuveiro como de costume, sai enrolada na toalha passei creme coloquei a blusa do colégio e uma calça jeans, calcei meu allstar , passei uma maquiagem fraca pra disfarçar minha cara de sono, passei um batom cor de boca, fiz um rabo de cavalo peguei minha mochila com meu material e sai, passei na cozinha tomei um copo de leite rápido, tranquei a casa e sai rumo ao elevador, quando ia chegando dou de topa com Pierre saindo do seu apartamento, sem me ver virou com tudo e deu de cara comigo, arregalou seus olhos claros de uma forma inesperada e ficou sem graça.
- Desculpa. – ele disse e abaixou a cabeça, trancou a porta.
- De boa. – falei e continuei andando, chamei o elevador e parece que a hora não passa ali perto dele, os dois quietos sem conversar ele mexia em seu Iphone de última geração e eu olhava pra cima vendo os botões do elevador virar, logo chegou entramos ele apertou o botão e continuamos em silêncio.
- Olha , quero te pedir desculpas pelo modo que sai da sua casa. – ele disse colocando o celular no bolso.
- Fica tranqüilo Pierre, sem crise. – falei pegando meu celular e dessa vez eu mexendo nele.
- Sabe, ninguém nunca me disse nada desse tipo por isso fiquei puto de raiva, todos sempre se gabaram pra cima de mim falando que eu era o melhor que é isso que é aquilo, mas nunca ninguém me deu uma bronca dessa nem mesmo meu pai. – ele disse.
- Relaxa, é normal. – falei dando fim naquela conversa se tinha uma coisa que eu não queria fazer era falar com Pierre, estava brava ele acha que é só pedir desculpas, dar aquele sorriso perfeito e totalmente branco que eu me derreto e vou desculpá-lo, mas não as coisas não são assim comigo.
Que sorriso!
. Peguei rumo à escola , ia a pé mesmo amava ver a natureza até que o longo ronco de um carro me fez virar ,era Pierre.
- Entra aí. – ele disse.
- Não quero, muito obrigada. – falei.
- Não está muito perto. – ele disse.
- Eu estou bem e quero ir a pé. – falei um pouco seca.
- Eu não vou te beijar , estuprar que seja só entra. – ele falou.
- Eu já disse que não quero que saco. – gritei.
- Tudo bem, sem escândalo. – ele disse dando partida,quando me virei dei de cara com um placa intrusa que se meteu ali, cai de costas pra trás com mochila e tudo.
- PLACA FILHA DA PUTA, TRAÍRA. – coloquei a mão na testa, estava doendo bisbilhotei pelo espelho e adivinha, sim estava vermelho e um galo que ficaria maior que o mundo, que ódio do Pierre, que ódio. Pela dor derrubei algumas lágrimas, logo sequei e continuei a andar minhas lágrimas não curaria minha testa, somente um gelo e olhe lá ainda. Logo cheguei à escola e encontrei Pietro agarrando uma menina encostada em seu carro, que pegação, que nojo. Balancei a cabeça negativamente e continuei a andar senti algo estranho com isso, certo incômodo que seja procurei por Alyssa e nada, logo deu o sinal ela havia faltado entrei pra sala de aula e não sei se foi sorte, azar ou conseqüência porque bem da minha frente estava Pierre, sentando-se, como assim ele não era da minha sala, ódio desses diretores. Suspiro e tiro meu caderno com estojo o professor de matemática entra imitando um homossexual tirando sorriso de todos menos de mim, estava irritada com tudo o que estava acontecendo essa manhã.
- Classe, trabalha em dupla pra já. – ele disse de surpresa, que ótimo Alyssa faltou, farei sozinha. Peguei uma folha separada do meu caderno, abri as páginas do meu livro, os números ele passou na lousa , comecei a fazer até sentir que alguém me observava , olhei pra cima era Pierre.
- Podemos fazer juntos?- ele disse.
- Não. – falei seca.
- Poxa, eu não conheço ninguém dessa sala. – falou ele.
- Só lamento pra você. – eu disse.
- O que eu te fiz?- ele perguntou.
- Nada além de me fazer bater a testa em uma placa idiota que significava lombada. – falei nervosa.
- Você bateu a testa na placa?- ele disse segurando o riso.
- Pode rir idiota, fique a vontade trouxa. – falei seca e voltei a fazer meu trabalho.
- Por favor, me deixa fazer com você eu prometo que não vou te encher a paciência. – ele disse
- Qual a parte do NÃO você NÃO entendeu Pierre?- falei.
- Eu vou ficar sem nota e você também porque tem que ser dupla e não sozinho. – ele disse e isso era verdade, faria o trabalho a toa porque não teria uma parceira que no caso seria Alyssa, aquilo era o cúmulo, o fim do mundo suspiro.
- O que eu fiz pra merecer isso Deus?- falei olhando pra cima.
- Você me ama. – ele disse se gabando.
- Cala a boca Pierre, gruda aqui. – exigi e assim ele fez, colocou sua mesa do lado da minha.
- Por onde começamos. – ele disse.
- Faz a capa. - joguei o papel A4 em sua mesa.
- O que eu escrevo?- ele disse.
- Escreve ‘’ DUNHA ME COMA’’ Pierre, que bosta,não sabe nem o que é pra escrever. – quase gritei e ele me olhou.
- Calma né querida, eu não sabia. – suspirou.
- Você é um burro. - eu disse.
- Calma, é pra escrever trabalho de matemática?- ele disse.
- Sim Pierre, trabalho de matemática porque isso é conta , e conta é matemática não acha?- falei seca.
- Sim. – ele abaixou a cabeça e começou a fazer a capa, fiquei observando e por um momento deu vontade de rir, ele estava atento e eu voltei a fazer as contas, logo acabei e ele terminou a capa que ficou muito caprichosa.
- Qual seu nome inteiro pra por na capa?- ele disse.
- Coloca somente Heloísa Pereira. – falei
- Seu número?- ele disse.
- 16. – falei.
. Ele colocou meu nome e o dele no trabalho, colocou seu número que por sinal era 24, grampeei o trabalho e entreguei nas mãos do professor de matemática que nos olhou com cara de ‘’ O CASAL DO ANO’’ , descenessário.
- Hum, fazendo junto com Pierre, isso vai dar amor. – O professor nos zoou.
- Sem viagem professor, obrigada. – resmungo.
- Ui ela ficou revoltadinha, ai tem. – ele disse provocando mais ainda.
. Depois disso, Pierre desencostou sua mesa da minha e ficou na frente como sempre, a aula acabou e logo deu a hora da educação física eu odiava as roupas que nós meninas tínhamos que colocar. Era um short super agarrado , que marcava muito bem nossa bunda as atiradas adoravam e uma blusa regata preta com branco com o nome da escola em azul, sim bem brega. Pegamos a bola de vôlei enquanto a professora armava a rede , fiquei jogando com uma Nerd, quando a professora terminou, formamos nossos times e os meninos dessa vez não jogava , na primeira remeça que dei senti os olhares do Pierre em mim, e quando uma garota rebateu acertou minha cabeça em cheio, sim eu desmaiei.
Pierre mais uma vez... E então o que acharam do capitulo? Terá continuação u.u
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A garota do 169
RomanceCom a perda repentina dos pais em um acidente de ônibus quando tinha apenas dez anos de idade, Heloíse ou Helô como gosta de ser chamada teve que aprender com muita força de vontade a se virar sozinha. Com um grau de desastre aflorado, Helô era do...