Somos Jovens.
. Era segunda-feira e meu coração batia no ritmo de uma escola de dança, Pierre cuidaria de Paige pra mim enquanto fazia a minha entrevista, acordei e corri pro banheiro me despi quando saí coloquei uma blusa de manga preta escrita ‘’ Paz e amor’’ coloquei uma calça jeans de lavagem escura e meu tênis, passei uma maquiagem fraca e escutei a porta se abrindo, era Pierre que subiu pro meu quarto, a me ver abriu a boca de satisfação.
- Tu, estás linda. – ele disse.
- Obrigada, Pierre. – dou um sorriso de nervosismo.
- Acalme-se Helô, isso não é um bicho de sete cabeças. – ele me abraça e aquele perfume me embriaga, queria passar mais tempo abraçada a ele só pra poder sentir aquele cheiro de homem mesmo entrando em minhas narinas, mas vejo que falta pouco pra mim me atrasar, então me desfaço do abraço e termino de me arrumar, logo estou pronta.
- Quer que eu te leve? – ele pergunta.
- Não, acho que é perto. – eu digo sorrindo.
- Se tem uma coisa que não é, seria perto.- ele diz rindo.
- Então pede pro seu motorista me levar, não pode deixar Paige sozinha.
- Como quiser. – ele diz e aperta uns números fala tudo que tem direito pro motorista.
- Ele já te, espera. – ele me dá um beijo no canto da minha boca.
- Obrigada. – falo, pego minha bolsa e saio sem ao menos dar um beijinho em Paige.
. Chego ao portão e o motorista aparentava ter seus cinqüenta anos, gordo e com uma barba que o deixava com cara de mal,ele abre a porta pra mim e eu entro, dou o endereço e ele diz que já sabia onde ficava, quando chegamos quase tive um treco, era a empresa do pai de Pierre, como assim... Isso era uma, armadilha?
- Tem certeza que é aqui? – eu pergunto assustada.
- Sim, senhora. – ele diz desce e abre a porta pra mim, eu não podia voltar atrás então encarei tudo, entrei na recepção e disse do que estava acontecendo ela falou que o dono já estava me esperando, pego o elevador e logo chego ao seu escritório, abro a porta e é um homem alto, com as feições do Pierre, olhos e boca igualzinhos engulo seco.
- Bom dia. – eu falo.
- Olá, sente-se pra começarmos. – ele me aponta uma cadeira e eu sento, estava com as mãos frias de nervoso e meu estômago dava umas reviradas, ele começou a falar e ficamos por quase uma hora conversamos, no final ele disse.
- Está contratada, a partir de amanhã pode vir trabalhar. – ele diz e aperta minhas mãos, eu estava bem feliz todas as preocupações que tive se transformaram em sorrisos bobos.
- Passe até o escritório oito que a moça vai te dar seu uniforme, até manhã senhorita Heloíse. – ele diz.
- Começo a trabalhar em quê? – pergunto.
- Vai ser minha secretária. – ele fala um pouco sério.
- Tudo bem, tchau até amanhã. – eu falo e saio, quando chego ao corredor começo a pular.
- Porra, vou trabalhar. – eu dizia pra mim mesma. Passei até o escritório peguei meu uniforme e o motorista me esperava.
- Eu passei, eu passei. – abracei o motorista que me olhou sério e começou a rir.
- Parabéns, senhora. – ele diz sorrindo.
- Dispenso esse tipo de cumprimento, de me chamar de senhora, senhorita, dona que seja... Quero que me chame de Helô, mesmo perto de seus patrões – eu falo.
- Tudo bem, Helô. – ele diz rindo.
- Como se chama? – pergunto.
- Guilherme. – ele diz.
- Ótimo, Guilherme agora vamos. – eu disse e entrei no carro e ele deu partida, em menos de vinte minutos estávamos em casa, por acaso entrei na casa de Pierre, por mais que eu tinha caído nessa , eu queria abraça-lo e dar a grande notícia, porém quando cheguei à cozinha o vi beijando sua namorada, ele abriu os olhos quando me viu e se afastou dela,logo a baranga virou-se pra mim.
- Quem é, você? – ela aponta o dedo.
- Heloíse flor. – eu disse sínica.
- Ela que é a mãe da sua filha, Pierre? – ela olha pra ele que está vermelho igual um pimentão.
- Sim. – Pierre diz.
- E o que ela está fazendo, aqui? – ela pergunta irritada.
- Pensei que tinha contado à ela Pierre , a novidade. – eu disse rindo.
- Que novidade, fala logo Pierre. – ela diz e Pierre quando vai falar eu interrompo.
- Estou morando ali no fundo querida, e vim dar a notícia pro Pierre que passei na entrevista e que amanhã começo a trabalhar. – cruzo os braços.
- Que ótimo Helô, ele vem me abraçar e a namorada dele entra na frente, ele a fuzila com os olhos.
- Não precisa me abraçar Pierre, relaxa. – eu digo sorrindo.
- Olha querida, acho que você já deu sua novidade brega, pode ir agora cuidar da tua filha. – ela fala.
- Vou mesmo, não agüento ficar olhando na cara de projetos de puta, fui. – eu disse e sai , ele correu e segurou meu braço , me arranhou.
- Me solta, antes que eu acabe com sua cara. – eu digo e ela me solta.
- Projeto de puta, é a tua mãe! – ela diz e meu sangue ferve, falar de defunto menina sem argumentos, ergo a mão e quando vou dar na cara dela , Pierre entra na frente e leva o tapa , passa as mãos no rosto.
- Vocês se merecem. – reviro os olhos e saio andando, vou pra minha casa e Paige está com Crystal.
- CRYSTAAAAAAAAAL – eu digo e abraço ela.
- Helô. – ela me abraça.
- Que saudades, mulher. – eu digo.
- Então, espero que ainda me queira pra cuidar da nossa princesa. – ela fala.
- Lógico que eu quero, amanhã começo a trabalhar na empresa do pai do Pierre, acredita? – pergunto.
- Eu já sabia. – ela diz rindo.
. Ficamos conversando o resto do dia, quando deu a noite eu fui tomar banho e dei um banho na Paige, as duas caiu na cama e dormiram feito pedra.
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A garota do 169
RomanceCom a perda repentina dos pais em um acidente de ônibus quando tinha apenas dez anos de idade, Heloíse ou Helô como gosta de ser chamada teve que aprender com muita força de vontade a se virar sozinha. Com um grau de desastre aflorado, Helô era do...